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domingo, 8 de julho de 2007

Simplifiquei

Os hábitos (ou manias, dependendo do ponto de vista) que adotei de uns anos para cá:

- Não compro quase nada por impulso, e não faço mais compras por diversão. Não é sacrifício, é mudança de atitude mesmo. Outro dia fui à Ikea e não me deu vontade de comprar nada, saí até meio decepcionada comigo mesma achando que eu me divertia mais quando era mais consumista... Mas me pergunto: eu preciso mesmo disto? Onde eu vou guardar? Tenho ou já tive alguma coisa parecida? Como é que eu vou manter isto? (Detesto fazer limpeza e lavar roupa e comprar refil, portanto essa última pergunta é válida...) E acabo economizando desse jeito, o que me leva ao próximo item...
- Não conto mais centavinhos. Se eu sair com os amigos e gastar um pouco mais do que achava que devia, paciência. Se eu preciso comprar alguma coisa que vai fazer minha vida mais fácil/prazerosa, não fico alisando o escorpião no bolso.
- Tento usar tudo o que tenho. Isso está longe de ser verdade com as minhas roupas (estou programando uma arrumação que nunca chega), mas é mais do que comprovado com as coisas de cozinha e banheiro. Se não estou usando alguma coisa é porque não gosto o suficiente ou porque estou economizando. No primeiro caso, o destino do objeto é o lixo, e no segundo me convenço de que a vida é uma só e louça bonita é pra todo dia e aquele hidratante legal vai acabar velho e fedorento se eu não usar.
- Conseqüência do item acima: não compro xampu, hidratante e maquilagem se os que tenho ainda não acabaram.
- Outra conseqüência do item acima: tenho menos pena de jogar coisas fora. Nada de ficar guardando barbante, caixa e embalagens de margarina que eu não sou uma velha gagá, por mais ambientalista que seja.
- Exceção: detesto jogar eletrônicos direto no lixo, tento sempre vender ou achar alguém que vai aproveitar, doar. Tenho um amigo que implica terrivelmente com essa minha mania.
- Uso o mesmo produto de limpeza para tudo. Embaixo da minha pia da cozinha tem esse produto, vinagre, bicarbonato de sódio (ótimo para esfregar a banheira), detergente para louça, sabão líquido de lavar roupa e dryer sheets. Nada de limpador de azulejo, água sanitária, branqueador de roupa, etc, etc.
- Não tenho mais televisão. É uma longa história, ou talvez não tão longa: a tevê quebrou e não comprei outra. Eu sinto falta de ver Gilmore Girls (que já acabou), esportes e de fazer sessões de cinema com os amigos. Eu não sinto falta nenhuma da presença física do trambolho, dos mil fios e controles remoto, e do tempo que passava hipnotizada. Agora passo mais tempo online, assisto vídeos no computador, saio de casa para assistir jogos na casa dos outros se necessário, e o melhor de tudo: quem vem me visitar conversa comigo, não com a tevê.
- Tomei um pouco de raiva de gadgets eletrônicos. Ainda tenho alguns (câmera, ipod, celular, hd externo) mas penso mil vezes antes de comprá-los e compro o mais simples. Não tenho mais caixas de som externas para o computador, impressora (e é impressionante como não me faz falta), scanner, usb hub, nem computador desktop. A webcam eu ainda uso mas estou pensando que meu próximo laptop deveria ter uma embutida. Minha vida tem bem menos fios.
- Estou tentando conter as coleções. A de dvds só tem filmes de que realmente gosto ou que ganhei de presente, a de cds não tem tido nenhuma adição, a de livros é constantemente renovada pelo PaperBackSwap, a de moedas acabou sendo usada para lavar roupas.
- Exceção ao item acima: a minha coleção de revistas Real Simple é a coisa mais trambolhosa que tenho e ocupa uma prateleira e meia na minha estante. Comecei a assinar essa revista em 2002 e gosto muito, acho a edição bonita e tal. De uns tempos pra cá comecei a achar que tinha muita propaganda - ainda por cima do tipo que tem papel mais espesso e amostras - e dificultava ler a revista, então comecei a fazer que nem o meu pai (e eu o criticava por isso!) e arrancar todas as folhas que tinham propaganda dos dois lados. Cheguei à conclusão de que as propagandas fazem 25-30% do peso da revista mas mantive a coleção. Este mês achei a revista horrível, todos os artigos são sobre coisas que não têm nada a ver comigo, e pensei em parar de assinar. Aí mudei de idéia outra vez e resolvi que vou continuar a assinatura porque me dá acesso ao site, mas me livrar das edições antigas e recortar só os artigos que realmente me importam. Comecei um scrapbook hoje, é impressionante como eu gosto de cortar e colar, deveria estar ainda no jardim de infância!
- Esta vai aqui no meio disfarçadamente e não dou mais detalhes: parei de usar absorvente.
- Não guardo papéis desnecessários. Meus saldos de banco e cartão de crédito e minhas contas chegam todos por email. É verdade que tenho que me organizar melhor e começar a guardar esses documentos digitalmente, mas não preciso saber em que restaurante jantei em janeiro de 2005. Agora falta eu me acostumar a jogar fora os recibos do que eu compro, porque quando vejo a casa está inundada pelos malditos pedacinhos brancos de papel.
- Estou devendo a mim mesma uma arrumação na caixa de balangandãs, e continuo gostando de anéis colares e brincos, mas no dia-a-dia uso sempre os mesmos: um par de argolas, uma correntinha e um relógio.
- Continuo meio relapsa com os amigos e achando que deveria ter mais contato, mas aprendi muito bem a separar as coisas e não me chatear com as mancadas dos outros, e também a não fazer papel de boba. Okay, "muito bem" é exagero, mas estou melhorando...

O mais importante de tudo isso é que estou levando a vida que eu quero, fazendo meus erros e acertos por minha conta. Tenho muito a comemorar.

Digam nos comentários quais os truques e macetes que fazem sua vida mais fácil, eu estou sempre querendo aprender coisas novas...

8 comentários:

Anônimo disse...

Oi Heloisa, penso em ser frugal mas não consigo... gosto de uma comprinha e pronto. Mas tudo baratinho. Gosto de guardar coisinhas porque sei que me serão úteis pra montar meus scrapbooks.

Passarei a receber extrato de banco, etc on-line.

Guardo notinhas de compras, por tipo de loja, no caso de precisar trocar algo. Nunca experimento roupa em loja, morro de preguiça!

Passo muita roupa pra frente ou entrgo no Salvation Army.

DVDs só os infantis q meu filho vê 10.000 vezes. O resto vem pelo Netflix. Se quero muuuito ler um livro, pego na biblioteca. Se compro, empresto pra alguém depois.

Sou organizada com minha papelada. É meu jeito de ser mesmo...

E concordo que temos que estar bem com nossos hábitos!

bjs

Claudia disse...

Adoro o paperbackswap... obrigada pela dica, estou usando muito... e os livros que antes eram doados ou vendidos, agora são trocados. Já não tenho CD's e DVD's só mesmo da coleção de Sex and the City.
Namo assiste televisao de mais pro meu gosto... eu nao ligo muito, mas nao vivo sem internet.
Estou lendo Shopaholic e descobri que não sem nem de longe... nunca fui de comprar por impulso, e não vai ser agora.. :)
hmmm e se eu disser que estou intrigada com o absorvente? Voltou a usar toalhinhas? Ou aderiu a pilula dos 3 meses?

Maffalda disse...

Isabella, meu problema não é muito com as compras, é mais com quando a pessoa compra uma coisa e depois nem sabe por quê.

Eu sei que quem gosta d scrapbooks sempre tem um monte de material, mas do jeito que você parece ser organizada deve estar tudo em gavetinhas separadas, aposto! Se fosse eu tinha pedaço de scrapbook até no macarrão. :)

Você é exemplo para mim, assim como a Denise, porque são pessoas que não dirigem por opção e usam transporte público, acho o máximo!

Beijos.

Denise Arcoverde disse...

Querida, esse post está antológico, até linkei lá no meu post sobre compras na China. Eu chego lá...

Beijão!

Ju Watanabe disse...

Oi Helô!
Amei o seu post.
Confesso que concordei com boa parte do texto. Alguns já aderí, outros estou encaminhando....
Chego lá, com a vida com menos coisas e mais simples!
beijinhos, Ju

PS: vamos nos encontrar um desses dias no nosso neighborhood?

Anônimo disse...

Oi!

Cheguei aqui pelo link do Síndrome de estocolmo!

Eu tb adoro este tema sobre simplificar a vida. Onde vivo, na Alemanha, especialmente em Berlim, tem toda uma onda ecológica que abraça este novo estilo de vida.

Eu mesma acho que estou na idade da pedra neste assunto. Me assusto com a quantidade de coisas que acumulo... Mas já fiz alguns progressos recentoes:

. Dei minhas roupas que sei que não vão mais mesmo dar em mim. Se algum dia voltar a ter aquele peso então comprarei novas!

. dei tb meus sapatos que não uso, roupas e casacos que não uso. Ou pq tb alguém me passou e não são a minha cara ou sei lá por que mesmo curtindo na hora H só fazem volume no armário!

. Não tenho tv. Meu namorado foi contra tanto tempo que me acostumei e agora não tenho nenhuma vontade.

. Não compro mais livros, cds, nada. As biliotecas daqui são maravilhosas e o resto se copia.

. no momento estou aprendendo a ser mais minimal nas compras de supermercado. Muita coisa estragava. Agora resolvi entrar na onda européia e compro latas mesmo, maçã e iogurte.

.Comprei fichários pra guardar e organizar a pelada (espe país é uma loucura pra gerar papel!)e jogo fora o que não interessa.

. o meu único problema agora está sendo com a paranóia de não desperdiçar água. Já não me permito tomar banho de baheira, sou rapidinha na ducha e até pra escovar dente e lavar louça me policio.

. sobre dirigir tb não tenho carteira e não tô nem aí.

. depois de vir pra Alemanha que aprendi a usar tudo até o fim. Comprei um creme da Body shop de manga que me deixa enjoada, mas vou usar até o fim!

. enfim, ou parando por aqui pq este assunto realmente é legal!

beijos,

paola

Anônimo disse...

Oi Heloisa, ainda vou fazer um post do meu ateliê. Realmente gosto de tudo em caixinhas, etiquetadas e por aí vai. Me ajuda a encontrar o q preciso. Eu sempre fui assim, com meus brinquedos, com as cartas que escrevia, coisa de hábito mesmo.

Passei todas as roupas de bebê do meu filho pra frente e alguns brinquedos tb.

Quando sai da casa dos meus pais disse que não teria a metade das coisas que eles tem... doce ilusão... Mas eu curto e uso tudo que tenho. Minha louça boa, telheres de prata, cristais.

Tenho procurado tb economizar o máximo de água possível...

Anônimo disse...

Olá! Achei suas idéias ótimas e vou até tentar incorporar algumas na minha vida, mas fiquei curiosa sobre um ítem, será que posso perguntar. Como vc parou de usar absorvente? Gostaria muito de saber qual é a outra alternativa para o nosso "probleminha" de todo mes. Beijinhos.