Maffalda mudou de casa! Redirecionando...

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segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Dois mil e sete tropeços, dois mil e oito sorrisos.

Em 2007 eu tive saúde, amor, bom humor, não me faltou dinheiro, trabalhei, viajei, conheci uma porção de gente, simplifiquei a minha vida e me aproximei da minha família.
Por outro lado, os meus planos se bagunçaram todos e vários imprevistos aconteceram. O jeito como eu vivo agora não tem nada a ver como eu vivia há seis meses atrás e isso foi difícil de aceitar.

Eu cheguei onde estou há um mês, mais ou menos. Quer dizer, o avião me trouxe há três meses e meio, mas passei quase todo esse tempo com a cabeça revirada, achando tudo ruim, reclamando, coisas que definitivamente não combinam comigo. Aí aconteceu de um dia para o outro: minha alma chegou e entrou no meu corpo de novo. Recebi a visita de uma amiga querida, vi a cidade com outros olhos, conheci mais gente, fiz várias coisas que me situaram e me convenceram de que existe, sim, um cotidiano meu aqui.

Fim de ano tem clima de transição (que por aqui começa quando o primeiro gaiato diz feliz Natal e termina na quarta-feira de cinzas), então me sinto acompanhada na minha transição que começou em um verão e veio desaguar em outro.

Meus desejos são que as águas de março nos tragam a todos uma vida mais simples. Que as coisas realmente importantes se façam notar, que amigos sejam amigos e as pessoas se relacionem bem, que cada um encontre o seu espaço, que as distâncias possam ser encurtadas, que as pessoas se realizem com suas vidas profissionais, que todo mundo faça a sua parte para o tal mundo melhor de que tanto se fala e acima de tudo, sempre, que a gente seja feliz.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

O problema é o regime que não dá satisfação.

Aí eu me lembro daquela menina que morava comigo. Dançarina, bailarina
da perna grossa, não se conformava com o próprio corpo. Olhava as
próprias coxas no espelho e resolvia fazer dieta.

Não dava outra. Final de tarde ela sentava na cozinha, abria a
geladeira e fazia um sanduíche. Terminava e dizia "não era bem isso
que eu queria... Tô com vontade de comer uma coisa e não sei o que
é..." Aí pegava um iogurte. "Ainda não é isso..."

E eu, que sempre contei essa história rindo e achando a garota uma
neurótica, estou me sentindo do mesmo jeito agora. Vou dar mais uma
olhadinha nessa geladeira.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

My very own Ya-Ya Sister and my very own Rupert Everett.

A minha Ya-Ya Sister, também conhecida como "eu, há uns anos atrás", foi embora daqui ontem e eu já estou morrendo de saudades. Eu a conheci há uns quatro anos, quando ela entrou no meu laboratório se oferecendo como assistente. Se ela fosse inteligente como o currículo dizia, ia ser muito bom. Ela era isso e mais, virou amiga e logo estávamos conversando sobre coisas aleatórias ou nem tanto em meio a vidrinhos e tubos de ensaio. O trabalho terminou e continuamos amigas, mas não nos víamos tanto. Saímos umas poucas vezes em DC (nunca pra dançar) e a cumplicidade do lab se transferia para a mesa de bar facilmente. Ela sempre gostou da cultura brasileira, embora falasse só espanhol (e inglês e farsi), então quando eu disse que vinha ela se arvorou logo a comprar uma passagem, antes mesmo que eu chegasse aqui. A visita dela foi melhor do que todos os planos, e olha que ela fez milhares de planos. Apesar de eu estar trabalhando e não poder sair com ela durante o dia, a minha 'maninha' se deu super bem com a minha família e com os meus amigos (até demais: ela adorou minha irmã e eu descobri que o inglês de alguns amigos é bem melhor do que eu desconfiava). Entramos num ritmo que parecia um sleepover adolescente, dividíamos o mesmo computador ao mesmo tempo e fofocávamos até tarde antes de dormir. Saímos agora no fim da visita e voltamos tarde 3 noites seguidas - em uma dessas vezes surpreendemos meus pais já acordados e de saida. Lógico que agora estamos as duas (e quem mais conseguiu entrar no ritmo) ultra cansadas e cheias de trabalho para fazer, mas valeu a pena. Essa é uma amizade que nunca mais será a mesma.

Uma dessas saidas do fim de semana foi com um amigo que estudou comigo na sexta série. Justamente na época em que minha mãe começou a me deixar ter o cabelo comprido, aí pelos 12, 13 anos, eu tinha o cabelo enorme e às vezes prendia num rabo de cavalo bem apertado pra ficar bonitinho (sim, eu era cdf). Esse menino, que era um magricela beeem espevitado, vinha e puxava meu cabelo no alto da cabeça, bagunçando todo o penteado. Pensando nisso eu jurava que ele devia gostar de mim, só podia, nessa idade. Corta pra uns anos depois, o tal do orkútio faz a gente se encontrar de novo. As fotos do moço tooooodo musculoso já me deixaram curiosa para saber quem ele era e o que estava fazendo. As menções sobre a Madonna me deixaram, digamos, me rasgaaaando de curiosidade mais ainda. Ano passado encontrei com ele por acaso, na rua, sempre aquela história de "vamos sair, etc". Agora finalmente saímos, e fomos dançar. Primeiro: olhava para aquele homem alto e gato e ficava embasbacada, imagina o filme da Peggy Sue se ela vem de lá pra cá, sabe? Demorou um tempão pra eu sair do torpor - essa amizade nuunca mais será a mesma. E segundo: ele tem um senso de humor incrível e um veneno muito apurado, que combina com o meu. Voltei com um papel de guardanapo que anotei em cima do bar com a caneta emprestada do garçom: se a p&**$ do click não acontece, pelo menos a p&**$ da legenda não faz falta nenhuma. Duas piadas internas em uma. Estou doida para sair mais vezes com o meu Rupert Everett... Ah, se ele gostava de mim? Quando eu insinuei isso ele soltou um "eu devia estar muito confuso naquela época".

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Um post que não vai a lugar nenhum

Viver em compasso de espera, tomar inventário de coisas, reler outros novembros. Acompanhar o tempo da cidade como se estivesse em um filme inglês. Fazer as listas infindáveis de fim de ano, tudo o que eu tenho que fazer. Cuidar daquele assunto pra Irina, terminar de ler Tieta, reformular o currículo, arranjar um emprego, fechar este aqui, ir ao médico, arrumar o computador, desligar a luz do outro apartamento, fazer o balanço financeiro, escrever a carta pra Azy, marcar o aniversário, convidar amigos um pouco desencontrados pra sair (tudo bem), ligar pra Denise, terminar de arrumar os livros.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Só a bailarina que não tem (nem a cantora)

Antes de ir para Ouro Preto fui ao Centro Cultural Carioca para ver a cantora Letícia Tuí.  Me dei conta de que quando vejo uma mulher com um vozeirão, sorridente-e-rebolante em cima de um palco, cantando sambas de outros tempos, fico achando que a cantora é como a bailarina da ciranda. Não tem problema com namorado, não tem pereba, não tem problema, é só aquilo ali, comandando o batatal desde sempre. Racionalmente sei que não é assim, mas essa é a minha fantasia de criança, como meninos sonham com caubóis e astronautas eu tenho as cantoras como heroínas.

Em Ouro Preto, no último dia da convenção, veio a banda Tamba Tajá, só de mulheres, com um repertório maravilhoso. Teve argentino sambando no pé e paraguaia achando que era brasileira. Aliás, a percussionista da banda é uma argentina que mora no Brasil há seis anos e já não fala mais espanhol, muito linda também.

Agora dá licença que eu vou ali ao único palco que me aceita - o chuveiro. Aaaaaando meio desligaaaaaadooooo...

sábado, 17 de novembro de 2007

Yo vengo a ofrecer mi corazón

¿Quién dijo que todo está perdido?
yo vengo a ofrecer mi corazón.
tanta sangre que se llevó el río,
yo vengo a ofrecer mi corazón.

No será tan facil, ya sé que pasa.
no será tan simple como pensaba.
como abrir el pecho y sacar el alma...

sábado, 10 de novembro de 2007

Cara na porta

Pois é, aconteceu. Se eu estava precisando de um desentupimento de karma, pode muito bem ter sido isso: dei literalmente com a cara na porta. Os detalhes não interessam muito mas envolvem um dia de trabalho, uma noite de mau humor, uma conexão wireless intermitente e um corredor escuro no fim do qual estava a tal porta fechada que encontrou meu nariz a toda velocidade. O susto e a dor foram um maior que o outro, o nariz latejou por mais uma hora pelo menos. Fora o perigo de ter trocado de personalidade com a porta durante a trombada, fiquei também preocupada em encontrar um significado cósmico para a coisa toda.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Caaaaaardo...

Já tenho várias anotações e observações sobre a palestra que sugeriram no último Barcamp Rio: técnicas de blogagem para conquistar mulher. ("Pegar" é baixaria, assim não se pega nada.) Estão guardadas para ocasião propícia, as notas.

O que estava pensando hoje é que palavras não bastam. Words of love soft and tender won't win her anymore. Palavras só ajudam, principalmente se sem legendas, com big words, sussurradas ao pé do ouvido e com umas sujeirinhas pra temperar.

Mas primordial mesmo é a vontade. Mulher tem que adivinhar a intenção e a vontade, tem que ver fogo nos olhos, senão não funciona. Até Tieta pelo que sei - não garanto, não terminei o livro ainda - só se afeiçoou foi das ganas do sobrinho.

- Não adianta de nada. Nem me esconder nem rezar. Até na reza, penso e vejo.

My two cents.

Terra da garoa

O fim de semana foi bom, foi ótimo. Vi gente que conheço desde sempre e os tais amigos imaginários da internet. Vi a grávida mais linda do mundo cuja barriga ainda é menor do que a minha (a minha não vai dar em nada, é pura falta de vergonha e ginástica). Tive um insight: muitas das coisas que eu queria ter quando crescesse, o que eu imaginava que era ser um adulto cool, eu já tenho. Tenho amigos com elefantes nas paredes coloridas.

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

As brúxaras somos nozes.

A bruxa nasceu no imaginário de vários povos, ela ao mesmo tempo folk e folclore. Contato com a natureza, com os ciclos, com o fogo primordial da casa. Domínio sobre seu caldeirão, suas ervas e seu corpo. Aí a bruxa foi perseguida e queimada em fogueiras enormes, enforcada, afogada. Fez pontas em histórias infantis comendo criancinhas e aprisionando donzelas. Useira e vezeira em transformar príncipes em sapos também, embora alguns dispensem a mágica. Fez papel principal em filme com a Dorothy ou dando pro Jack Nicholson. Se muitos acidentes acontecem, dizem que ela está solta. Feiúra e chatice também a trazem à lembrança. Mas apesar da cara de má, ela pode ter seus encantos, como a Samantha. Nesta época do ano, em uma cruza entre Carnaval e Cosme-e-Damião, crianças se fantasiam e pedem doces. Em seu nome se fazem festas de terror onde as adolescentes se vestem de vagabundas e as já nem tão adolescentes tentam ser classudas como a Audrey Hepburn.  E às vezes, no meio disso tudo, ela é invocada para dar uma ajudinha à intuição que nem sempre acerta.

Mais da série "Luxo"

- Tapete de retalho.
- Bolsa de fuxico.
- Padaria, papelaria, loja de material de construção, armazém ou quitanda de esquina onde dá pra ir a pé e o dono é quem atende.
- Salgado-e-suco no meio da tarde.

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Nina, Ysaye, Maya.

É difícil explicar o que amo tanto nessas mulheres. Não é a cor da pele que me emociona, pelo menos não nelas. Também não é a história de vida, isoladamente. É ver que centenas de anos se condensam em algumas pessoas e se traduzem em tudo o que fazem, da voz às vestes, e ter inveja do sentir, da expressão, da majestade dos gestos.

Nina Simone eu passei a admirar depois de um filme em que a protagonista era sua fã. Banal, eu sei. Mas ela de banal não tem nada.


Ysaye Barnwell deu aulas de coral comunitário focadas na tradição oral afro-americana. As canções que ensinou fizeram caminho até mim e antes que eu pudesse perceber se instalaram com suas palavras de liberdade. Ela é parte do grupo Sweet Honey in the Rock, cujo nome é uma descrição das mulheres negras: duras por fora e doces por dentro.

Maya Angelou me acompanhou no metrô nos últimos tempos contando histórias de sua infância. Ela trata de assuntos pesados com leveza e profundamente. Eu gosto do jeito como ela escreve mas é também porque consigo imaginar o jeito como ela fala.

Ver, ouvir e ler a essas três mulheres me inspira para que eu seja, se não mais negra, pelo menos mais sábia. Oxalá!

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Ay Carmen que escándalo!



Lo día internacional de hablarse portuñol fue un suceso admirable y muchos blogueros demuenstraron su criactibidad para inbentar palavras y maneras de escribirlas.

Jo tengo una confesión horríbel a hacer: no soy fluente en el portunhol escripto y peor aenda el hablado. Intenté porque soy una good sport.

Hasta la vista, beibies.

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Conversa nutritiva e outros negócios

* Um amigo, tentando descrever como se sentiu ao sair do ambiente acadêmico:

- É difícil encontrar alguém com uma conversa nutritiva...

Adorei essa expressão. Acho que existe, sim, conversa nutritiva fora do mundo das torres de marfim (assim como existe caloria vazia lá dentro).

A conversa nutritiva é positiva, acrescenta alguma coisa. Não é falar de desgraça, não é vida de artista, não é buscar status a qualquer custo. Difícil definir, mas quando encontro alguém que diga coisas com "sustança", trato de prestar bastante atenção.

* Não terminei de colocar os links no post aí abaixo e esqueci de várias pessoas mesmo, vou corrigir o erro em breve. O post-pai-de-todos-os-posts sobre o BarCamp é o do Nick Ellis, tem link para os outros blogs. Também omiti que o BarCamp é quase um congresso de física, uma disparidade de gênero absurda.

* Eu moro em uma cidade em que a gente não pode ir ao trabalho se chove.

* Casório no sábado!

* Frase do dia (me contaram): "Eu azaro você mesmo. Tenho que escrever isso em código binário para a nerdice em pessoa entender?".

* Aguardem, da série "ela lê no metrô": I know why the caged bird sings. Maya Angelou está dançando na minha cabeça com a Nina Simone e Ysaye Barnwell. Se o poder pega por osmose...

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Barcamp: as gentes

(Os links vão ser acrescentados aos poucos, quis soltar logo o post antes de perder o pulo.)

Se eu estava querendo conhecer gente, "lavei a égua", como diziam lá em Minas. Conheci algumas dezenas de pessoas, falei mais com umas que com outras, fui um pouco mais autista do que de costume mas me diverti. É claro que 98% das pessoas ali entendiam mais de tecnologia do que eu, então quando se falava das "massas" eu quase levantava a mão, mas mesmo assim tirei onda com a idade do meu blog e o meu username no gmail. Saldo positivo... Aí vai a ficha (mais ou menos) completa do povo:

- André Avório. Fez a abertura explicando para nós-vatos o que é barcamp.
- Beto Largman. É amigo da Bebel, para provar que o mundo é mesmo um ovo de codorna.
- Cardoso e Caribé. Também não falei com eles. Mas eles falaram bastante.
- Cris Dias e Anna Maron (que veio com a Clara só no chopp-pós-barcamp). Sou tiete declarada do Cris Dias e acompanho seu blog desde muito tempo, fiquei genuinamente feliz de conhecê-lo e à sua família.
- Daniela Silva. Se ela (e outros) se empolgar pra organizar um greencamp eu dou apoio, só acho que eu não tenho cacife pra organizar.
- Fabiano Caruso. Entre biblioteconomia e física, melhor biblioteconomia.
- Fábio Seixas. Fã de fórmula 1. A Camiseteria dele é uma tentação até para as carmelitas descalças.
- Fugita. Muito gente boa, sentei ao lado dele na palestra da MissMoura.
- Galileu. Não falei com ele mas sei que ele morou onde eu morei.
- Ian Black. Prometeu - e não cumpriu - a discussão mais esperada do evento, "como blogar pra pegar mulé".
- Inagaki e Interney. (Não, não são um casal, porque ao que parece o Edney já tem um caso com o MrManson do Cocadaboa.) Não falei muito com eles mas ganhei os cobiçados cartões coolnex dos seus blogs!
- Ivo Neuman. Capixaba de ooonde?
- Liana Brazil e Russ Rive. Falaram de suas instalações multimídia maravilhosas, que me lembraram as coisas do Daniel MV. A Liana virou musa instantânea dos blogueiros, porque é linda.
- Ligeirinho. Tentou me vender o boobox mas não explicou direito o esquema da pirâmide...
- Manoel. Conhece todo o povo da computação das antigas, inclusive o Mathiah, o Spharion e o Nalon, este último desenhista da bruxinha Maffalda.
- Marco Gomes. Mago do boobox. Descobri por acaso que também é adepto da simplicidade voluntária.
- Marmota. Na verdade o nome dele é André, mas gostei do nome do blog.
- MissMoura. Gostei da palestra, apesar de várias pessoas torcerem o nariz para o orkut foi muito interessante.
- Nababu. Não conversei direito com ele mas acho que é amigo do Dudu, Haroldinho e cia ltda.
- Nick Ellis. O perfeito anfitrião, sorrindo e tentando fazer todo mundo ter a melhor experiência possível. Deve ter dado um trabalho absuuuurdo.
- Patrícia. O blog dela é antenado e cheio de estampas. Santa Mistura!
- Pedro. Partiu pra briga muitas vezes! O cara defende suas opiniões ferrenhamente (o que todo mundo deveria fazer e eu tenho preguiça de).
- Quental. Eu achava que o conhecia de algum lugar mas acho que é só um sósia hetero do Alberto, amigo da Teca. O Descolando é muito bonito e mais funcional do que o pick-a-prof e ratemyprofessor, mas isso de "dá pra colar?" tenho cá minhas reservas!
- Romullo. Chegou na hora do almoço. Parece muito divertido e fala mais do que a boca.
- S1mone e Spark. Sorte imensa sentar perto deles na mesa do chopp, super simpáticos! O Spark me deu a dica de um sebo aqui na esquina da minha casa, vou visitar.
- Viva. Conhece todo mundo da blogosfera e se interessa pelas amizades que se formam a partir dos blogs. Potencial infinito para conversas nutritivas.
- Wagner Tamanaha. Me contou sobre o hilário hareburger de Ipanema!

Lógico e evidente que devo ter esquecido de alguém.

O Nick Ellis organizou a desconferência muito, muito bem. A única coisa de que reclamei é mais um problema do respeitável público: o não-cumprimento dos horários, às vezes para conversas que nem eram tão produtivas assim, um tanto de chuva no molhado. O fato de ser uma conferência participativa e democrática desestimula a função de chairman, gente passando com sininho, etc, mas dava pra fazer um sistema em que todo mundo fosse responsável pelo tempo. Vou mais nisso e deixar pra outro post.

Agora tome de ler quiticientos posts no feed toda manhã. E claro, nariz torcido por nariz torcido, adotei o twitter que eu sempre desprezei só pra manter contato com o povo... O que a gente não faz pra hang out with the cool kids...

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Sei que a idéia hoje era postar sobre o barcamp, e depois eu posto, estou até usando a camiseta, mas agora mesmo a urgência é escrever para desentupir o karma como naquele filme Uncorked em que o cara é empurrado do trampolim. É isso, eu preciso ser empurrada do trampolim, pois depressão é constrangedoramente símile a falta de vergonha na cara. Não consigo fazer o que tem que ser feito. Está tudo tão ruim que meu pai acha que eu saio pouco e minha mãe pergunta sobre mocinhos só para ouvir que nem sei o nome do garoto lindo de morrer que se materializou ali e com quem nem falei. Será que agora consigo seguir em frente nesta tarde de segunda-feira, ou não?
Arre.

PS: Por quanto tempo o blog dá conta de ser meu querido diário? Pelo que eu vi no blogcamp blog tem que ter tema. E fazer dinheiro.

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Blog Action Day

ambiente
do Lat. ambiente
adj. 2 gén., envolvente; que rodeia os corpos por todos os lados;
s. m., a esfera social em que se vive; o ar que se respira; tudo aquilo que envolve os seres vivos e as coisas.


Então deixe de lado por um momento essa noção de que "meio ambiente" é lá na Amazônia e melhore sua cidade, seu bairro, sua rua, sua casa e sua cabeça. Você vive em você - comece daí.

eu compro tendência, eu SOU tendência e tenho dinheiro! bu!

Corra lá para ler o post genial da Zel.

não compro nem camiseta com nome da marca escrito, acho um nojo. nem louca e bêbada eu uso uma bolsa toda estampada com a marca ou com aqueles Cs da chanel ou com aquelas placas-outdoors da prada, jesus me salve. precisa ser muito fútil e/ou babaca pra fazer questão de mostrar que usa a marca essa ou aquela. se você é minha amiga/o e faz esse tipo de coisa, disfarça e vamos fingir que nada aconteceu, tá? mas é fato: acho idiota e cafona.

Concordei de A a Z.


"Livro não é presente"

Outro dia li o post da Denise sobre o dia das crianças  e achei ótima sua sugestão de presentear os pequenos com livros. Neste feriado encontrei um casal de primos que têm duas filhas, de 10 e 8 anos. Eles disseram às filhas que "livro não é presente". Fiquei assustada quando minha mãe me contou isso, e ela explicou. Tanto a Bruna quanto a Marina adoram ler e pediram livros. O pai delas disse que elas tinham que pedir outra coisa porque livro elas têm que comprar quantos quiserem, muitos e à vontade; a única condição é que tenham lido os que compraram anteriormente.

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Timing

Meu ônibus não passa na sua rua mas passa na esquina da. Será ainda a sua rua? Não sei, mas é ali que te imagino, te pressinto e procuro entre os pedestres desde a janela do ônibus como se conhecesse bem seu caminhar. Por muitos quarteirões durante a descida trato de adivinhar seu momento, se a vida amorosa já entrou no compasso, se o ritmo do trabalho às vezes ralenta, se as notas do seu cotidiano se afinam. Quem vê pensaria que falo de amante, mas amor mesmo só tem o que juramos fraterno e é. Intimidade tampouco temos, mas eu chegando perdida-flutuante-e-aflita não sei por quê desenhei em você certezas de porto seguro; agora a fantasia me falha com os emails não respondidos e a falta de notícias. Telefone nem pensar porque ainda me resguardo e a você também, sabe lá em que pauta pousa sua vida. Não há de ser nada porque o que quero é muito pouco. Quero sua presença tranqüila e aquele olhar de que me lembro, sempre do mesmo jeito meio sem-jeito, curioso e carinhoso. Olhar que demora.

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Da série "Coisas que o dinheiro paga". II. Lixo.

- Revista Caras.
- SUV.
- Roupa vagabunda.
- Brinquedo de criança que faz barulho.
- Viagem só pra fazer compras.
- Imposto que a gente paga e nunca vê o resultado.
- Remédio pra fazer milagre (seja emagrecer, tirar cicatriz ou pôr cabelo).
- Tintura de cabelo.
- Televisão que fica ligada no máximo o tempo todo.
- Presente que compramos ou compram sem a menor consideração
- Comida super processada e cheia de corante.
- Sapato que machuca (é de morrer de raiva).
- Boate da moda pra ser mal atendido e dançar apertado.
- Produtos baratinhos e fofinhos, preferencialmente de plástico que serão jogados fora em dois segundos.
- Fast food.
- Roupa de marca com logotipo.
- Bolsa de grife (não se defenda, tenho direito a implicâncias).
- Roupa pra cachorro.
- Coisas desnecessariamente descartáveis.
 
(Esta lista exprime opiniões pessoais e mutáveis, me reservo o direito de mudar de idéia, como sempre.)
 

Da série "Coisas que o dinheiro paga". I. Luxo.

- Água de côco na geladeira.
- Manicure (embora o esmalte em si seja mau para o meio-ambiente).
- Cozinheira.
- Shows.
- Roupa de boa qualidade.
- Aquele presente que é a cara da pessoa.
- Sapato confortável.
- Hora marcada com a podóloga.
- Faxineira.
- Viagem.
- Livros.
- Móveis.
- Cinema.
- CDs ou música digital.
- Cerveja com os amigos.
- Selos para mandar cartas e livros pelo correio.
- Restaurante.
- Os eletrônicos que a gente escolheu e decidiu que precisa: laptop e câmera.
- Imprimir as melhores fotos.
- Um corte de cabelo decente.
- Chamada interurbana e internacional.
- Cachaça de Minas.
- Táxi e transporte público.
- Boneca de pano e carrinho de madeira.
- Um brinco que combina com tudo.
- Cursos de natação fotografia teatro artesanato e línguas.
- Artesanato de por onde se andou.

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

De última hora

Whenever I meet someone from blogland in real life, it's like having a childhood imaginary friend appear in person.
(Gretchen Rubin)

Sexta então saí com um amigo imaginário e um amigo de infância pra tomar cerveja e descobri que, aparentemente, eu sou a última pessoa ruborizável do Rio de Janeiro. Dizem.

Ficha cadastral

- Há quanto tempo neste endereço?
- (Uma semana? Trinta anos?) Não sei, moça, põe qualquer coisa aí.

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Cansada

Estou profundamente cansada, um cansaço mental e espiritual mais do que físico. Sinto-me como uma pessoa que ficou de cama de repente e é chamada para correr a maratona.

E uma senhora negra sentou ao meu lado hoje, não sei o que é nessas matronas de ancas largas e pele escura que me comove tanto, ela agarrou a minha mão e rezou baixinho. Eu só fazia chorar. Que vergonha.

O livro da irmandade das Ya-Yas não está ajudando muito.

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Desassossego

     357.  

     Regra é da vida que podemos, e devemos, aprender com toda a gente. Há coisas da seriedade da vida que podemos aprender com charlatães e bandidos, há filosofias que nos ministram os estúpidos, há lições de firmeza e de lei que vêm no acaso e nos que são do acaso. Tudo está em tudo.  

     Em certos momentos muito claros da meditação, como aqueles em que, pelo princípio da tarde, vagueio observante pelas ruas, cada pessoa me traz uma notícia, cada casa me dá uma novidade, cada cartaz tem um aviso para mim.  

     Meu passeio calado é uma conversa contínua, e todos nós, homens, casas, pedras, cartazes e céu, somos uma grande multidão amiga,  acotovelando-se de palavras na grande procissão do Destino.

Bernardo Soares

Mas hein?

Ando tão à flor da pele
que qualquer beijo de novela me faz chorar
ando tão à flor da pele
que teu olhar flor na janela me faz morrer
ando tão à flor da pele
que meu desejo se confunde com a vontade de não ser
ando tão à flor da pele
que a minha pele tem o fogo do juízo final
um barco sem porto sem rumo sem vela cavalo sem sela
um bicho solto um cão sem dono um menino um bandido
às vezes me preservo noutras suicido
(para o final)
às vezes me preservo noutras suicido
* (oh sim eu estou tão cansado mas não pra dizer
que não acredito mais em você
...eu não preciso de muito dinheiro graças a deus
...mas vou tomar aquele velho navio
aquele velho navio)
um barco sem porto sem rumo sem vela cavalo sem se-la
um bicho solto um cão sem dono um menino um bandido
às vezes me preservo noutras suicido

sábado, 1 de setembro de 2007

Canal

Se a viagem é parto, o avião é o quê?

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Washington DC: os filmes.

Uma ótima lista de filmes ambientados em Washington DC.

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Éramos pocos y parió la abuela

Se dice para dar a entender que a un mal existente se añade otro mayor.

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Wu Wei, o pacto


WU WEI

The Sage is occupied with the unspoken
and acts without effort.

Teaching without verbosity,
producing without possessing,
creating without regard to result,
claiming nothing,
the Sage has nothing to lose.

domingo, 19 de agosto de 2007

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Vamos combinar:

Namoradas passadas de namorado atual: insanas.
Namoradas atuais de namorados passados: merecidas.
Namoradas atuais de paquerinhas atuais: mocréias.
Namoradas atuais de paquerinhas passados: feias.

Para não dizerem que estou com má-vontade, namoradas antigas de namorados passados e namoradas antigas de paqueras atuais escapam dos xingamentos e podem inclusive ser sexies e maravilhosas.

O ser bruxa


Via a Samantha Stephens na tevê e achava o máximo, principalmente o poder de arrumar uma casa ou cozinha bagunçada com uma mexida de nariz.
Anos mais tarde alguns amigos deram pra me chamar de bruxa, e nem lembro como isso começou. Minhas bruxarias envolvem um pouco de intuição, um pouco de sensibilidade e muito truque de salão e resultam em adivinhações sobre quem vai ligar, quem está bem, quem está mal, sonhos estranhos e pequenas coincidências prosaicas. Uma bruxa cartesiana, se quiserem chamar assim.
Agora, envolta nas últimas coincidências e notícias, me dou conta de que eu sou melhor bruxa se não estou de todo bem. A carapaça que cai e me deixa vulnerável também me deixa mais aberta ao outro. Já tive época de imaginar meu cérebro e meu coração ligados como num desenho de Escher e época de me sentir como o fantasma no metrô em Ghost sendo atravessada pelos outros e seus problemas. Hoje não sinto nada disso mas também não sei explicar o que vou fazer comigo mesma. A palavra-chave é conexão, e internet é fichinha.

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Cervejinha

Hoje tomei uma cerveja com meus pais por telefone: eles abriram uma de
lá, certamente uma latinha bem gelada que eles dividiram; e eu tomei
uma de cá, comprada na farmácia mesmo.

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Little consolation

... Mas eu te garanto que onde quer que você vá, as pequenas coisas
estarão presentes. Trabalho, música, cerveja, o bartender que te
sorri, amigos, pessoas com filhos vivendo coisas singelas, jovens
ligeiramente bêbados no metrô, uma negra gorda na porta da padaria
dizendo bom dia, querida, Deus te abençoe, o sentimento de ter mil
problemas e flutuar ao mesmo tempo, amigos, um livro para passsar o
tempo. Sobretudo, você estará lá, para sentir.

Blogagem coletiva - Semana Mundial da Amamentação

Eu não sei se nem quando vou ter filhos, não sei se quero. Mas amamentação é uma coisa que sempre ocupou um espaço enorme no meu imaginário. Fazer e ser o alimento de alguém deve ser uma sensação muito boa.

Adoro ler o blog da Denise e aprender mais sobre o assunto. Um post dela que me chamou a atenção foi quando ela deu a entender que mães que amamentam não têm que ser aquela coisa chata Hallmark, "mágica", "sagrada". É uma coisa natural, dá pra amamentar vendo novela, trabalhando, lendo livros, batendo papo. Como a mulher aí ao lado, que certamente é uma versão mais loira da mãe que eu talvez quem sabe serei. Ou não.

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

terça-feira, 31 de julho de 2007

5 músicas marcantes

Ao contrário do Dudu, não sou tão ligada em música assim, então vou tentar apenas explicar algumas das músicas que me dão frio na barriga, ou marcantes, ou... sei lá.

1. Leaving on a jet plane. Essa não estava no post anterior que fiz. Eu estava no escritório e coloquei uma música no iTunes que tinha que ouvir "a serviço" (é, meu trabalho tem dessas coisas) e a música seguinte era essa. Eu desliguei rapidinho porque acredito no "oráculo de Pandora" mas não tive escapatória. Parei de resistir e coloquei a canção no ipod e tenho ouvido direto, e é a tagline do meu gtalk. Hoje estava conversando com minha prima no msn e do nada, sem aviso, ela me manda um arquivo... e era a mesma música, a mesma versão, tudo! Não acreditei na coincidência! Tenho certeza de que essa música sempre vai me lembrar desta época. A minha versão e a da prima tinham intérpretes diferentes, a minha dizia Bjork e PJ Harvey, a dela Bjork e Fiona Apple, procurei na rede e tinha gente que dizia Bjork e Pink (???), no final das contas não era nada disso. A música foi gravada por Chantal Kreviazuk, uma cantora canadense (a esta altura já não me surpreendo com coincidência nenhuma), para a trilha de Armaggedon. Disclaimer: não gostei das outras músicas dela e mesmo esta é um pouco melosa, mas combina com o momento.

2. Preciso dizer que te amo, Cazuza e Bebel Gilberto (por favor ignorem a apresentação do youtube e ouçam só a música). Essa música me lembra a moradia, no verão de 97/98. Eu conhecia a versão da Marina mas me apaixonei por essa do Cazuza com Dé e Bebel Gilberto. É que a letra é muito perfeita e a coda que fala de "fechando e abrindo a geladeira a noite inteira" e "lembrando em cada riso teu qualquer bandeira" é a descrição exata daquelas noites em que a paixonite aguda vira obsessão. De leve.

3. I want some sugar in my bowl, com a Nina Simone e a outra com Bessie Smith. Já expliquei.

4. Fazenda, Milton Nascimento. Porque é a cara da Santa Fé. Tem os tios na varanda, tem manga, tem bica no quintal, e tem a troca de gerações que faz aquele lugar eterno. "Eu era criança, hoje é você, e no amanhã nós".

5. Dindi, Tom Jobim. Porque até o rio que não sabe onde vai continua correndo seu leito.

Passando pra frente: Denise, Claudia, Isabella, Teca, Elena.

Minha bússola política.

Quem diria? Uma comunista-anarquista. Quê-que-vão-dizer lá em casa...

sexta-feira, 27 de julho de 2007



Ouvido na rua

Pai - Do you want to go home?
Filha - Where's home?

segunda-feira, 23 de julho de 2007

sexta-feira, 20 de julho de 2007

Descruza o dedo todo mundo que a vaca foi pro brejo!

Mas sabe quando a vaca olha em volta e começa a achar que o brejo não é assim tão ruim? Pois é.

terça-feira, 17 de julho de 2007

Vou fazer que nem minhas vizinhas de blog e pedir pensamento positivo, dedos cruzados e muita reza pros meus três ou quatro leitores. Estou precisadíssima.

Obrigada.

terça-feira, 10 de julho de 2007

Dez músicas que dão frio na barriga

Estilo Alta Fidelidade.

Mas fora de ordem.

1. Preciso dizer que te amo, Cazuza e Bebel Gilberto
2. I want some sugar in my bowl, com a Nina Simone
3. Fazenda, Milton Nascimento
4. Cry me a river, Ella Fitzgerald
5. Tristeza do Jeca, Ney Matogrosso
6. Luiza, Tom Jobim
7. Go Back, Titãs + Fito Páez, a versão acústica com poema do Neruda
8. Nas Ruas, Djavan
9. Pétala, Cássia Eller
10. Dindi, Tom Jobim

Como todas as listas, me reservo o direito de rever. Reouvir.

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Conferência na Casa Branca

Hoje teve uma conferência da Casa Branca sobre as Américas. O Presidente Bush moderou uma discussão entre representantes de seis ONGs, ressaltando a importância da diplomacia cidadã. Em 60 minutos ele disse a palavra "neighborhood" 33 vezes. Tudo bem, só que essa palavra pode querer dizer "vizinhança" ou "bairro". Será que ele queria mesmo dizer "quintal"?

Deixa pra lá...

Vai ser 94

Está fazendo um calor danado e não dá vontade de sair. Dá vontade de estar no Rio e ter dezesseis anos, quase dezessete, e ser final de novembro e já ter passado de ano em todas as matérias sem recuperação, e ser quase meu aniversário quase Natal e quase Ano Novo, e eu ter um biquíni novo e ir todo dia na barraca do Pelé, depois voltar pra casa tomar banho e comer a comida da Bel e botar meu vestido marrom que minha mãe depois jogou fora a meu contragosto e ir andar na rua com alguma amiga, depois voltar pra casa e ficar no meu quarto lendo Vinícius e sentindo o cheiro das flores de manga fora da janela e ficar tão feliz que me sinto compelida a rabiscar o espelho inteiro, ter um paquera qualquer que é louco por mim ou ter um namorado pra ir ao cinema e não ver o filme e ficar só beijando achando o máximo da transgressão, sair do cinema e ir tomar sorvete num buraco qualquer pra ficar junto um pouco mais antes da hora do pai bravo, e depois outro dia ir pra Guarapari ficar de bobeira no apartamento a tarde toda, ir à praia da Areia Preta no dia seguinte e constatar que é tudo igual ao ano passado, na verdade é tudo igual a 1978, só não é mais cool mas continuar gostando mesmo assim porque cresci indo lá e porque tenho uma amiga comigo com quem eu posso falar bobagens e olhar vitrines que só vendem, claro, biquínis, ir na feira hippie e comprar um colar de um senegalês que parece um bicho de seda, o colar, não o vendedor, depois voltar e ficar numa rodinha de violão achando tudo ótimo só porque o vento está soprando na direção certa e acalma a pele ardida, voltar em silêncio para o apartamento e ir dormir achando que o único problema na vida era pernilongo.

domingo, 8 de julho de 2007

Simplifiquei

Os hábitos (ou manias, dependendo do ponto de vista) que adotei de uns anos para cá:

- Não compro quase nada por impulso, e não faço mais compras por diversão. Não é sacrifício, é mudança de atitude mesmo. Outro dia fui à Ikea e não me deu vontade de comprar nada, saí até meio decepcionada comigo mesma achando que eu me divertia mais quando era mais consumista... Mas me pergunto: eu preciso mesmo disto? Onde eu vou guardar? Tenho ou já tive alguma coisa parecida? Como é que eu vou manter isto? (Detesto fazer limpeza e lavar roupa e comprar refil, portanto essa última pergunta é válida...) E acabo economizando desse jeito, o que me leva ao próximo item...
- Não conto mais centavinhos. Se eu sair com os amigos e gastar um pouco mais do que achava que devia, paciência. Se eu preciso comprar alguma coisa que vai fazer minha vida mais fácil/prazerosa, não fico alisando o escorpião no bolso.
- Tento usar tudo o que tenho. Isso está longe de ser verdade com as minhas roupas (estou programando uma arrumação que nunca chega), mas é mais do que comprovado com as coisas de cozinha e banheiro. Se não estou usando alguma coisa é porque não gosto o suficiente ou porque estou economizando. No primeiro caso, o destino do objeto é o lixo, e no segundo me convenço de que a vida é uma só e louça bonita é pra todo dia e aquele hidratante legal vai acabar velho e fedorento se eu não usar.
- Conseqüência do item acima: não compro xampu, hidratante e maquilagem se os que tenho ainda não acabaram.
- Outra conseqüência do item acima: tenho menos pena de jogar coisas fora. Nada de ficar guardando barbante, caixa e embalagens de margarina que eu não sou uma velha gagá, por mais ambientalista que seja.
- Exceção: detesto jogar eletrônicos direto no lixo, tento sempre vender ou achar alguém que vai aproveitar, doar. Tenho um amigo que implica terrivelmente com essa minha mania.
- Uso o mesmo produto de limpeza para tudo. Embaixo da minha pia da cozinha tem esse produto, vinagre, bicarbonato de sódio (ótimo para esfregar a banheira), detergente para louça, sabão líquido de lavar roupa e dryer sheets. Nada de limpador de azulejo, água sanitária, branqueador de roupa, etc, etc.
- Não tenho mais televisão. É uma longa história, ou talvez não tão longa: a tevê quebrou e não comprei outra. Eu sinto falta de ver Gilmore Girls (que já acabou), esportes e de fazer sessões de cinema com os amigos. Eu não sinto falta nenhuma da presença física do trambolho, dos mil fios e controles remoto, e do tempo que passava hipnotizada. Agora passo mais tempo online, assisto vídeos no computador, saio de casa para assistir jogos na casa dos outros se necessário, e o melhor de tudo: quem vem me visitar conversa comigo, não com a tevê.
- Tomei um pouco de raiva de gadgets eletrônicos. Ainda tenho alguns (câmera, ipod, celular, hd externo) mas penso mil vezes antes de comprá-los e compro o mais simples. Não tenho mais caixas de som externas para o computador, impressora (e é impressionante como não me faz falta), scanner, usb hub, nem computador desktop. A webcam eu ainda uso mas estou pensando que meu próximo laptop deveria ter uma embutida. Minha vida tem bem menos fios.
- Estou tentando conter as coleções. A de dvds só tem filmes de que realmente gosto ou que ganhei de presente, a de cds não tem tido nenhuma adição, a de livros é constantemente renovada pelo PaperBackSwap, a de moedas acabou sendo usada para lavar roupas.
- Exceção ao item acima: a minha coleção de revistas Real Simple é a coisa mais trambolhosa que tenho e ocupa uma prateleira e meia na minha estante. Comecei a assinar essa revista em 2002 e gosto muito, acho a edição bonita e tal. De uns tempos pra cá comecei a achar que tinha muita propaganda - ainda por cima do tipo que tem papel mais espesso e amostras - e dificultava ler a revista, então comecei a fazer que nem o meu pai (e eu o criticava por isso!) e arrancar todas as folhas que tinham propaganda dos dois lados. Cheguei à conclusão de que as propagandas fazem 25-30% do peso da revista mas mantive a coleção. Este mês achei a revista horrível, todos os artigos são sobre coisas que não têm nada a ver comigo, e pensei em parar de assinar. Aí mudei de idéia outra vez e resolvi que vou continuar a assinatura porque me dá acesso ao site, mas me livrar das edições antigas e recortar só os artigos que realmente me importam. Comecei um scrapbook hoje, é impressionante como eu gosto de cortar e colar, deveria estar ainda no jardim de infância!
- Esta vai aqui no meio disfarçadamente e não dou mais detalhes: parei de usar absorvente.
- Não guardo papéis desnecessários. Meus saldos de banco e cartão de crédito e minhas contas chegam todos por email. É verdade que tenho que me organizar melhor e começar a guardar esses documentos digitalmente, mas não preciso saber em que restaurante jantei em janeiro de 2005. Agora falta eu me acostumar a jogar fora os recibos do que eu compro, porque quando vejo a casa está inundada pelos malditos pedacinhos brancos de papel.
- Estou devendo a mim mesma uma arrumação na caixa de balangandãs, e continuo gostando de anéis colares e brincos, mas no dia-a-dia uso sempre os mesmos: um par de argolas, uma correntinha e um relógio.
- Continuo meio relapsa com os amigos e achando que deveria ter mais contato, mas aprendi muito bem a separar as coisas e não me chatear com as mancadas dos outros, e também a não fazer papel de boba. Okay, "muito bem" é exagero, mas estou melhorando...

O mais importante de tudo isso é que estou levando a vida que eu quero, fazendo meus erros e acertos por minha conta. Tenho muito a comemorar.

Digam nos comentários quais os truques e macetes que fazem sua vida mais fácil, eu estou sempre querendo aprender coisas novas...

Shehecheyanu

Bendito sejas tu, Senhor, nosso D'us, rei do universo, que nos manteve vivos, nos sustentou e nos permitiu chegar a esta época.

terça-feira, 3 de julho de 2007

Ditados

Dios aprieta pero no ahorca.

sexta-feira, 29 de junho de 2007

Nem os tristes

Mas os momentos felizes não estão escondidos nem no passado e nem no futuro.

quarta-feira, 27 de junho de 2007

Pandora Oráculo

Enquanto minhas palavras se engalfinham no de-dentro e fazem redemoinhos de obsessão, raiva e alegrias pequenas alternadas, e desejo, e incerteza, vou ficando com o oráculo que vem pelo rádio no rádio que vem pela internet. As palavras são de outros mas ressoam alto. Mas por pior que as coisas fiquem, algumas canções estão seguras à chave. Volta, Dindi.

O teu desejo é meu maior prazer Mande notícias do mundo de lá Diz quem fica Me dê um abraço Venha me apertar Eu gosto de você e gosto de ficar com você meu riso é tão feliz contigo Coração de eterno flerte, adoro ver-te Pois quando eu te vejo eu desejo o teu desejo Ô, Rita, tu sai da janela Deixa esse moço passar Quem não é rica e é bela Não pode se descuidar Mas, Rita, tu sai da janela Que as moça desse lugar Nem se demora donzela Nem se destina a casar Ê Ô! O vento soprou! Ê Ô! A folha caiu! Ê Ô! Cadê meu amor? Que a noite chegou fazendo frio

quinta-feira, 21 de junho de 2007

segunda-feira, 18 de junho de 2007

Futuros amantes

(Chico Buarque/1993)

Não se afobe, não
Que nada é pra já
O amor não tem pressa
Ele pode esperar em silêncio
Num fundo de armário
Na posta-restante
Milênios, milênios
No ar

E quem sabe, então
O Rio será
Alguma cidade submersa
Os escafandristas virão
Explorar sua casa
Seu quarto, suas coisas
Sua alma, desvãos

Sábios em vão
Tentarão decifrar
O eco de antigas palavras
Fragmentos de cartas, poemas
Mentiras, retratos
Vestígios de estranha civilização

Não se afobe, não
Que nada é pra já
Amores serão sempre amáveis
Futuros amantes, quiçá
Se amarão sem saber
Com o amor que eu um dia
Deixei pra você

quarta-feira, 13 de junho de 2007

Do fundo do baú da memória

Também estava um dia lindo ontem, primavera pura, um daqueles dias em que eu, que amo calor, saio flutuando pela rua e achando que o tempo parou, que tudo vai dar certo e o mundo é lindo, por algum motivo sempre me sinto assim na primavera e termino perdidamente apaixonada, adolescente em último grau. Minha mãe diz que é porque eu sou jovem, ela também era assim, agora quando bate o calor ela só quer se esconder.
(trecho de correspondência)

Ou isto ou aquilo
(Cecília Meireles)
Ou se tem chuva e não se tem sol
ou se tem sol e não se tem chuva!
Ou se calça a luva e não se põe o anel,
ou se põe o anel e não se calça a luva!
Quem sobe nos ares não fica no chão,
quem fica no chão não sobe nos ares.
É uma grande pena que não se possa
estar ao mesmo tempo em dois lugares!
Ou guardo o dinheiro e não compro o doce,
ou compro o doce e gasto o dinheiro.
Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo . . .
e vivo escolhendo o dia inteiro!
Não sei se brinco, não sei se estudo,
se saio correndo ou fico tranqüilo.
Mas não consegui entender ainda
qual é melhor: se é isto ou aquilo.

(Do livro da época de criança)

Moral da história: ler correspondências e diários antigos é bom, mas faz mal numa tarde chuvosa. Não recomendo.

quinta-feira, 7 de junho de 2007

terça-feira, 5 de junho de 2007

On Being

Eu pensei que todo mundo já conhecia, mas a série de vídeos On Being parece ser o segredo mais bem guardado da web. O jornal Washington Post publica semanalmente, às quartas-feiras, vídeos de não mais de quatro minutos produzidos pela videógrafa Jennifer Crandall.

"On Being é um projeto baseado na simples noção de que nós deveríamos conhecer uns aos outros um pouco melhor. O que se encontra aqui é uma série de vídeos que levam você às reflexões, paixões, histórias e peculiaridades de todos os tipos de pessoas. Esta é a essência de quem são, de quem somos."

Esta série me lembra um pouco os filmes longa-metragem da série Up (eu vi 42Up e 49Up), em que um cineasta britânico (Michael Apted) vem entrevistando o mesmo grupo de pessoas a cada sete anos, desde que todos tinham 7 anos. O efeito é emocionante, pois por mais que a vida de cada um dos "personagens" seja diferente da dos outros e das nossas, a linha comum - somos todos humanos, com defeitos, qualidades, misérias e alegrias - une a narrativa e transborda da tela.

As pessoas entrevistadas em On Being são comuns, vivem aqui em DC, e falam de coisas prosaicas. Mas como de perto ninguém é normal, as entrevistas tomam rumos surpreendentes que enternecem, fazem rir e emocionam. Confira os vídeos mais recentes mas também o arquivo com os primeiros da série - ao todo são vinte entrevistas até agora, mais um episódio com outtakes. Não vou falar mais dos personagens porque estraga a surpresa. Digam o que acharam nos comentários.

Imperdível!

domingo, 3 de junho de 2007

Ela lê no metrô: High Fidelity e Zorro

High Fidelity
Quem escreveu: Nick Hornby
Quando li: em novembro de 2006 (em inglês)
O livro: faz qualquer um parar para pensar nos dez piores términos de namoro das últimas duas décadas, e na arte de fazer fitas misturadas. O estilo de Hornby é engraçado e deprimente na medida exata e suas elocubrações sobre o que a gente pensa sobre os relacionamentos evolui (mas não muito) da adolescência até à beira dos trinta anos. Leitura obrigatória.
O filme: tem o gatinho John Cusack, a dinamarquesa Iben Hjejle, e a Catherine Zeta Jones. Engraçado que no livro Laura (a namorada) é morena, e Charlie (a gostosa) é loira - no filme é o contrário. A interpretação de Jack Black como o amigo maluco é perfeita, mas tanto ele quanto Laura têm mais dimensão no livro. Além disso, é interessante a discussão sobre satisfação e expectativa profissionais de Rob e Laura.

Zorro
Quem escreveu: Isabel Allende
Quando li: em dezembro de 2006 (em espanhol)
O livro: conta as origens do Zorro desde a infância, com doses de realismo fantástico. Tem romance, piratas, capa-e-espada, injustiças e muitas peripécias. Grande parte do livro se passa durante a infância do Zorro, e é a parte mais gostosa da história. Para quem gosta de gênese de heróis, é um prato cheio.
O filme: tem o Antonio Banderas e a Catherine Zeta Jones, além do Anthony Hopkins. Só compartilha o título com o livro, e é anterior em vários anos. A história é diferente, mas também tem um pedacinho de gênese. Faz muito tempo que não vejo, está na hora de rever...

quarta-feira, 30 de maio de 2007

Laundry list de posts

Todas as coisas que pensei em postar e não postei, principalmente aquelas que se referem ao subtítulo "ela lê no metrô".
- sobre os livros High Fidelity e Zorro que eu li no fim do ano passado
- sobre o livro Rubbish! que eu li agora há pouco
- sobre os livros Why we buy e Born to buy que eu li mais ou menos ao mesmo tempo
- sobre não ter televisão
- sobre a cafonice infinita das pessoas que compram na daslu (na verdade o post não é bem sobre isso e eu ainda não sei o que é, mas essa definição me ajuda a lembrar o que eu queria escrever, acho que é alguma coisa sobre ética )
- sobre como a vida das pessoas às vezes alcança uma curva, um prenúncio de virada que quem já passou por isso vê de fora
- sobre a série de vídeos "on being"

Acho que por enquanto é só. Vamos ver se eu consigo escrever mais...

terça-feira, 29 de maio de 2007

Snoozitis

Tem cura?

quarta-feira, 23 de maio de 2007

A meme dos setenta itens

All the cool kids are doing it!

Sete coisas que faço bem:

- escrever (quando me inspiro)
- falar as línguas estrangeiras que domino (inglês e espanhol)
- guardar números e nomes na memória (já fui melhor...)
- sorrir, bater papo e tomar café (de preferência mais ou menos ao mesmo tempo)
- fazer mala de tamanho razoável
- achar informações online (incluindo amigos de infância, o cara que paquerou minha amiga no starbucks, aquela raça de cachorro cujo nome meu pai não sabe mas sabe descrever, etc)
- bobice

Sete coisas que não faço e não sei fazer:

- dirigir (está na lista de coisas para aprender há séculos)
- nadar (aprendi depois de velha)
- andar de bicicleta (idem)
- cozinhar (mas quero aprender)
- comprar coisas caras (meu dinheiro se gasta nas coisas baratinhas e cotidianas)
- fazer unha
- ser organizada (cozinha, banheiro e livros vão bem, obrigada - sala e quarto são o desafio porque tem roupa, cd e cacareco por tudo quanto é canto)

Sete coisas que me atraem no sexo oposto:

- olhos
- sorriso
- mãos
- inteligência
- saber falar e escrever bem (ia colocar "bom uso da língua" mas pega mal)
- bom gosto musical (não precisa ser o meu gosto, basta saber do que está falando e não apenas gostar do que é comercial empurrado goela abaixo)
- pega!

Sete coisas que não suporto no sexo oposto:

- mania de grandeza
- ciúme
- machismo
- ignorância
- bebida em excesso
- unha roída
- grude exagerado (jogado aos seus pés, eu adoro um amor inventado...)

Sete coisas que digo com freqüência:

- tudo jóia?
- juízo! (ou o equivalente 'take care')
- okay, alright... (detesto isso, estou tentando perder a mania)
- beijo (no telefone principalmente)
- depois a gente se fala (idem)
- então...
- cute!

Sete atores/atrizes que admiro:

- Johnny Depp (lindooooooooo!)
- Toni Colette
- Minnie Driver (não sei por quê, mas é verdade...)
- Audrey Hepburn
- Fernanda Montenegro
- Denzel Washington
- Meryl Streep

Sete filmes favoritos:

- De volta para o futuro
- My fair lady e Bonequinha de luxo
- Tomates verdes fritos
- Curtindo a vida adoidado
- Sedução
- Annie Hall
- O tigre e o dragão

Sete livros favoritos:

- O amor nos tempos do cólera (o favorito absoluto de todos os tempos)
- Oh, the places you'll go!
- O menino maluquinho
- A coleção "Para Gostar de Ler" (crônicas são minhas favoritas até hoje)
- Cem anos de solidão
- Graceful simplicity (é não-ficção, sobre o movimento de simplicidade voluntária)
- Ficções do Interlúdio, Álvaro de Campos (coletânea)

Sete lugares favoritos:

- Fazenda Santa Fé
- o apartamento no Rio
- o minúsculo "apertamento" de Guarapari
- o Museu da República
- o apartamento onde moro
- o apartamento da minha irmã
- os corredores externos do Santa Marcelina com a vista para o vão central (don't ask...)

Minha preferência por apartamentos não tem nada a ver com agorafobia, é só porque os espaços públicos mudam muito (vide Guarapari) e as lembranças afetivas ficam nas casas onde moramos...

Sete pessoas para responder a este questionário:

- Dudu (ele bem que gosta dessas coisas)
- Djones
- Teca (ela não vai responder no blog mas de repente faz uma listinha só pra mim...)
- Isabella (explicou o que é meme mas não se memexeu)
- Marcelo
- Bebel
- Weno (em desenhos, se possível)

As meninas de DC já foram devidamente "tagged" pela Cláudia, Elena, Denise e Juliana Parahyba.

PS: Não sabia que isso de fazer lista ia ser tão difícil. Estou me sentindo super High Fidelity, apagando e substituindo itens. Troquei "bunda" por "inteligência" na categoria sexo oposto, mas prefiro alguém que tenha os dois em forma. Tenho certeza de que vou me arrepender dos atores, filmes e livros em algum momento e voltar pra consertar. Afe.

quinta-feira, 10 de maio de 2007

Pátria Minha



A Denise tem razão, a mulher essa que declama os poemas no meio do vídeo é bem chata. E eu achei também meio xarope o Toquinho interromper o que estava falando pra dizer que foi lá na Bahia inaugurar praça. E cortaram o Pátria Minha no meio para poder continuar o documentário. Uma vez tinha pensado em declamar esse poema aqui no blog em mp3 mas eu não consigo: eu choro.

quarta-feira, 25 de abril de 2007

Doce Lembrança


Achar numa rede social online o perfil daquele ex que virou amigo e perceber que ele é tão talentoso quanto a mãe dele.

Doce Vingança


Achar numa rede social online o perfil daquele ex que já foi tarde e perceber que ele ficou a cara da mãe dele.

quarta-feira, 18 de abril de 2007

Nikki Giovanni

We are Virginia Tech.
We are sad today, and we will be sad for quite a while. We are not moving on, we are embracing our mourning.
We are Virginia Tech.
We are strong enough to stand tall tearlessly, we are brave enough to bend to cry, and we are sad enough to know that we must laugh again.
We are Virginia Tech.
We do not understand this tragedy. We know we did nothing to deserve it, but neither does a child in Africa dying of AIDS, neither do the invisible children walking the night away to avoid being captured by the rogue army, neither does the baby elephant watching his community being devastated for ivory, neither does the Mexican child looking for fresh water, neither does the Appalachian infant killed in the middle of the night in his crib in the home his father built with his own hands being run over by a boulder because the land was destabilized. No one deserves a tragedy.
We are Virginia Tech.
The Hokie Nation embraces our own and reaches out with open heart and hands to those who offer their hearts and minds. We are strong, and brave, and innocent, and unafraid. We are better than we think and not quite what we want to be. We are alive to the imaginations and the possibilities. We will continue to invent the future through our blood and tears and through all our sadness.
We are the Hokies.
We will prevail.
We will prevail.
We will prevail.
We are Virginia Tech.

segunda-feira, 16 de abril de 2007

Virginia

Nevou de manhã em Blacksburg, uma neve fora de época, esquisita para abril. Amanhã as 33 pessoas que morreram no campus da Virginia Tech vão ter nomes, rostos, histórias, e a tragédia vai continuar, e os relatos, e o luto. Talvez até saibamos o que motivou o crime.

Apesar de ter seguido o noticiário o dia inteirinho e não ter conseguido me concentrar em mais nada, os poucos vídeos de cobertura ao vivo que vi (online, porque não tenho tv) mostravam a toda hora uma filmagem feita por um telefone celular de um aluno. Quarenta e tantos tiros, em repetição igualmente espaçada. Violência é uma coisa que entra pelos poros e anestesia. Quando a violência me alcança em imagens e sons - mesmo que de mentirinha e mais ainda de verdade - sinto que minha alma definha aos poucos. Lendo ainda posso sentir pausado.

terça-feira, 27 de março de 2007

Os links aí ao lado mudaram

Uma coisa muito dinâmica, muito moderna, muito chique, um espetáculo. À medida que leio os blogs de todo mundo no Google Reader, vou marcando os posts que quero dividir (ou sharear, como diz meu amigo Marcio) e eles aparecem aqui no blog. Se vocês clicarem no "Read More..." aí à direita vão para a página dos meus posts-que-li-e-gostei.

Ficou faltando a Djones, do Eh, Brasilera, que não tem fidji (leia-se feed).

domingo, 25 de março de 2007

"Imagina se naquele tempo eles mandavam brasa desse jeito!"

Eu fui consertar a foto do post do potinho e comecei a procurar pelo título da música e achei um CD com o mesmo nome e o singelo subtítulo "Vintage Sex Songs 1923-1952".

A capa é uma graça, mas melhor ainda são os nomes das músicas! (Clique na imagem acima para ver o link.)

(Ah, e o nome do post é uma pérola da minha mãe ao ver um filme de época com muitas cenas de sexo...)

sábado, 24 de março de 2007

Mas não, não,

não estou brava não, com ninguém, juro, Elena. Os posts saem meio mal-humorados porque o blog está às moscas e eu sempre que posto é porque estou muito culpada, muito entediada ou os dois. A história do sem legenda é só uma constatação mesmo, e aquele dia eu tive uma conversa com um amigo com quem eu falo por hoooooras (eu que não sou muito chegada em telefone) e a gente consegue se entender super bem. Agora esse negócio aí embaixo de dizer que preciso fazer listas é verdade, quero fazer uma lista de desejos, uma lista dos melhores filmes, uma lista das melhores músicas, uma lista das melhores lembranças, uma lista das futuras viagens, uma lista de supermercado, uma lista de tudo o que vou comprar com o milhão de dólares que eu ganharia na loteria se eu jogasse, uma lista das coisas que eu tenho que agradecer aos meus pais, várias listas! Aliás, já comecei - fazendo a lista das listas. Se alguém quiser pegar emprestada...

Se eu fosse você...

Só o Dudu mesmo pra me fazer seguir corrente!

Se eu fosse um personagem de cinema provavelmente seria a Bridget Jones neste exato momento ("all by myseeeeeelf!"). Se fosse um personagem de desenho animado seria a Teela porque ela foi meu primeiro girl-crush e chuta bundas. Se eu fosse um homem seria o Tom Jobim ou o David Suzuki (é que acabei de ver uma palestra dele). Se eu fosse uma cantora queria ser a Ella. Se eu fosse de outra profissão seria especialista em relações internacionais. Agora, se eu fosse você, só usava Valisère.

Me reservo o direito de rever tudo isso. Rever todas as listas. Mas tenho tido ultimamente necessidade de fazer listas.

quarta-feira, 14 de março de 2007

Sem legendas

Amizade tem de todo jeito, mas quando a gente consegue conversar com alguém sem ter que explicar muita coisa é o melhor de tudo.

Às vezes não tenho paciência para parar a conversa e pôr nota de rodapé.

terça-feira, 6 de março de 2007

O potinho da Nina e o potinho da Bessie.

A Denise tá com saudade do Tedje e postou uma música da Nina Simone, e eu me lembrei de "I Want a Little Sugar in my Bowl". A versão classuda e meio triste da Nina Simone aparece no filme Point of No Return (A Assassina, em português), e a versão da Bessie Smith é completamente safada. Adoro as duas e gosto de ouvir back-to-back, pra comparar e cantar junto.

Denise e eu fizemos uma tradução conjunta e morremos de rir durante o processo. Eis o que saiu:


Eu quero um pouco de açúcar no meu potinho

Ouça aqui com Bessie Smith, 1931.

Cansada de estar sozinha, cansada de estar triste
Eu queria ter um bom homem para contar os meus problemas
Parece que todo o mundo está errado, desde que meu homem se foi

Eu preciso de um pouco de açúcar no meu potinho
Eu preciso um pouco de salsicha no meu pão
Eu posso aguentar um pouco de carinho, tanto tanto
Me sinto engraçada, me sinto tão triste
Preciso de um pouco de vapor quente no meu chão

Talvez eu possa dar um jeito nas coisas, e elas vão acontecer
Qual o problema, hard papa? vem cá e salve a alma da sua mama
Porque eu preciso de um pouco de açúcar em meu potinho... droga!
Eu preciso de um pouco de açúcar no meu potinho

Eu preciso de um pouco de açúcar no meu potinho
Eu preciso um pouco de salsicha no meu pão
Você tá diferente, me disseram
Se mexa, jogue um pouco de açúcar em meu potinho

Eu preciso de um pouco de vapor quente em meu quarto
Talvez eu possa dar um jeito nas coisas, e elas vão acontecer...

Levante-se, não posso ver o que você tá fazendo aí embaixo
Tá escuro aqui, parece uma cobra
Vem cá e coloque algum açúcar em meu potinho
Pare de brincar e coloque alguma coisa no meu potinho...

A versão da Nina tem "Eu preciso de um pouco de doçura na minha alma", não tem a introdução, não tem a parte falada do final, usa "não estou brincando" em vez de "droga", e o vapor é nas roupas, e não no chão nem no quarto (bem que eu achei que tinha ouvido clothes em algum lugar). Além das mudanças na letra, claro, tem as diferenças em tom de voz e instrumental que são mais sexy que a da Bessie Smith. Mas que dá vontade de vez em quando de escrachar geral, ah, isso dá!

terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

Um casamento sustentável

Eu vejo toda hora sites falando de como ter um "green wedding" e pensava que essas coisas só seriam possíveis aqui nos EUA, onde há zilhões de opções para tudo. Mas esta notícia acaba de chegar dos bastidores: a nota de imprensa de uma celebração de casamento "sustentável", patrocinada pela secretaria de meio-ambiente de São Paulo. Ah, e os noivos são LINDOS!

São Paulo va a celebrar el 1º. Matrimonio Sostenible de Brasil entre una brasileña y un catalán

El Parque Trianon será el escenario para la iniciativa inédita que va a beneficiar a 12 ONG’s y será el tema de un documental producido en tiempo real

La idea de hacer la boda, un evento de concienciación en su país, es de Sabrina Campos, presidente de la oenegé 'Instituto VERA', para su propio matrimonio. “ En realidad, mi boda tiene como objetivo principal dejar un legado a mi hijo Gabriel de 5 años de que todo lo que hacemos puede ser una contribución o una consecuencia para la sociedad y el planeta”, dice la novia, que trabaja con responsabilidad social corporativa y proyectos de sostenibilidad en varios países.

Su novio, el ingeniero informático Rafael Velasco, que vive en Barcelona, nos cuenta lo que es para ellos un matrimonio sostenible: “Desde el tejido de nuestra ropa, que es orgánico, hasta la neutralización del carbono emitido en la atmósfera por medio de la plantación de árboles, pasando por las invitaciones en papel reciclable y algunas en braille para nuestros invitados ciegos y la comida orgánica para la gente – todo, absolutamente todo, fue pensado de manera socialmente justa, económicamente viable y ecológicamente correcta!”

La iniciativa tiene el apoyo del gobierno a través de la Secretaria de Medioambiente de la Ciudad de São Paulo que está apoyando el matrimonio por considerar que el documental que se realizará en tiempo real por jóvenes del Proyecto 'Cine Posible' podrá ayudar a millones de personas despertando la consciencia de preservación ambiental y distribuición justa de renta para pequeños emprendimientos.

La pareja, no conformes solamente con celebrar la fiesta y realizar el documental, van a hacer un website llamado www.universobonito.com ofreciendo consejos y direcciones para que la sociedad brasileña pueda buscar buenos servicios de oenegés y empresas socialmente responsables.

La novia llegará en bicicleta por la Avenida Paulista, principal calle de la ciudad, el día 08 de Abril a las 4 de la tarde, en frente al Parque Trianon.

Más contactos: Rafael Velasco o Sabrina Campos
sabrinayrafa, naquele endereço do gúgol ponto com.

Mini cadeiras

Faça uma cadeira em miniatura usando as rolhas, arame e/ou rótulo de duas garrafas de champagne.

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

John tinha trinta e oito anos e os olhos bem azuis. Ele tinha um pôster da Audrey Hepburn fumando um cigarro. Ele correu uma maratona beneficente em Florença. Ele era um sedutor por natureza. Eu só o terei visto uma vez.

All your seasick sailors, they are rowing home.
All your reindeer armies, are all going home.
The lover who just walked out your door
Has taken all his blankets from the floor.
The carpet, too, is moving under you
And it's all over now, Baby Blue.

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007

Carnaval com cara de Brasil - ou "epifania no satori dos outros é refresco".

Não é pra pichar minha terra não, mas esse post do Marcelo no Borduna é uma alegoria de como eu tenho visto o Brasil - surpresa, alegria, dilúvio, escracho, mazelas, tudo numa confusão só, e o personagem central sendo arrastado pelo bloco.

Satori

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2007

Na hora do almoço

A música tocava meio de longe, mas ainda reconheci e me lembrei de como gostei da primeira vez que ouvi...

All I really really want our love to do
Is to bring out the best in me and in you too
All I really really want our love to do
Is to bring out the best in me and in you
I want to talk to you, I want to shampoo you
I want to renew you again and again
Applause, applause - Life is our cause
When I think of your kisses my mind see-saws

(...)
I
want to have fun, I want to shine like the sun
I want to be the one that you want to see
I want to knit you a sweater
Want to write you a love letter
I want to make you feel better
I want to make you feel free
I want to make you feel free

terça-feira, 30 de janeiro de 2007

quinta-feira, 11 de janeiro de 2007

...e um Próspero Ano Novo para você também.



Próspero. Já faz tempo que não vejo esta palavra num cartão de Natal. Quando era pequena achava a palavra mais ácida que festiva, mas hoje em especial estou gostando do som: próspero. Não fiz nenhuma simpatia no reveillon mas vai ver que foi isso mesmo que deu certo. Pé de pato, mangalô, três vezes, que venha para ficar esse sentido de abundância que tenho experimentado. Porque fartura e estar farta são duas coisas com-ple-ta-men-te diferentes e por agora eu estou olhando no lado brilhante dessa moeda.

[Site Jóia] Miscelânea Vanguardiosa

Para quem gosta de ((((música) instrumental) brasileira) da melhor qualidade) - leia-se: música, música instrumental, música intrumental brasileira e música instrumental brasileira da melhor qualidade - o negócio é ouvir o Miscelânea Vanguardiosa.


O Miscelânea tem narração de Ricardo Sá Reston, que tem um gosto musical irrepreensível e sabe do que está falando: ele faz parte do grupo Acuri, que ganhou o Concurso de Bandas Speedy Experience do TramaVirtual.

O vigésimo quarto episódio do Miscelânea vem em duas versões, português e inglês, e mudou de casa do podomatic para o blogspot. A versão em inglês vem a calhar, já que o programa tem fãs fiéis no mundo todo.

O fato de o Ricardo ter atazanado o fundo da sala durante as aulas de história no terceiro ano do colégio lá pelos idos de 94 e o nosso duradouro querer bem não têm nada a ver com o jabá.

Confiram o Miscelânea e vão saber do que estou falando.

Fotógrafa: Lavínia, que centrou nossa boniteza mas cortou a estampa da minha camiseta do Acuri. (Setembro/2006)

quinta-feira, 4 de janeiro de 2007

Venenosa, ê-ê-ê-ê-ê!

(Via Dudu)

Your results:
You are Poison Ivy

Poison Ivy
76%
Mystique
64%
Dark Phoenix
58%
The Joker
56%
Catwoman
55%
Dr. Doom
52%
Apocalypse
47%
Mr. Freeze
46%
Riddler
45%
Lex Luthor
42%
Magneto
38%
Green Goblin
36%
Juggernaut
32%
Two-Face
32%
Venom
30%
Kingpin
23%
You would go to almost any length for the protection of the environment including manipulation and elimination.
Click here to take the "Which Super Villain are you?" quiz...