Maffalda mudou de casa! Redirecionando...

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sexta-feira, 31 de dezembro de 2004

2005


AMOR DINHEIRO PAZ ALEGRIA PAIXÃO ÊXITO VITÓRIA TRABALHO SORTE DIVERSÃO SONHOS TRANQÜILIDADE ENERGIA SAÚDE BEM-ESTAR SOSSEGO SUCESSO FRATERNIDADE ANIMAÇÃO FELICIDADE HARMONIA PROSPERIDADE CARINHO SATISFAÇÃO BOM HUMOR REALIZAÇÃO SIMPATIA PRAZER IGUALDADE EMOÇÃO

em qualquer ordem
shuffle
misture bem
use sem moderação.

domingo, 26 de dezembro de 2004

Mania

nada melhor do que não fazer nada
meu sorriso no sorriso dela
nada melhor
nada melhor do que não fazer nada
nada nada nada
o samba da minha terra deixa a gente mole
laia ladaia
chove chuva
chove sem parar
nada nada
sem parar
chove chove chove chuva
chove sem parar
o nome dela é gal
não fazer nada
nada nada
rolar com você
rolar com você

sexta-feira, 24 de dezembro de 2004

Ho! Ho! Ho!...

...como diria a Meg!

Feliz Natal para todos!

quinta-feira, 23 de dezembro de 2004

Há tempos

achei que este ditado era bom: "keep away from trouble and sing to it".

Até num dia cinza há uma certa beleza.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2004

Ela me deu uma medalha de basquete que eu colei com um chiclete...



Ontem: sair no frio para ver o jogo. E como a minha irmã reclama! Espero que não me comparem com ela, porque eu reclamo do frio o tempo todo!

sábado, 18 de dezembro de 2004

I made it to 28!

It was a long way, wasn't it?, me perguntou um amigo. Mandei tomar banho. Valeu a pena o longo caminho.
Teve festa, teve bolo, teve brigadeiro, teve caipirinha. A Fran era a outra aniversariante. Música até 3:30 da manhã, 65 pessoas num apartamento de dois quartos, a cozinha lotada, a minha irmã trabalhando e pirando com o inglês.
I made it to 28, and I'm happy.

E eu mudei o horário do post só para ter um post no dia 18 de dezembro. Mas foi escrito depois, porque como já é sabido e aceito eu não tenho bola de cristal.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2004

Tentei fazer molho branco e descobri como se faz cola de farinha.

In English, for a change.

The secret fellowship of bloggers revealed one more of its members to me: David. His blog is two years old and full of interesting accounts of his opinion on everything and, I mean, he actually writes! Unlike some people (cough!) who keep copying poems and when they write they just put two lines of cryptic garbage... But then, again, I never cooked an Asian-themed Hanukkah dinner...

Speaking about Hanukkah, yesterday it was the last day. I lit candles the last four days, for the first time ever, and had to cope with Juju making fun of me and thinking I'm converting any time now. I tried to explain it has nothing to do with my actual circumstances (hmm... yeah, I'll leave it at that), but I was always interested in other cultures, and was able to learn a lot about Judaism because of my cousin Belezinha. This year I was reading about Hanukkah (yet again) and was amazed at one of the prayers, the one you're just supposed to say the first time you light the candles:

"Praised are You, Lord our God, King of the universe, Who has kept us in life, sustained us, and enabled us to reach this season."

I can't even begin to explain how well that fits into my life right now.

I am taking any path that leads to a better me. I'll satisfy my curiosity whether by lighting candles or by reading about the orixás. I'll pray to Guadalupe (Dec. 12!), I'll take note of my dreams, I'll keep living the way I'm living, I'll find the way. And "nilipata rafiki".

(Oh, by the way: my Christmas tree looks so cute!)

Incrivelmente lindo


Já ouvi esse álbum várias vezes, mas hoje ele está soando incrivelmente lindo, apropriado, maravilhoso.

terça-feira, 14 de dezembro de 2004

Dádiva

No dia em que meu peito sente que alguém merece uma canção, é essa a canção que eu quero cantar.

Gracias a la vida

Gracias a la vida que me ha dado tanto.
Me ha dado el sonido y el abecedario,
con él las palabras que pienso y declaro:
madre, amigo, hermano, y luz alumbrando
la ruta del alma del que estoy amando.

Relaxada mas alerta

Ou ainda: a mente quieta, a espinha ereta, e um coração tranqüilo.

"Memória é uma velha louca que guarda trapos coloridos e joga comida fora"
Austin O'Malley.

(Achado do Wolfie, devidamente exibido no blog da Stella his starlight)

Futuras grandes invenções (I)

Exame de sangue para paixonite aguda.

sábado, 11 de dezembro de 2004

Se eu passo pelo caminho, ele também passa por mim.
Mutação, fluidez.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2004

Vamos celebrar

Que o experimento tá dando certo, que o mundo e eu somos um, que eu estou feliz, que o frio não tá exagerado, que eu tenho uma câmera digital, que eu tenho um anel de veneno, que eu tenho uma roommate carioca que me empresta coisas, que eu descobri um bom motivo para ser mais organizada, que a minha irmã tá chegando, que a minha festa de aniversário já é um sucesso uma semana antes, que o meu Natal também vai ser bárbaro, que o meu cabelo tá super comprido, que eu tô com fome mas não tô chatinha, que vim de carona pra casa e não tive que andar de salto, que eu consigo falar o que penso e já vou desaprender a apanhar calada, que eu tenho uma mãe que reza por mim de hora em hora, que eu tenho um pai que morre de saudade das minhas ligações, que eu vou ao Brasil algum dia, que eu existo.
Motivos bastantes e suficientes.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2004

...gente que só coloca no blog textos e letras de música. Demonstra pouca criatividade, não? Mas ao mesmo tempo, é um alívio saber que todas as coisas já foram escritas, de uma forma ou de outra. Minha angústia já foi de outro e pode ser domada pela métrica.
Ando pela rua como a calça literária da crônica, cheia de frases soltas, notas musicais, beija-flores invadindo, sonhos onde pouso a página de sentir, a sorte de um amor tranqüilo, bocas de luar, a lua trêmula sobre as águas. As imagens se misturam tanto que já são ruído branco.
Carrego comigo a saudade, carrego gente, carrego preocupações, e carrego a angústia mesma de carregar tantas coisas, um peso no ombro...
De vez em quando do barulho sai algo, um reflexo de sentimento tão perfeito como se o arco tivesse tocado apenas o violino numa nota sublime, ou sai um texto, para passar o tempo, para não dizer que eu sou dessa gente que só coloca no blog...

Para a Estrela.

De repente Lóri não suportou mais e telefonou para Ulisses:

-- Que é que eu faço, é de noite e eu estou viva. Estar viva está me matando aos poucos, e eu estou toda alerta no escuro.

Houve uma pausa, ela chegou a pensar que Ulisses não ouvira. Então ele disse com voz calma e apaziguante:

-- Agüente.

Quando desligou o telefone, a noite estava úmida e a escuridão suave, e viver era ter um véu cobrindo os cabelos. Então com ternura aceitou estar no mistério de ser viva.

Clarice Lispector in Uma aprendizagem ou O livro dos prazeres, 19a. ed., Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1993. pp. 133-134.

Para mim.

O NASCIMENTO DO PRAZER (trecho)

O prazer nascendo dói tanto no peito que se prefere sentir a habituada dor ao insólito prazer. A alegria verdadeira não tem explicação possível, não tem a possibilidade de ser compreendida - e se parece com o início de uma perdição irrecuperável. Esse fundir-se total é insuportavelmente bom - como se a morte fosse o nosso bem maior e final, só que não é a morte, é a vida incomensurável que chega a se parecer com a grandeza da morte. Deve-se deixar inundar pela alegria aos poucos - pois é a vida nascendo. E quem não tiver força, que antes cubra cada nervo com uma película protetora, com uma película de morte para poder tolerar a vida. Essa película pode consistir em qualquer ato formal protetor, em qualquer silêncio ou em várias palavras sem sentido. Pois o prazer não é de se brincar com ele. Ele é nós.

Clarice Lispector

PS: Pode ser que esse texto não seja dela. Alguém sabe?

segunda-feira, 6 de dezembro de 2004

Alice através do espelho

'I wish _I_ could manage to be glad!' the Queen said. 'Only I
never can remember the rule. You must be very happy, living in
this wood, and being glad whenever you like!'

'Only it is so VERY lonely here!' Alice said in a melancholy
voice; and at the thought of her loneliness two large tears came
rolling down her cheeks.

'Oh, don't go on like that!' cried the poor Queen, wringing her
hands in despair. 'Consider what a great girl you are. Consider
what a long way you've come to-day. Consider what o'clock it is.
Consider anything, only don't cry!'

Alice could not help laughing at this, even in the midst of her tears.
'Can YOU keep from crying by considering things?' she asked.

'That's the way it's done,' the Queen said with great decision:
'nobody can do two things at once, you know. Let's consider your age
to begin with--how old are you?'

'I'm seven and a half exactly.'

'You needn't say "exactually,"' the Queen remarked: 'I can
believe it without that. Now I'll give YOU something to believe.
I'm just one hundred and one, five months and a day.'

'I can't believe THAT!' said Alice.

'Can't you?' the Queen said in a pitying tone. 'Try again:
draw a long breath, and shut your eyes.'

Alice laughed. 'There's no use trying,' she said: 'one CAN'T
believe impossible things.'

'I daresay you haven't had much practice,' said the Queen.
'When I was your age, I always did it for half-an-hour a day.
Why, sometimes I've believed as many as six impossible things
before breakfast.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2004

Sobre gatos

"A cat is there when you call her - if she doesn't have anything better to do." - Bill Adler

"No one can own a cat, but they will bless you with their company, if they choose." - Frank Engram ..1952

"The difference between cats and dogs is that dogs come when called and cats take a message and get back to you."
- anonymous

"Women and cats will do as they please and men and dogs should relax and get used to the idea." - Robert A. Heinlein

Diário

Disseram para eu escrever um diário.
É o que estou fazendo. Críptico? É. Mas reflete.
Quem sabe agora um secreto, com detalhes? Com sentimento, mesmo, com confissões, com lágrimas para eu ler depois e me achar ridícula, muito ridícula. Quem sabe um com recibos colados, com fotos e flores, um com letra feia de quem está presa à cama de tanto desgosto. Com desenhos, com carinhas sorridentes, com figuras de palitos.
Vou escrever um diário. Quem sabe resolve.

Hopscotch

(Chapter 7 - Julio Cortazar)

I touch your mouth, I touch the edge of your mouth with my finger, I am drawing it as if it were something my hand was sketching, as if for the first time your mouth opened a little, and all I have to do is close my eyes to erase it and start all over again, every time I can make the mouth I want appear, the mouth which my hand chooses and sketches on your face, and which by some chance that I do not seek to understand coincides exactly with your mouth smiles beneath the one my hand is sketching on you.
You look at me, from close up you look at me, closer and closer and then we play cyclops, we look closer and closer at one another and our eyes get larger, they come closer, they merge into one and the two cyclopses look at each other, blending as they breathe, our mouths touch and struggle in gentle warmth, biting each other with their lips, barely holding their tongues on their teeth, playing in corners where a heavy air comes and goes with a heavy perfume and a silence. Then my hands go to sink into your hair, to cherish slowly the depth of your hair while we kiss as if our mouths were filled with flowers or with fish, with lively movement and dark fragrance. And if we bite each other the pain is sweet, and if we smother each other in a brief and terrible sucking in together of our breaths, that momentary death is beautiful. And there is but one saliva and one flavor of ripe fruit, and I feel you tremble against me like a moon on the water.

terça-feira, 30 de novembro de 2004

Oh no, please not that again

Love rears up its ugly head
Love's not so bad they say
But you never know where love is gonna go
Does anybody really know?
What you gonna do
What you gonna do when it comes and gets you?


PS: Whatever!

terça-feira, 23 de novembro de 2004

Vida, amigos: perspectiva.

Alguém passou por aqui procurando ANNA MARON FOTOS. Aê, Anna!!! Se cuida, Cris!!

(Tinha um n só por conta da pressa. Beijo. Elo.)

sexta-feira, 19 de novembro de 2004

Dividir para conquistar!!!!




Dela, dela, nosso, meu. E seremos todos(as) felizes.

quarta-feira, 17 de novembro de 2004



Quando eu estava procurando a letra da música para o post abaixo (o vídeo foi o Vitor Freire quem mandou), achei este site de uma menina - Erika Moen - de Seattle. Ela desenha uns quadrinhos muito lindos. Esse aí de cima ainda tem a ver com a música, mas tem um sobre o coming out dela que é uma graça. E tem mais este sobre letting go. E outros, muitos outros.
Taí. Gostei.

Je ne veux pas travailler
Je ne veux pas déjeuner
Je veux seulement l'oublier
Et puis je fume

terça-feira, 16 de novembro de 2004

É o bom-humor que nos resta.

Look, maybe we could do something else together. Mrs. Robinson, would you like to go to a movie?
(Ben Braddock)

domingo, 14 de novembro de 2004

Quem não cola não sai da escola...


Posted by Hello

...e também não bloga.

Frase do dia, roubada da Djones e adaptada ao meu bel prazer:

Amor, para mim, atualmente, é só uma marca de paçoca.

Se Deus quiser...

Um dia eu quero ser índio
Viver pelado, pintado de verde
Num eterno domingo
E tomar banho de sol,
banho de sol,
só.

quinta-feira, 11 de novembro de 2004

Fala comigo, Tom

Quando eu vou cantar
Você não deixa
E sempre vem
A mesma queixa
Diz que eu desafino
Que eu não sei cantar
Você é tão bonita
Mas sua beleza
Também pode se enganar

Amor e tosse, não tem como esconder.

(Provérbio japonês, soprado pela Estrelinha.)

quarta-feira, 10 de novembro de 2004

Caminhar com entusiasmo.

Entusiasmo é sinônimo de divino e significa, em grego, ter um Deus dentro de si.
(Renata Prates da Silveira)

terça-feira, 9 de novembro de 2004

I Heart Huckabees


Posted by Hello
Nobody sits like this rock sits.
You rock, rock.
The rock just sits and is.
You show us how to just sit here
and that's what we need.


Imperdível. Alguém aí tem o cartão de um bom detetive existencial?

Odô iyá

(Do livro "Orixás - Pierre Fatumbi Verger - Editora Corrupio")
Tomamos emprestada a descrição do arquétipo de Iemanjá a Lydia Cabrera, sua filha, certamente a mais competente de todas aquelas que nos foi dado o prazer de conhecer: "As filhas de Iemanjá são voluntariosas, fortes, rigorosas, protetoras, altivas e, algumas vezes, impetuosas e arrogantes; têm o sentido da hierarquia, fazem-se respeitar e são justas mas formais; põem à prova as amizades que lhes são devotadas, custam muito a perdoar uma ofensa e, se a perdoam, não a esquecem jamais. Preocupam-se com os outros, são maternais e sérias. Sem possuírem a vaidade de Oxum, gostam do luxo, das fazendas azuis e vistosas, das jóias caras. Elas têm tendência à vida suntuosa mesmo se as possibilidades do cotidiano não lhes permitem um tal fausto".

segunda-feira, 8 de novembro de 2004

Definição

lovable especially in a childlike or naive way.

Ah, tá. Pode ser que eu seja.

Do estado atual dos blogs amigos.

Olhe para os queridos aí ao lado. O seu esquerdo. O meu direito. Acompanhe comigo:

Teca posta. Menos, mais curtos, sempre enigmáticos. Deliça. Confiro sempre.
Lemuel posta. Arre, leva a vida, faz faxina, sai, volta, moço agitado, esse.
Cris deixou de ser o maravilhoso cronista do cotidiano e agora fica empurrando os del.icio.us na gente. Deu até para postar letra de música! ;) Pô, Cris! Continua interessante, mas eu gostava mais quando ele escrevia pra caramba. Comandava o batatal, o moço. Chutava bundas.
Anna disse que está sem saco. Sorry aí pelas aftas, Anna.
Dudu continua escrevendo. Valeu, Dudu!
Beta andou sem computador. Acho bom tu voltar, hein?
Naty continua escrevendo, êêê! Agora também ataca de crônica e reportagem.
Meg deu tchau. Pecado. Mas não censuro: se precisou, tudo bem. Quando for ao Rio visito.
Djones continua firme e forte. De morrer de rir.
Luciana Misura também dá conta de escrever, mesmo trabalhando pra chuchu e indo pra África. Exemplo para todos nós.
Adriana cansou, encheu, apertou o botãozinho, aquele, apagou tudo. Mas ainda está a uma viagem de metrô, então eu perdôo.
Anita, a Cher do sertão, botou uma pintura louca dando tchauzinho e deu tchauzinho. Saudade arretada do sotaque dela.
As Mothern estão trabalhando muito, mas o blog está lá. Eu tenho que gravar tudo para quando tiver filhos. Há capítulos ali que são perfeitos. Aquele blog tem que virar livro e filme.
A Cláudia é outra, que desapareceu sem deixar rastros. Nem comentários. Se você estiver lendo, escreve, sumida!
O Marcelo continua reportando os games e conferências.
O outro Marcelo também anda meio parado, mas escreve.
A Tati escreve também. A gente só tem que dar graças-a-Deus que Joselito tem em todo lugar.
O Weno, só no msn, e olhe lá.
O Dória eu errei o link e tenho que arrumar.
A Giulieta foi vergonhosamente abandonada no altar. Pela Teca. Coisa feia. Mas nós sabemos que não tem tempo no dia, não? ;)
Barulhinho Bom é o filho da Biba e do Dudu que foi abandonado também, recém-nascido.
Chacundum está parado faz tempo, com uma observação sobre a delicadeza dos diálogos. Quando for ao Rio peço delicadamente para tomar um chopp com o Sá Reston mor, e acho que fica tudo bem. Sinto falta das palavras espertas.
Hiro ainda escreve, de arranquinho e raramente. Muito pouco.
E a Ravit mudou de blog, e quem está em falta sou eu.

Clara, Érico, Gabriella e Débora correm por fora, junto com a Turmalina. A e-Beth também de vez em quando, e a Zel e a Rossana mui de quando em vez. Fran fez blog, Max vai ganhar um blog também (ih, alguém me ajuda com o design?), Tati Dutra está no Anarquistas, Graças a Deus.

Vou reorganizar os links. Quem não atualizar, vai pro fundo da fila ou desaparece. Da barrinha ali do lado, notem bem, porque meu coração é um triângulo das Bermudas às avessas: amigo que cai aqui não desaparece nunca.

sexta-feira, 5 de novembro de 2004

Ainda bem que eu não fumo.

Porque se eu tivesse amigos que fumassem, eu podia começar a achar uma distração mais ou menos bacana, sabe, alguma coisa para aliviar o nervosismo das mãos e a angústia oral, e começar a filar cigarros em festas, bares e afins. Aí um dia, num acesso de ansiedade, eu compraria um maço para mim, o primeiríssimo, meio com vergonha sem saber direito que marca. Também teria que comprar um isqueiro. Mas aí eu perceberia que o isqueiro não funciona direito, ou que eu não me familiarizei ainda com o polegar oposto. Eu iria então tentar acender o cigarro no fogão, chamuscando todo o meu cabelo, uma coisa vergonhosa. Além disso, iria perceber o gosto de guarda-chuva na boca e que, mesmo sem conseguir sentir cheiro direito, as minhas mãos e minhas roupas cheiravam a cigarro, e a casa tinha um cheiro insuportável de motel barato (dizem). Aí eu ia lembrar de todas aquelas propagandas horríveis, e das pessoas da minha família que fumam envelhecem mais rápido, e dizem que eu sou tão nova. Ia ter medo do que o meu pai diria, ele que parou de fumar há 34 anos. Ah, e só para ter certeza, ia olhar no espelho e ver o quão horrorosa eu fico fumando, uma cara patética chupando um papel com brasinha.

É por isso que eu não fumo.

quinta-feira, 4 de novembro de 2004

Uia.

E canta. (Cuidado que é um link que faz barulho. Odeio esses. Mas oficial é oficial.)

A bruxa de verdade.

Bombom de rapadura
Exdrúxula figura
Bruxinha gostosa
Neném rapadoçura

E se...

Ótimo. Leiam, meninas. Oh, meninos também.

quarta-feira, 3 de novembro de 2004

Mais a propósito ainda

Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Pra essa gente careta e covarde
Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Lhes dê grandeza e um pouco de coragem

A propósito

Meu partido
É um coração partido
E as ilusões estão todas perdidas
Os meus sonhos foram todos vendidos
Tão barato que eu nem acredito
Eu nem acredito
(...)
Meus heróis morreram de overdose
Meus inimigos estão no poder
(...)
O meu prazer
Agora é risco de vida
Meu sex and drugs não tem nenhum rock 'n' roll
Eu vou pagar a conta do analista
Pra nunca mais ter que saber quem eu sou
Pois aquele garoto que ia mudar o mundo
Agora assiste a tudo em cima do muro

Meus heróis morreram de overdose
Meus inimigos estão no poder
Ideologia
Eu quero uma pra viver
Ideologia
Eu quero uma pra viver

segunda-feira, 1 de novembro de 2004

García-Márquez, morra de inveja.

Você sabe que a sua família saiu de um romance realista-fantástico quando sua prima se refere ao seu pai como tio/primo, e você vai ver é verdade, ele é literalmente o tio/primo dela.

Também o tempo se move em hélices, com personagens trocando papéis, gerações que vêm e vão, repetindo o ciclo, os novos nos substituem, jogando na área do campo que era nossa, deixando cá aos mais experientes - a palavra é essa - a designação de técnicos.

E as conversas se desenrolam assim:

- ...o tempo passa como num romance do García Márquez
- ...verdade, me lembro de sua mãe grávida de você. Me lembro de você pequenina e engraçada e agora conversamos de mulher para mulher, apesar de que , você amadureceu muito rápido. Tudo na sua vida foi rápido demais.

Aqui, plena segunda-feira à noite, me vem aos olhos a saudade da casa cheia, da Biinha morrendo de rir e comprando vestido roxo na C&A.

Impávido que nem Muhammad Ali

It isn't the mountains ahead to climb that wear you out; it's the pebble in your shoe.

Alguém um dia pensou um verso que dizia
amo tua voz e tua cor.
A voz eu entendi, mas a cor?
Agora entendo!
Tem gente que tem beleza na cor.
E tenho dito.

domingo, 31 de outubro de 2004


Happy Halloween! Posted by Hello

Roubado do OdeioSopa®

Doctor Unheimlich has diagnosed me with
Maffalda's Disorder
Cause:excessive Internet usage
Symptoms:glowing in the dark, finger pain, puncture wounds
Cure:take a day off work
Enter your name, for your own diagnosis:

sexta-feira, 29 de outubro de 2004

Para as coisas de que a minha vida é feita talvez ninguém ligue, e nem tinha que.

Porque as lembranças dos avós, a saudade da roseira, o achar bonito aquela faísca no escuro, o ouvir música aos gritos, o achar sexy gente com coleção de discos, o querer jogar pôquer adivinhando a carta dos outros, o sotaque de brasileira que ninguém identifica, os sonhos loucos pela manhã, os pensamentos desconexos, o gosto recém encontrado por saltos altos, as meias sempre coloridas, a empolgação com a fantasia de Audrey Hepburn, a mania de googlar tudo, e tantas coisas mais de que a minha vida e quem sabe eu mesma somos feitas, são só minhas.


Eu lembro! Posted by Hello

quinta-feira, 28 de outubro de 2004

Vários

A tonga da mironga continua valendo. É, do kabuletê.

Desafio é descobrir a voz por trás do gemido. Ou do sussurro.

Coração de torcedor sofre, seja qual for o esporte.

Contra uma música que gruda na cabeça, outra música. Ei, maestro!

Tragam meus sais que eu já não sei o que faço aqui.

E o eclipse, hein?

quarta-feira, 27 de outubro de 2004

A Tonga da Mironga do Kabuletê

Porque my dear é a tonga da mironga do kabuletê.

Eu caio de bossa
eu sou quem eu sou
eu saio da fossa
xingando em nagô

Você que ouve e não fala
você que olha e não vê
eu vou lhe dar uma pala
você vai ter que aprender

a tonga da mironga do kabuletê
a tonga da mironga do kabuletê
a tonga da mironga do kabuletê

Eu caio de bossa
eu sou quem eu sou
eu saio da fossa
xingando em nagô

Você que lê e não sabe
você que reza e não crê
você que entra e não cabe
você vai ter que viver

na tonga da mironga do kabuletê
na tonga da mironga do kabuletê
na tonga da mironga do kabuletê

Você que fuma e não traga
e que não paga pra ver
vou lhe rogar uma praga
eu vou é mandar você

pra tonga da mironga do kabuletê
pra tonga da mironga do kabuletê
pra tonga da mironga do kabuletê


Mais músicas aleatórias

You make me feel so young
You make me feel like spring has sprung


Zé eu acho bom tu vê direito
Zé, a tua nega leva jeito Zé
é pra ninguém botá defeito
no fogo dessa mulher


Mas se você me quer eu te quero
Se não, não me desespero
Afinal eu respiro por meus próprios meios
Afinal eu vivo enquanto espero


Eu teria um desgosto profundo
Se faltasse o Flamengo no mundo


Quando eu canto que se cuide
Quem não for meu irmão
O meu canto, punhalada,
Não conhece o perdão


But in your dreams whatever they be
Dream a little dream of me

terça-feira, 26 de outubro de 2004

Na cadência bonita do samba

sei que vou morrer não sei o dia
levarei saudades da Maria
sei que vou morrer não sei a hora
levarei saudades da Aurora

segunda-feira, 25 de outubro de 2004

Só quero leeee-gal

Só vou querer se for super legal.

(Arícia Mess disse tudo.)

Demografia


College Park e a sua distribuição de faixas etárias. É apenas natural que eu não encontre pessoas mais velhas do que eu por aqui...
Roubado do Universo Estapafúrdio, de um professor de teoria de cordas da Universidade de Chicago.

domingo, 24 de outubro de 2004

Are we still talking about poker?

"You can't figure out too much. You have to go and say:

- Look, whatever this asshole has in his hands, what are the chances that I'll put my cards down and win?"
(Ryan, explaining why I don't have to worry about playing poker.)

Como muitas coisas na vida.

sexta-feira, 22 de outubro de 2004

Avre este abajour bijou

Avre este abajour bijou
Avre la tu ventana
Por ver tu cara morena
Al Dio dare mi alma

Por la tu puerta yo pasi
Yo la topi cerrada
La lavendura yo bezi
Como bezar tu cara,

Si tu de mi t'olvidaras
Tu hermazura peidras
Ningun nino t'endenara
En los mis brasos mueras.

quinta-feira, 21 de outubro de 2004

Bruxa, eu?

Ser a bruxa do chapéu pontudo às vezes sucks. Saber que há algo estranho no ar e não saber o que é, nem como consertar...

quarta-feira, 20 de outubro de 2004

linda, linda, linda
e inteligente, e sedutora, e artista
e agora em nova embalagem,
com tattoo de flor de lis
--------------------------
ah, não, de lótus,
que cabeça a minha,
aquela sempre limpa
e que espalha sua beleza
apesar de ter raízes
no pântano.

agora sim, né?

Vivendo e aprendendo.

Eu vi. Eu sei. OIDA.

terça-feira, 19 de outubro de 2004

Lealdade

Serei leal contigo
Quando eu cansar dos teus beijos te digo.


Se tem que ser assim...

segunda-feira, 18 de outubro de 2004

As escolhas

Minha honorary roommate Fran esteve a semana inteira falando de escolhas. Primeiro ela me manda um texto dizendo que nós somos a soma de nossas escolhas. Depois ela diz no msn que escolha é uma ilusão.

E eu digo que só há duas escolhas. Você escolhe escolher ou escolhe ser escolhido.

domingo, 17 de outubro de 2004

Armstrong de novo.

Lately I'm feeling very sad
My man's no good, that's very bad
But I've got to find another date
'Cause what my man does just doesn't compensate
I've got the same man but he's no good to me
He's just a day man, at night he's not for me
And when there's moonlight I want a man to squeeze
But when there's moonlight my man begins to freeze


(trecho de No Variety Blues)

Não se admire se um dia...

é como ter um beija-flor de estimação
eles vêm, mas a gente não sabe quando
ou se é pela flor ou pelo jardim
o que eles cantam não se ouve
e só param no ar por um minuto
mas é tão lindo quando aparecem!

Quem mais eu podia ser?


You are .html You are versatile and improving, but you do have your limits.  When you work with amateurs it can get quite ugly.
Which File Extension are You?

sexta-feira, 15 de outubro de 2004

quarta-feira, 13 de outubro de 2004

terça-feira, 12 de outubro de 2004

Retrato chinês

Roubado lá da Tati e do Marcelo:

Adjetivo: incrível;
Alergia: picada de insetos, com histórico de choque anafilático por causa de UMA picada de formiga, e camarão, para meu desgosto;
Amigo: muitos, essencial;
Amuleto: um muiraquitã, que eu perdi por azar;
Ano: 2004;
Aperitivo: brie;
Área: pi vezes r ao quadrado!;
Arma: sorriso;
Barulho: de chuva;
Bebida: suco de laranja;
Bebida alcoólica: caipirinha;
Bordão: "juízo";
Brega: se fazer de chique sem ter talento;
Brincos: dois de cada lado, mas não sempre;
Calçado: o que couber;
Carne: de vez em quando;
Cheiro: de álcool;
Chocolate: meio-amargo;
Cigarro: mais de vez em quando do que carne;
Colégio: santa marcelina/sp, santa úrsula/rj, sion/rj;
Cômodo: meu quarto no rio;
Cor: azul e roxo;
Data: 18 de dezembro?;
Doce: pudim de claras, quindim;
Esporte: assistir a esportes;
Fantasia: este ano de Audrey Hepburn, é desse tipo de fantasia que estão falando, certo? ;) ;
Fetiche: é o amor pela parte e não pelo todo, e eu quero tudo - sem fetiches, portanto;
Flor: rosa amarela;
Fruta: mexerica;
Horário: não obedeço muito, não;
Instrumento: voz;
Irmão: Lavínia;
Junk Food: batata frita;
Língua: inglês e espanhol;
Livro: O amor nos tempos do cólera, é perfeito;
Loucura: procrastinação;
Lugar: Santa Fé;
Medo: da morte, minha e alheia;
Mobília: lendo o questionário da Tati lembrei que também adoro estantes;
Música: Fé cega, faca amolada;
Nome: o meu quer dizer guerreira famosa;
Número: 97;
Ódio: senti poucas vezes;
Paisagem: a que se vê de Ipanema;
Parte do corpo: bunda, acho;
Perfume: Organza;
Pergunta: "Tudo certinho?";
Pessoa: a minha mõe e meu pai;
Piercing: só nas orelhas;
Programa: sair para falar bobagem;
Queijo: minas;
Recheio: chocolate;
Religião: a da minha mãe;
Revista: Real Simple;
Roupa: jeans;
Ritmo: bossa nova;
Sentido: para frente;
Sentimento ultimamente?: ansiedade;
Série: Gilmore Girls;
Signo: faço minhas as palavras da Tati: Sagitário, o melhor do zodíaco! e dragão;
Substantivo: saudade;
Tara: mãos;
Tatuagem: nos outros;
Temperatura: 34 graus à sombra;
Time: Flamengo e Botafogo;
Verbo: amar;
Viagem: para casa;
Virtude: gostar de gente.

Feliz Dia das Crianças!

Eu ganhei Pollyanna, em inglês, para reaprender o jogo do contente.
E um disco do Louis Armstrong, para ouvir Satchmo me chamar de Lazybones.
E você, o que ganhou?

Lazybones

Porque até o Satchmo me conhece.

Lazybones, sleepin' in the sun....how you spect to get your day's work done?
You can't get your day's work done......sleepin' in the noon day sun

Lazybones, layin' in the shade....how you gonna get your cornmeal made?
You can't get no cornmeal made....sleepin' in that evening shade

When taters need sprayin', I bet you keep prayin'
The bugs'll fall off of the vine
And when you go fishin' I bet you keep wishin'
Them fish don't grab your line

Lazybones, loafin' all the day.....how you spect to make a dime that way?
You won't make no dime that way.....loafin' in the shade all day

segunda-feira, 11 de outubro de 2004

domingo, 10 de outubro de 2004

Futebol e football

- futebol, futebol?
- não, futebol football, aquele com os gorilas e o quibe.
- aaah, tá.

Festa estranha II (Librafest)

Outra festa estranha com gente esquisita.
Dalai Lamas, damas renascentistas, bruxas e malabaristas reunidos num quintal infinito à luz de tochas. Um caminho no meio do quintal. De cada lado, grupos ao redor de bacias metálicas com fogo. No fim da trilha, uma cabana coberta de tecidos, a porta de pano transparente, penduricalhos vermelhos. E dentro, batuque. Pessoas dançando esquisitamente. Uma negra cantando blues sobre o Brazil. Garota de Ipanema em português, virando quase um rap. Mais batuque. Ora africano, ora oriental, ora flamenco. Muita bebida, alguma comida. Eu fantasiada de Suelly-minha-mõe. Vários elogios à minha vintage blouse. Vim para casa às cinco, agradecendo a oportunidade de ter observado tudo isso na mais pura caretice.

Relatos da LibraFest 2003 aqui e aqui.

PS: Arrá! Um relato da deste ano aqui. Quem escreve é o moço de ponto azul na testa. Eu conversei com ele e ele adivinhou de primeira que eu sou do Brasil, pelo sotaque.

sábado, 9 de outubro de 2004

A gente tem que ser feliz.

Lição numero um até mil, indefinidamente.

Disse a Ninfa-Estrela.

sexta-feira, 8 de outubro de 2004

Da lista de coisas para aprender

1) Abrir a boca para reclamar ANTES de estar completamente emputecida.

Se lamenta.

Tá certo que gosto não se discute, mas o cara aqui que eu conheço e que tem mau gosto, ou pelo menos falta de um bom gosto sensato, virou a Geni da vez. Tadinho.
Mas é como se diz:
- tem pena? leva pra casa!

quinta-feira, 7 de outubro de 2004

Meus cinco anos.

Cinco anos. Colégio de freiras em Perdizes. Amizades novas.
Marcia e Heloisa. Inseparáveis. Festa de aniversário? Juntas. E até hoje.
Mas também Renata e Michelle. Faziam festa no Micheluccio.
Pois adivinha quem eu achei no orkut? As outras duas doidas de quem sempre quis notícia.
E agora tem mais.
Luiza e Priscilla.

1, 2, 3...

 

Ilusão olfativa:

será que existe?

Fortune cookie

What's vice today may be virtue tomorrow.

Juro. Foi isso que o biscoitinho disse.

E que a voz da igualdade seja sempre a nossa voz.

Charlotte

O nome dela é Charlotte Blake Alston. Ela conta histórias. Mas não de qualquer jeito: com mudanças de voz, com o corpo todo, com conhecimento do que fala. E você ri, chora, pensa na vida.

Ouvindo histórias africanas, poemas da época da escravidão e histórias mais que reais da luta pelos direitos civis nos anos 50 e 60, não há como não se emocionar. E o rap para Louis Armstrong? A gente só não ri demais da conta porque antes veio a história do filho dela com os tiggies. Os tiggies são o melhor de tudo.

Tudo isso para contar que: os mortos não serão esquecidos enquanto alguém disser seus nomes, e an angel is gonna change my name.

Fui pra perto dela e ali fiquei, ouvindo seu sorriso. Depois vim pra casa.

quarta-feira, 6 de outubro de 2004

Viajar? Para viajar, basta existir.

Ou ter amigos que viajam. Ou conversar muito. Ou ouvir aquela música. Ou falar com a amiga de porre. Ou cair de sono.

segunda-feira, 4 de outubro de 2004

Realce! Realce! Quanto mais... melhor.

Não se impaciente
O que a gente sente, sente
Ainda que não se tente, afetará
O afeto é fogo
E o modo do fogo é quente
E de repente a gente queimará.


- Qu'est ce que c'est que je vais faire avec toi?

sábado, 2 de outubro de 2004

Sério mesmo?

Não queria outra vida.

quinta-feira, 30 de setembro de 2004

E foi lá, naquele lugar nunca dantes visitado por ela, onde descobriu que a água nem sempre é barro, que o mato nem sempre é urtiga.

quarta-feira, 29 de setembro de 2004

Rendi-me

ao profile do blog. A curiosidade matou o gato: quantos posts publiquei???

Dúvida?

Que dúvida o mané caramba!
Deixa estar para ver como é que fica.
Eu, hein? Mania de complicar.
Eu sou naturalmente descomplicada.
Agora me convence disso!

terça-feira, 28 de setembro de 2004

Logunedé

É de Logunedé a doçura
Filho de Oxum, Logunedé
Mimo de Oxum, Logunedé - edé, edé
Tanta ternura.

segunda-feira, 27 de setembro de 2004

I know how you feel!

A vida é complicada.

Será que eu mereço?
Será que eu posso?
Será que vai dar?
Talvez já chegue.
Talvez mais. Mais? É.

O santo é desconfiado que só,
a esmola parece sempre muita.

E aquele tempo?
E aquele inverno?
Para quem se prometeu descanso
nem sempre o descanso vem.

A dúvida é:
não, peraí!
As dúvidas são:
infinitas.

Duvidar-se não é bonito,
nem se sente bem.

Quem procura acha cura, flor de jurubeba.
Quem procura acha na raiz de jurubeba.


Ela me escreve e diz:
eu não sei.
Sabe o que, amiga?
Eu sei como você se sente,
e eu também não sei de nada.

Logunedé

É pra Logunedé a carícia
Filho de Oxum, Logunedé
Mimo de Oxum, Logunedé - edé, edé
É delícia

Fui no tororó
Beber água e não achei
Só achei bela morena
Que no tororó deixei.

sábado, 25 de setembro de 2004

Weeeeee! ;)))

Looking forward for a response :P

password -- 65002

PS: Quem foi?????

quarta-feira, 22 de setembro de 2004

Observation

If I don't drive around the park,
I'm pretty sure to make my mark.
If I'm in bed each night by ten,
I may get back my looks again,
If I abstain from fun and such,
I'll probably amount to much,
But I shall stay the way I am,
Because I do not give a damn.


Dorothy Parker

terça-feira, 21 de setembro de 2004

O Abraço


Foto: Loris Machado. Salve, Loris!

segunda-feira, 20 de setembro de 2004

Experience

Some men break your heart in two,
Some men fawn and flatter,
Some men never look at you;
And that cleans up the matter.


Dorothy Parker

domingo, 19 de setembro de 2004

Éca! ou I'm no Hello Kitty.

Pra ninguém achar que eu virei a Hello Kitty, aí vão as últimas notícias.
Eu conheci o submundo de College Park. Festa estranha, com gente esquisita.
É a primeira vez que vou a uma festa, vejo um menino com maquilagem no olho e penso "deve ter mais uns dois ou três por aí".

Little darling,

the smiles returning to the faces.

sexta-feira, 17 de setembro de 2004

Eu já sei o que eu quero!

Eu quero um sorriso sincero
de gato satisfeito
com direito a olhos semi-cerrados e tudo.
Quero falar das heroínas,
a que tirava fotos e a de sempre,
contar histórias de adormecer menino
com guerreiras famosas.
Também quero boa música,
tranqüilidade,
e carregar um cheiro diferente na pele.
E agora sei, como não sabia antes:
não é pedir muito.

quinta-feira, 16 de setembro de 2004

Se sorrir muito, a bochecha dói.

Sem ângulo

Gente sem ângulo me irrita.
Sabe como? Que não tem por onde pegar?

terça-feira, 14 de setembro de 2004


Float like a butterfly, sting like a bee.
Muhammad Ali

Foto minha tirada pelo Uiram.

sábado, 11 de setembro de 2004

Gerei um texto, pergunte-me como.

Esta semana eu estava pensando em todas as palavras que eu não consigo falar por causa do meu acento, como squirrel, world e ruin e whirl e dizem que eu digo okay de um jeito muito peculiar.

E você? Tem blog, mensaginha de messenger ou senha de banco? Pense bem. Essa janela do messenger cabe muita letra!

Dusty Springfield cantando "the look of love".

Jamais me revelarei.

Uma vez, eu já amei uma mulher pela beleza dela.
Outra vez, eu amei uma beleza pela mulher.

Cansou a beleza?
cansei de dar o pé!

ô mulher bonita
eu a vi por aí no verão
com um vestido simples curto, bem verão, de alcinhas, e umas sandalinhas rasteiras, os óculos escuros na cabeça e aquela porção de cachinhos
parecia saída direto de um livro do jorge amado, perfeita, perfeita
(putz, eu sou muito gaaaaay)

Ta bom, voce me convenceu... voce é feia... Você e a Paloma Duarte, aquela mocréia.

Borogodó. Taludinho. Parece o Gianecchini.

(nada, só falei pra dar um tom dadaista ao dialogo)

(vale misturar samba das antigas com gilberto gil?)
Pô... você já misturou tudo ha muito tempo. Claro que vale.

Laura is the face in the misty lights
Footsteps that you hear down the hall
The laugh that floats on a summer night
That you can never quite recall


A idéia que eu estou fazendo de você? menina, fique tranquila... nao tem como ser pior nem melhor do que a idéia que você possa fazer de mim.

Can you say house again?

About the house. About the house. About the house.

sexta-feira, 10 de setembro de 2004

Eu

eu
quando olho nos olhos
sei quando uma pessoa
está por dentro
ou está por fora

quem está por fora
não segura
um olhar que demora

de dentro do meu centro
este poema me olha


paulo leminski

quinta-feira, 9 de setembro de 2004

Velocidade

Eu: "Devagar e... sempre?"
Ele: "Divagar, sempre!"

Maffalda e TonhoZ, brincando com nicknames no msn.

Calma, Betty, calma!

Aquele "acaba aqui" era só do poema dramático. Passaaaar, mesmo, não passou, mas vai. Obrigada. Beeeep!

Untitled

Eu li Pessoa e pessoa me traduziu
eu li Whitman e Whitman sou eu,
Cecília sofreu de amores,
Manuel Bandeira e sua lagarta listrada.
Mas a dor é minha, só minha
e eu fico só bem quando ouço música
os poemas são métrica para o meu sofrimento
embora eu ria, eu ria,
os amigos estão lá
apoio e cruz,
e eu não sei mais viver sem ser esta confusão
que alaga e é deserto ao mesmo tempo.
Cercam-me objetos, palavras, televisões, notícias,
palavras cruzadas, homens, religião e roupas,
e em nada eu vejo o fim, em nada me vejo melhor.
O futuro que a Deus pertencia até ontem
chega e não me diz a que veio.
A cama, eterna companheira, para mim que não toco violão,
não me dá mais que dores e espasmos.
Correr, subir, pular, trepar, resposta nada.
As risadas no quarto ao lado me deixam feliz
por quem as dá, não por mim,
que eu não estou mais em situação de me alegrar
pelos outros.
Aliás, se outros há não os conheço,
não quero nada com eles.
A filosofia nunca foi minha amiga, agora a química,
sabe a química? me abandonou também.
Vejo homens, vejo mulheres, vejo gente e ninguém me toca
fisicamente ou otherwise.
Estou cansada, cansada de tudo,
já choro, choro por nada,
e escrever, palavras em vão,
escrever era meu último recurso.
Acaba aqui.

quarta-feira, 8 de setembro de 2004

Olha eu de novo...

Querendo que limoeiro dê jaca.
Pelo menos os sonhos são bons.

quinta-feira, 2 de setembro de 2004

A felicidade vai desabar sobre os homens

Menina, ela mete medo
Menina ela fecha a roda
Menina não tem saída
De cima, de banda ou de lado

Menina olhe pra frente
Menina, todo cuidado
Não queira dormir no ponto
Segure o jogo, atenção de manhã

Rubem Braga disse...

Chegou o verão, e há o que sempre houve: casais que estremecem, confusões conjugais e extra, ansiedade esparsa, caju e abacaxi, viagens bruscas, suaves delíqüios, telefonemas esquisitos, noitadas vãs. Tudo isso é o verão, e o verão é a verdade do sol. Queimam-se as mulheres. Umas se fazem cor de cobre, outras se doiram, em outras repontam discretamente sardas ao longo do corpo, como estrelas ao crepúsculo. Reparem bem esta comparação: é obviamente ruim mas é tipicamente de verão,

e o verão em si não é mau, nem bom, é a nossa profunda, verdadeira verdade.

quarta-feira, 1 de setembro de 2004

Quem tem fama.

No msn, com TonhoZ:

Lembrei MUITO de você no livro que eu to lendo
A mulher, protagonista do livro, participou do seguinte diálogo:
Homem: "How do you know all that? How can you know about me that much?"
E ela respondeu: "I've googled you"

Mais engraçado que minhoca fazendo striptease...

...foi minha conversa com minha mãe no telefone:

- Entrega pra Deus, mãe!

(Eu sabia que minha vez de dizer isso ia chegar!)

terça-feira, 31 de agosto de 2004

Each of us inevitable;
Each of us limitless-each of us with his or her right upon the earth.


(Whitman)

Bem, vejamos.

Ok, compreende-se que os nossos desejos não realizados doam. E doem.
A questão é: atirar pedras no que compreendemos como a fonte da dor
não alivia. Só expõe ainda mais a fragilidade.
Desejo não é promessa de reciprocidade. A brincadeira tem que ter
volta, senão vira espelho, cachorro correndo em volta do proprio rabo,
raiva porque o natal só acontece uma vez por ano, e papai noel nem
existe.
Sendo assim, com tudo às claras desde o início, é fato que as regras
não mudam no meio do jogo só porque a gente quer. E esbravejar não
adianta, porque o acordo é anterior ao protesto.
E tenho dito.


Estrelinha mais uma vez acertando em cheio.

segunda-feira, 30 de agosto de 2004

sábado, 28 de agosto de 2004

Poema em cinco tempos

Naquele tempo
não se dizia isso,
não se pensava assim,
não se fazia assado.
Eu,
que já não dou a mínima
pra certas máximas,
asseguro que meu tempo
é esse,
que chega junto comigo.
O tempo que agora tenho
é simplesmente melhor
que todos os tempos bons,
desses bons tempos que tive.


Maria Augusta de Medeiros

quarta-feira, 25 de agosto de 2004

5

alegrias faces amigos

pés terrores destino
mãos siléncio olhos
amor riso morte

(sonhos esperanças desesperos)

Uma vez
aconteceu
em nenhum outro lugar
imagine
Agora

rapidamente esta

(uma
floresta lentamente
Assassinou a Casa)
cova se engole a si
mesma

enquanto ninguém

(e estrelas lua
sol se põem erguem vêm
vão chuva neve)

se lembra

De 95 Poems (1958)

(ee cummings traduzido por Haroldo de Campos)

Liberté

Sur mes cahiers d'écolier
Sur mon pupître et les arbres
Sur le sable sur la neige
J'écris ton nom

Sur toutes les pages lues
Sur toutes les pages blanches
Pierre sang papier ou cendre
J'écris ton nom

Sur les images dorées
Sur les armes des guerriers
Sur la couronne des rois
J'écris ton nom

Sur la jungle et le désert
Sur les nids sur les genêts
Sur l'écho de mon enfance
J'écris ton nom.

Sur les merveilles des nuits
Sur le pain blanc des journées
Sur les saisons fiancées
J'écris ton nom.

Sur tous mes chiffons d'azur
Sur l'étang soleil moisi
Sur le lac lune vivante
J'écris ton nom

Sur les champs sur l'horizon
Sur les ailes des oiseaux
Et sur le moulin des ombres
J'écris ton nom

Sur chaque bouffée d'aurore
Sur la mer sur les bateaux
Sur la montagne démente
J'écris ton nom

Sur la mousse des nuages
Sur les sueurs de l'orage
Sur la pluie épaisse et fade
J'écris ton nom

Sur les formes scintillantes
Sur les cloches des couleurs
Sur la vérité physique
J'écris ton nom

Sur les sentiers éveillés
Sur les routes déployées
Sur les places qui débordent
J'écris ton nom

Sur la lampe qui s'allume
Sur la lampe qui s'éteint
Sur mes maisons réunies
J'écris ton nom

Sur le fruit coupé en deux
Du miroir et de ma chambre
Sur mon lit coquille vide
J'écris ton nom

Sur mon chien gourmand et tendre
Sur ses oreilles dressées
Sur sa patte maladroite
J'écris ton nom

Sur le tremplin de ma porte
Sur les objets familiers
Sur le flot du feu béni
J'écris ton nom

Sur toute chair accordée
Sur le front de mes amis
Sur chaque main qui se tend
J'écris ton nom

Sur la vitre des surprises
Sur les lèvres attentives
Bien au-dessus du silence
J'écris ton nom

Sur mes refuges détruits
Sur mes phares écroulés
Sur les murs de mon ennui
J'écris ton nom

Sur l'absence sans désirs
Sur la solitude nue
Sur les marches de la mort
J'écris ton nom

Sur la santé revenue
Sur le risque disparu
Sur l'espoir sans souvenirs
J'écris ton nom

Et par le pouvoir d'un mot
Je recommence ma vie
Je suis né pour te connaître
Pour te nommer

Liberté.

Paul Éluard

I put a spell on you.

Because you're mine
You're mine

terça-feira, 24 de agosto de 2004

Na minha casa...

...tem salmão feito pela Francine.

segunda-feira, 23 de agosto de 2004

Tem dias que a gente se sente
Como quem partiu ou morreu,
A gente estancou de repente
Ou foi o mundo então que cresceu.
A gente quer ter voz ativa
No nosso destino mandar,
Mas eis que chega a roda viva
E carrega o destino pra lá.

Roda mundo, roda-gigante,
Roda moinho, roda pião.
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração.

segunda-feira, 16 de agosto de 2004

De cá também há festa.

Ontem (dia 15) foi aniversário da Juju, a leonina que já chegou rugindo, e nós curtimos muito com o auxílio luxuoso da Fran, a gaúcha fotogênica do sotaque lindo.

N'é por nada não mas eu tô pra lá de bem acompanhada por cromossomos x em profusão.

Agora vou dormir porque isso já está parecendo um post bêbado de sono.

A minha Beatriz

E se eu pudesse entrar na sua vida?

Acontece que eu posso!

Viva a internet, viva a amiga ruiva fotógrafa, viva a amizade anti-geográfica.

quinta-feira, 12 de agosto de 2004

Tá gritando aqui no peito uma angústia por fatos que não se dão. A fantasia é linda, mas tira da vida, do momento. Chega de só sonhar com anjos. Os demônios é que fazem a festa e se divertem.

(Sushma, no livro da Tribo, 2000)

sexta-feira, 6 de agosto de 2004

"ela não faz literatura. clarice lispector é bruxaria." - otto lara resende, como citado por marcelo.

Há tempos, neste mesmo blog:


1947 Berna - Suiça "Não pense que a pessoa tem tanta força assim a ponto de levar qualquer espécie de vida e continuar a mesma. Até cortar os defeitos pode ser perigoso - nunca se sabe qual o defeito que sustenta nosso edifício inteiro...há certos momentos em que o primeiro dever a realizar é em relação a si mesmo. Quase quatro anos me transformaram muito. Do momento em que me resignei, perdi toda a vivacidade e todo interesse pelas coisas. Você já viu como um touro castrado se transforma em boi. Assim fiquei eu...Para me adaptar ao que era inadaptável, para vencer minhas repulsas e meus sonhos, tive que cortar meus grilhões - cortei em mim a forma que poderia fazer mal aos outros e a mim. E com isso cortei também a minha força. Ouça: respeite mesmo o que é ruim em você - respeite sobretudo o que imagina que é ruim em você - não copie uma pessoa ideal, copie você mesma - é esse seu único meio de viver. Juro por Deus que, se houvesse um céu, uma pessoa que se sacrificou por covardia ia ser punida e iria para um inferno qualquer. Se é que uma vida morna não é ser punida por essa mesma mornidão. Pegue para você o que lhe pertence, e o que lhe pertence é tudo o que sua vida exige. Parece uma vida amoral. Mas o que é verdadeiramente imoral é ter desistido de si mesma. Gostaria mesmo que você me visse e assistisse minha vida sem eu saber. Ver o que pode suceder quando se pactua com a comodidade da alma". Clarice. A Lispector. Os grifos são meus, mas mudaram de um ano e tanto para cá.

Direto do meu inconsciente,
porque de borocoxô a dark é muita diferença e eu não estou nem lá nem cá.

The time has come...
the time has come
to break all my promises
tear apart all chains
and cast away all advice

disassemble the heavens
link by link
and break at once
all lovers' ties
with the sword of death

put cotton inside
both my ears
and close them to
all words of wisdom

crash the door and
enter the chamber
where all sweet
things are hidden

how long can i
beg and bargain
for the things of this world
while love is waiting

how long before
i can rise beyond
how i am and
what i am

quinta-feira, 5 de agosto de 2004

Alaba gaizqui ezcondua ichera biur.

sábado, 31 de julho de 2004

Juliana chegou.
Trouxe na mala umas poucas roupas, a blusa que minha mãe usou em 78, muita muito boa música e um cheiro de recomeço.
Ave, Juliana!

quarta-feira, 28 de julho de 2004

segunda-feira, 12 de julho de 2004

Tentando publicar via email...

Vamos ver se funciona!

segunda-feira, 5 de julho de 2004


Before I could answer (if I could have answered so difficult a question at all), she repeated, "Love her, love her, love her! If she favours you, love her. If she wounds you, love her. If she tears your heart to pieces - and as it gets older and stronger, it will tear deeper - love her, love her, love her!"

Never had I seen such passionate eagerness as was joined to her utterance of these words. I could feel the muscles of the thin arm round my neck, swell with the vehemence that possessed her.

"Hear me, Pip! I adopted her to be loved. I bred her and educated her, to be loved. I developed her into what she is, that she might be loved. Love her!"

She said the word often enough, and there could be no doubt that she meant to say it; but if the often repeated word had been hate instead of love - despair - revenge - dire death - it could not have sounded from her lips more like a curse.

"I'll tell you," said she, in the same hurried passionate whisper, "what real love is. It is blind devotion, unquestioning self-humiliation, utter submission, trust and belief against yourself and against the whole world, giving up your whole heart and soul to the smiter - as I did!" Posted by Hello

domingo, 4 de julho de 2004

Aniversário

Hoje eu vi Great Expectations, de novo, aquele filme todo verde.

E este blog faz três anos.

terça-feira, 29 de junho de 2004

things will never be the same

O horário deste post é simbólico. Agora são 1:02AM, Julho 5, 2004.

quarta-feira, 23 de junho de 2004

Fechado para balanço.

terça-feira, 22 de junho de 2004

Adivinha o que é que eu tenho e vocês não têm!

Quer um gmail? Por quê?
Diga lá ao Marcelo Nóbrega. Ele vai dar convites para as respostas mais criativas.

segunda-feira, 21 de junho de 2004

Como foi o fim-de-semana?
Aqui não tem Domingator Cinemator mas tem junta-prato! Batemos o record do Natal, agora tivemos 19 pessoas, sem contar a Emma, que é uma pessoa de quatro meses de idade que se comportou muito bem. Comemos, bebemos e fomos felizes, e nossas mães conheceram nossos amigos...

sábado, 19 de junho de 2004

Oh, Dolly Mae, girl, you must be insane
So unsure of yourself leaning from your unsure window pane

Droga
Todos os compêndios de medicina de aqui e alhures dizem que uma moça com tpm não pode encher a cara de cafeína. Adianta dizer?

quinta-feira, 17 de junho de 2004

...

Agora tudo faz mais sentido.
Vejo-me solidária às homicidas que, em sua estratégia de defesa, alegam insanidade temporária por tpm.

AudioBlogger?
Acabei de postar uma mensagem falada, mas ainda não apareceu...

quarta-feira, 16 de junho de 2004

terça-feira, 15 de junho de 2004

O milésimo post.

"Pelo amor de Deus, minha gente. Agora que todos estão me ouvindo, faço um apelo especial a todos: ajudem as crianças pobres, ajudem os desamparados. É meu único apelo nesta hora especial para mim"

Aiaiai...
Cadê o meu gmail que tava aqui?

Little trooper is going crazy.
Mas não se preocupem. Devem ser os sete anos do sábio chinês.

segunda-feira, 14 de junho de 2004

domingo, 13 de junho de 2004

To You

LET us twain walk aside from the rest;
Now we are together privately, do you discard ceremony,
Come! vouchsafe to me what has yet been vouchsafed to none?Tell me the whole story,
Tell me what you would not tell your brother, wife, husband, or physician.

To You

STRANGER! if you, passing, meet me, and desire to speak to me, why should you not speak to me?
And why should I not speak to you?

quinta-feira, 10 de junho de 2004



That Lucky Old Sun

Up in the mornin'
Out on the job
Work like the devil for my pay
But that lucky old sun got nothin' to do
But roll around heaven all day.

Fuss with my woman, toil for my kids
Sweat till I'm wrinkled and gray
While that lucky old sun got nothin' to do
But roll around heaven all day

Dear Lord above, can't you know I'm pining, tears all in my eyes
Send down that cloud with a silver lining, lift me to Paradise

Show me that river, take me across
Wash all my troubles away
Like that lucky old sun, give me nothing to do
But roll around heaven all day


Send down that cloud with a silver lining, lift me to Paradise

Show me that river, take me across
Wash all my troubles away
Like that lucky old sun, give me nothing to do
But roll around heaven all day

Caminhando ainda
Este link da pessoinha andando é velho, mas ainda bate um bolão. Muito legal.

terça-feira, 8 de junho de 2004

Das coisas surreais
Fui a um bar cujo dono é egípcio e que serve comida indiana. Enquanto fumava hookah, a tevê árabe mostrava uma moça sorridente tocando um xilofone gigante. A música era Tico-tico no fubá.
O que eu estava fumando não era alucinógeno, esta piada é fácil, façam outra.

You will hardly know who I am, or what I mean;
But I shall be good health to you nevertheless,
And filter and fibre your blood.

Failing to fetch me at first, keep encouraged;
Missing me one place, search another;
I stop somewhere, waiting for you.


(Mais Whitman, desta vez em Song of Myself)

segunda-feira, 7 de junho de 2004

Quando em Roma...
Tenho um par de amigos canadenses e não entendia esse negócio de hóquei. Vi na tv em um bar uma vez, e acostumada com futebol que sou, mal conseguia ver a pastilhinha, que dirá entender o jogo. Sábado foi o jogo 6 da final do campeonato, isso mesmo, a final não tem só ida e volta, tem SETE jogos, e eu cismei de assistir na tv. Lógico que só consegui ver o primeiro pedaço, mas quase morri de rir. Muito comercial, todos os caras são barbudos (porque é tradição não se barbear quando seu time se classifica para a final, à la Tande), uns caras são velhos para o padrão de outros esportes (40 anos, 22 de carreira), tem um brasileiro na liga. Mas o que me impressionou, mesmo, foi que o que chamam de violência me pareceu ter um caráter extremamente homoerótico: eles vêm patinando a toda e dão encontrões homéricos, chapando o oponente na parede de acrílico. Digam que não lembra a célebre frase "me joga na parede e me chama de lagartixa"??? Se der, assisto a final, a última mesmo, hoje na casa do Alex.

domingo, 6 de junho de 2004

And so she woke up
Woke up from where she was lyin' still.
Said I gotta do something
About where we're goin'.


De um desses cds que eu compro e não ouço e depois cismo. Foi assim com vários, de Charly a Sosa, de Equale a U2. Acontece com roupa também. Vai entender. I gotta do something about where we're goin'.

sexta-feira, 4 de junho de 2004

Das coisas que aprendi com o orkut.
- Eu estou metida "até na sopa", como disse um amigo meu. Demorei pra me render, mas viciei bastante. Não chego a ser como a Naty, mas se bobear...
- É divertido ver como a rede social cresce. Dã.
- Essa é a melhor ferramenta de "perseguir amigos" que existe! Achei gente de todos os colégios onde estudei, de Campinas e daqui. Até parente de parente achei também. Essa parte é ótima, reatar antigos contatos, ver fotinhos, ver quem está fazendo o quê morando onde e casado com quem.
- Os perfis são excelentes pra ver como seus amigos se definem, principalmente o perfil do coraçãozinho. Um amigo meu do Sion acha que sua melhor parte é a bunda, um amigo daqui precisa de uma moça noturna que goste de música, outro menino se define como mirror-cracking material só pra fazer charme... Não preenchi essa parte do perfil mas fiquei tentadíssima.
- É impressionante a quantidade de informação que as pessoas dão.
- É impressionante a quantidade de gente estranha andando por aí...
- Eu não preciso mais morrer pras pessoas darem testemunhos sobre mim. Muito bom, porque eu não vou aproveitar muito o meu velório. E adorei dar testemunhos sobre os amigos, e descobrir que pelo menos um deles lembra o exato minuto em que nos vimos pela primeira vez.
- Tem gente que diz que gosta de ler e escreve tudo errado, tem cada coisa, tem gente que está em comunidades nada a ver, tem comunidades horrorosas, tem comunidades bárbaras. Tem meninas que precisam muito muito muito de atenção, tem fotos com legendas tais como "esta é a minha comissão de frente, tudo natural", tem gente que entrou meio a contragosto e não escreveu nada nada, tem de um tudo, minha gente!
- A melhor comunidade de que participo, disparado, é a de argentinos e brasileiros. Eles acham que eu tenho cara de argentina. Respondi que é porque estou cheia de maquiagem nas fotos! A Djones também está nessa. A Mundo Pequeno é ótima também, mas não participo das discussões.
- Eu sou só 70% sexy, eu tenho um amigo que é 100%, a maior injustiça do mundo é que a Teca não aparece em cor-de-rosa na minha network. E se seu lado sexy empata com seu lado cool, já era, você é cool, e não sexy.
- Quem é sexy só tem amigo sexy, dá até raiva, vide Carpe e Luis.
- Todo mundo coloca a melhor foto no perfil, exceto meu amigo Umut, que pôs uma foto de terrorista procurado, e o Dudu, que põe cara de ogro ou fotos sexualmente sugestivas.
- Eu vou ter que pensar muito se quiser decidir se apago ou não o meu perfil. Ou então vou ter que ser firme e forte, e não aparecer mais lá...

quinta-feira, 3 de junho de 2004

Adeus msn cruel
Adooooro o messenger. É uma invenção genial.

Conheci gente nova, bati altos papos, pedi ajuda pra comprar roupa, dei conselhos, recebi ótimos conselhos, ri muito, matei saudade, flertei um pouquinho, acertei contas com o passado, fofoquei demais da conta, fui testemunha de coincidências incríveis, acompanhei muito casinho e namorico, recebi fotos de incontáveis pretês, mandei todo mundo ter juízo.

Mas agora não está dando, perco tempo demais e não tenho disciplina. Vou ficar de fora da festa por pelo menos um mês. Depois eu volto e faço tudo aí de cima de novo.

E enquanto eu não estou, por favor, hein? Juízo!

Aaaaah, tá explicado...

A culpa é do café!

If you're not alarmed by this situation because you think coffee is no big deal, you must not be aware of the fact that the Center on Addiction and Substance Abuse has identified caffeine as a gateway drug. Last year it reported that "girls and young women who drink coffee are significantly likelier than girls and young women who do not to be smokers...and drink alcohol."

Estava aqui mas a dica foi do Pedro Dória - procure o link aí ao lado que eu estou com preguiça!

Que nem ator ruim de novela, cigano Igor, com umas poucas expressões faciais:
- Não acredito que você está dizendo isso;
- Escutei o que você disse, estou interessado mas não vou perguntar mais nada;
- Meu corpo todo está dizendo que estou prestando atenção mas vou olhar pro outro lado pra fingir que não estou;
- Eu desaprovo;
- Estou rindo de você porque adoro fazer hora com a sua cara.

1

AFOOT and light-hearted, I take to the open road,
Healthy, free, the world before me,
The long brown path before me, leading wherever I choose.

Henceforth I ask not good-fortune--I myself am good fortune;
Henceforth I whimper no more, postpone no more, need nothing,

Strong and content, I travel the open road.

The earth--that is sufficient;
I do not want the constellations any nearer;
I know they are very well where they are;

I know they suffice for those who belong to them.

(Still here I carry my old delicious burdens;
I carry them, men and women--I carry them with me wherever I go;
I swear it is impossible for me to get rid of them;

I am fill'd with them, and I will fill them in return.)


(Whitman, Song of the Open Road, um preferido dela, os grifos são obviamente meus e de mais ninguém)


O que aconteceu? Virei uma expatriada chata samba-e-futebol? Ou estou desatualizada e ninguém mais no Brasil aprecia o esporte bretão? Por que nenhum blog fala do jogo de ontem?

Vai ver que eu estou feliz porque ganhei a aposta: escapei de cozinhar por uma semana - que era o que eu teria que fazer se o Brasil perdesse - e o meu marido não pode reclamar de nada (!) por uma semana!!!

Coitado, vai ser tão difícil...

quarta-feira, 2 de junho de 2004

Sabedoria de bolso da tia Helô.
Nada dura pra sempre. Nem o que dura pra sempre dura pra sempre: sempre muda.

Sincera demais, até pra uma brasileira.
Foi o que disseram de mim. Eu com essa mania de dizer tudo.
Importo não. Eu gosto. É uma das minhas heranças. Uso.

Já que a moda é postar horóscopo, lá se vai meu primeiro de junho:

June 01, 2004
Maybe no one told you that you're about to enter a private room. Maybe you were invited. Maybe you're crashing the gate with full knowledge. This is a big step, and there's no way that you can be fully prepared. Your soft side is exposed, yet there's hidden strength in your vulnerability if you know where to look for it. In losing a little, you could gain a lot. Put out your feelers to see who's here and what they're going through. Empathy is easier than sympathy when you're addressing someone very different from you. Bridging that gap might be easier than you think.


segunda-feira, 31 de maio de 2004

Descobrir um blog de uma pessoa que você só conhece de vista produz um encantamento, mesmo. É uma janela muito da indiscreta para os pensamentos e sentimentos de alguém que de outro modo não se deixaria descortinar tão a fundo.
Pode ser isso, ou pode ser que você não tenha nada pra fazer ou esteja entediado pra lá de muito, Paul McCartney!

sábado, 29 de maio de 2004

!

Falta de paciência é uma droga. :(

sexta-feira, 28 de maio de 2004

Da série "Parece ou não parece??".

Post das Mothern sobre A União Duradoura.
Porque sabedoria materna nunca é demais, mesmo que a mãe não seja sua.


Se eu acreditasse em Papai Noel eu estaria escrevendo minha cartinha neste instante.

Había una luna a medias la noche que desquició para siempre los ordenados sentimientos de la tía Inés Aguirre. Una luna intrigosa y ardiente que se reía de ella. Y era tan negro el cielo que la rodeaba que adivinar por qué no pensó Inés en escaparse de aquel embrujo.

Quizá aunque la luna no hubiera estado ahí, aunque el cielo hubiera fingido transparencia, todo habría sido igual. Pero la tía Inés culpaba a la luna para no sentirse la única causante de su desgracia. Sólo bajo esa luna pudo empezarle a ella la pena que le tenía tomado el cuerpo. Una desdicha que, como casi siempre pasa, se le metió fingiendo ser el origen mismo de la dicha.

(...)

Se volvió distraída y olvidadiza. Pedía auxilio para encontrar el lápiz que tenía en la mano, los anteojos que llevaba puestos, las flores que acababa de cortar. Del modo en que andaba podía derivarse que no iba a ninguna parte, porque después del primer paso casi siempre olvidaba su destino. Confundía la mano derecha con la izquierda y nunca recordaba un apellido. Terminó llamando a sus tíos con el nombre de sus hermanos y a sus hermanas con el nombre de sus amigas. Cada mañana tenía que adivinar en cuál cajón guardaba su ropa interior y cómo se llamaban las frutas redondas que ponía en el jugo del desayuno. Nunca sabía qué horas eran y varias veces estuvo a punto de ser atropellada.

Una tarde hacía el más delicioso pastel de chocolate y a la semana siguiente no encontraba la receta ni sabía de qué pastel le hablaban. Iba al mercado para volver sin cebollas, y hasta el Padre Nuestro se le olvidó de buenas a primeras. A veces se quedaba mirando un florero, una silla, un tenedor, un peine, una sortija y preguntaba con la ingenuidad de su alma:

- ¿Para qué sirve esto?

Otras, escribía en cualquier cuaderno toda clase de historias que después no podía leer porque con el punto final olvidaba las letras.

En uno de estos cuadernos escribió la última vez que supo hacerlo: "Cada luna es distinta. Cada luna tiene su propia historia. Dichosos quienes pueden olvidar su mejor luna."


(Angeles Mastretta, in Mujeres de Ojos Grandes)

Agora não peça, não me faça promessas...
Ontem tive a conversa que temi por anos, e foi exatamente, repito, e-xa-ta-men-te como eu achei que ia ser. Sem pedidos de desculpas, com acusações e intrigas, eu sendo a que corre atrás, e vamos botar uma pedra nesse assunto. Se nada mais me resta, pelo menos o gostinho de saber que sim, eu estava certa, sim, eu conheço as pessoas com quem convivi. E não perdi nada.

Mate
Até que enfim aprendi a fazer um mate que preste!
Bueno, che! Que querés? No soy de allá ni nada!

Eu e a música
Na nossa casa não se ouve música. Nossa, digo, onde eu cresci. "Mas nós não somos musicais", é o que se diz. As canções preferidas do meu pai são, no máximo, umas quatro, todas com mais de 30 anos (foi mal aí, Pai, mas o senhor tá véio mesmo!). Minha irmã só ouvia música brasileira, e apesar de também não ser muito ligada musicalmente só comprava disco bom. Impressionante. Já minha mãe é eclética, ouve bastantes coisas diferentes, se comparada à média da casa.
Pois eu gosto de música, sim. Não chego a ser fanática, e morro de inveja de gente que sabe de história da música. Qualquer história de qualquer música: conhecimento profundo de rock, jazz, mpb, bossa nova, o que for. Sempre me agradou a voz: me encanta a idéia de que o corpo é um instrumento, e também gosto de ouvir letras.
E é pelo que se diz em uma canção que estou fazendo este post. Com minha às vezes extenuante boa memória, sempre acho um verso que descreve o que estou vivendo. Eu poderia contar tudo através de bons cut-and-paste. No entanto, não o faço por medo de chapar ainda mais minha criatividade.
É por isso que eu não vou dizer que quem diz muito que vai não vai, assim como não vai, não vem.

quinta-feira, 27 de maio de 2004

Lista de compras
Do Brasil
Meias (de bichinho ou coloridas)
Calça jeans (sem balangandãs)
Creme de cabelo (o potão de camomila)
"Olhos de Farol", do Ney Matogrosso, pra um amigo meu que pediu
Café em grão pro Enrique que me pediu quando eu fui e eu esqueci de comprar
Mais um par de havaianas (marrons ou azuis, rosa já tenho)
Lentes de contato (vou conferir o grau e a curvatura)
Bombons Garoto pro Gastón
Uma camisa do Brasil? (Qualquer modelo serve!!! Me recuso a viver numa casa onde só há camisa da Argentina!)
Cachaça??
Pilão pra fazer caipirinha? (Mas só se for fácil de achar...)
Chá de cidreira que o daqui não prestou.

Da Argentina
Bombachas de campo
Yerba
Unos alfajores

Por enquanto é só. Stay tuned!

quarta-feira, 26 de maio de 2004

Eu tenho um terapeuta via msn, nem devia estar falando que é pra não fazer propaganda. Mas ele é dos bons: só faz pergunta difícil e depois que converso com ele estou parecendo uma árvore de Natal, com um monte de lampadinha acesa nas idéias. Obrigada, Carpe!

terça-feira, 25 de maio de 2004

Mulher fica deprimida e bora pro shopping dana a gastá. Mas eu, eu não, muquirana e munheca-de-samambaia que sou vou ali na esquina e compro dois vestidos bem baratinhos e fico feliz da vida. Os dois vestidos e três camisetas de alcinha de malha, ficou o preço de um vestido barato, se é que vocês me entendem e têm noção do que eu tô falando. Se alguém perguntar pelo msn eu digo o preço. Agora só tenho que ver o que faço com a minha barriguinha que transpareceu nos dois, a perna branca é outra história.

E a todos aqueles que me aturam, o meus agradecimentos penhorados. Muito obrigada.

E se eu achar tudo chato e o céu for feio?

domingo, 23 de maio de 2004

BARATO TOTAL
(Gilberto Gil)

Quando a gente tá contente
tanto faz o quente, tanto faz o frio, tanto faz
que eu me esqueça do meu compromisso
com isso e aquilo que acontece dez minutos atrás
Dez minutos atrás de uma idéia já deu pra
uma teia de aranha crescer
sua vida na cadeia do pensamento
que de um momento pro outro começa a doer
Quando a gente tá contente, gente a gente quer pegar
Batata pode ser um barato total
Tudo que você disser deve fazer bem
Nada que você comer deve fazer mal
Quando a gente tá contente, nem pensar que tá contente
Nem pensar que tá contente a gente quer
Nem pensar a gente quer, a gente quer é viver

sábado, 22 de maio de 2004

Heeeey! I'm a trouper!

quinta-feira, 20 de maio de 2004

Como é que era? Ah, sim: agora me arrependo, roendo as unhas...

Conversa vai, conversa vem, deixei este comentário lá na Meg:

Só queria deixar bem claro que eu ADORO Cem Anos de Solidão!!!
(Mas gosto mais de O Amor nos Tempos do Cólera. É perfeito. El corazón tiene más cuartos que un hotel de putas.)


Se não enfiasse os pés pelas mãos, não era eu. Se não deixasse tudo pra última hora, também não. Se não morresse de nervoso, seria um alien na minha pele.
Ufa! Ainda bem que me reconheço nesse reflexo, nesse espelho. Tudo tem seu lado bom.

terça-feira, 18 de maio de 2004

- O que você quer? O que você quer, de verdade? Mas e você, o que quer?

A pergunta vem repetida por todos os lados, em estéreo, estéril.
Mesmo quem indaga sabe que somos poucos os que deveras sabemos.

Eu quero a sorte de um amor tranqüilo, eu só quero que você me queira, eu só quero chocolate, I want some sugar in my bowl, quero encontrar pelo caminho um cogumelo de zebu, hoje eu só quero que o dia termine bem, eu só quero fazer parte do backing vocals, e cantar o tempo todo "shoobedoodaudau".

Ah, bruta flor do querer, ah, bruta flor, bruta flor.

domingo, 16 de maio de 2004

Vai ser assim.
No aeroporto, ganharei beijos e muitos abraços pendurados. Vai estar um calor daqueles. Vou pra casa, tomo um banho pra tirar o cheiro de avião, embora a viagem não tenha sido tão comprida assim. Aí vou a um salão fazer a tortura mor, depilação. Depois também corto o cabelo, faço pés e mãos. Sempre falando. A essa altura eu terei tomado bastante água e litros de coca light.
Depois eu vou fazer compras, mas não muitas. Duas ou três blusinhas, uma camiseta com o nome da cidade, muito brinco-perua-de-argola com a mestra das mestras pra me ajudar a escolher. Talvez compre também uma sandália de plataforma, se tiverem 40. Hmmm, um jeans. Ou uma calça preta.
Tudo isso de manhã, aí podemos almoçar no shopping mesmo, quem sabe um crepe, depois torta de limão.
De tarde eu passo na agência de publicidade, mais beijos, mais abraços, falar potóca um pouquinho, combinar pra noite. Dormir de tarde, ser acordada pela mãe, tomar outro banho - eu disse que vai estar calor? - passar prifume, sair pra jantar. Se não for sushi que eu cégue! Conhecer aquele moço moreno que está sempre com elas.
No dia seguinte, praia com as duas moças, aprender cada gesto e cada cara que não vi até agora. Aprender o sotaque nos mínimos detalhes, soltar expressões sem sentido, rir à beça, fazer carinho sem medo de ser feliz e supita.
Rinse. Repeat.
Tenho que ir a Recife logo...

sábado, 15 de maio de 2004

Estou ouvindo Sinatra e Jobim mas é porque eu sou boba, eu tinha mesmo era que estar ouvindo Djavan, Djavan na veia.

Eu não sei,
que será de mim!
Eu não sei
e nada me importa saber
eu só sei,
que havia um mar à vista ali
você passou assim por mim
e eu me perdi.

Meu olhar se mirando em teu olhar
se eu pegar na mão , te beijarei
te beijarei
não consigo mais de vontade de ficar
o que há entre eu e você
é raro
é na falta de ar do teu olhar
que o sufoco crescerá eu sei,
ora se sei!
Não encontro mais nada pra me segurar
tudo poderá acontecer
é claro!

E um cheiro de amor
Empestado no ar a me entorpecer
Quisera viesse do mar e não de você
(...)
Porque seu coração é uma ilha

é um sacrifício dizer um não
em seu ofício de obedecer à paixão
seja como for, sempre se faz por prazer
tudo o que o amor diz
aliás, quem não quer ser feliz?

Não sei julgar o que há em ti
Sentir com precisão
Se é fogo ou água, já desisti

Queimem o que sobrar de mim, espalhem as cinzas em Maceió!

Film noir.
Vou dormir com um sorrisinho no canto dos lábios, e a bênção de Santo Antônio. Sem cantar vitória, mas com o dever cumprido.

sexta-feira, 14 de maio de 2004


Eu não consigo imaginar uma casa que, tendo a presença dela, não seja cheia de boas energias e muito abençoada. Mas não se peca por sobra de amuletos... A arvorezinha que ela me deu está aqui, presença constante já em dois apartamentos.

Se eu vou à praia no Rio as pessoas apontam e riem, aqui até que eu não sou tão branca. Mas é só eu tirar a roupa que o sol esconde. Vou acabar comprando um desses bronzeadores sem sol, é o único jeito de eu ficar marronzinha.

Agora um alegrinho, pra ninguém achar que eu estou muito deprimida.

Lindo, lindo, lindo. Acordar cedo, trabalhar um pouco, vir pra escola de biquíni. Achar que ia apanhar da orientadora, não apanhar, sair da reunião com fome. Ficar com preguiça de comprar comida e um amigo oferecer, mas depois sair pra comprar bebida alcoólica. Ouvir um pouco de espanhol neste mar de inglês. Tomar sol pra ver se fico mulata, esperar o fim de semana.

Bom fim de semana.

quinta-feira, 13 de maio de 2004

Este é o post 952.

quarta-feira, 12 de maio de 2004

Eu já falei de cansaço. Este é meu novo tema recorrente (como se eu não tivesse suficientes...). Eu estou cansada do meu trabalho, da minha orientadora, de tentar trabalhar e não conseguir, de tentar me divertir e me sentir culpada por conta do trabalho. Eu estou cansada de ser superficial, de viver pra sempre na casca de tudo, de não me aprofundar mais. Eu estou cansada de ver as mesmas pessoas todos os dias, estou cansada do meu próprio sotaque, estou cansada de não ter uma máquina de lavar louça. Estou cansada dos programas de tv, dos comerciais, do consumismo. Estou cansada da comida. Estou cansada das minhas roupas, às vezes me canso do meu cabelo, estou cansada de fazer depilação (mas ainda não parei). Estou cansada de ter uma mente que só faz voar, estou cansada de não saber fazer silêncio. Estou cansada de pensar que o verão está aí e eu amo o calor mas que o inverno vai vir antes que eu perceba. Eu me canso à toa, sim, mas eu estou cansada. Um cansaço de tudo.

terça-feira, 11 de maio de 2004

Então, faz de conta que já são 8 e pouco...
Tímida eu já sei que eu não sou muito. Fiz um teste hoje (parecido com o aí do link) e deu a média, normal e comum. A única dúvida que a galera teve foi quanto ao significado de socially awkward (aliás, awkward é uma palavra que eu adoro, uma dessas que quando pronunciadas já dizem ao que vêm). Se é piscar um olho nervosa e descontroladamente acho que não sou não. Mas se é ficar mais vermelha do que um pimentão por qualquer coisinha besta, tô mal!
Isso de olhar as pessoas nos olhos é um capítulo à parte, não vamos entrar em detalhes embaraçosos...

Agora dá pra mentir via blog. Por exemplo, fingir que não postei a esta hora absurda, mas às 8 da manhã.

Eu estou achando que estou sendo superficial, que meu sorriso não é uma fenda escavada no chão como deveria ser, que não estou pisando com a força que deveria.

Mas pode ser que eu esteja apenas com sono. É, vai ver é isso...

Minha sorte, mesmo, é que Lavoisier também se aplica a sentimentos, amizades, tudo. Eu tenho uns momentos adolescentes de vez em quando, saibam desculpar. Voltamos à nossa programação normal.

segunda-feira, 10 de maio de 2004

O Zamorim avisou e vim conferir: a interface nova do Blogger é de-tes-tá-vel. Não é nem daquele tipo "ah, você se acostuma!", é ruim mesmo!

domingo, 9 de maio de 2004

Seu olhar é simplesmente lindo
Mas também não diz mais nada
Menino bonito.


O ser misterioso tem um olhar que não é transparente. O ser misterioso jamais fala de si mesmo, menos ainda começa frases com a palavra "eu". O ser misterioso tem um passado obscuro ao qual só se refere, vagamente, se perguntado. O ser misterioso não fala dos pais. O ser misterioso tem irmãos, mas não se sabe quantos são. O ser misterioso tem uma idade que é adivinhada pelas suas referências culturais. O ser misterioso pode saber o que você pensa, mas sempre deixa a dúvida. O ser misterioso tem fãs, mas não manda foto autografada. O ser misterioso preza por sua privacidade. O ser misterioso também não escreve emails, e quando o faz não escreve mais de três palavras. O ser misterioso não tem namoradas e não aceita ser apresentado a ninguém, mas também não tem namorado. O ser misterioso sempre se faz de bobo ao receber pequenas cantadas. O ser misterioso ignora olhares e bilhetes. O ser misterioso confunde. Fujamos do ser misterioso.

El ser misterioso tiene una mirada que no es transparente. El ser misterioso jamás habla de si mismo, todavía menos empieza frases con la palabra "yo". El ser misterioso tiene un pasado obscuro al cual solo se refiere, vagamente, si preguntan. El ser misterioso no habla de los padres. El ser misterioso tiene hermanos, pero uno no sabe cuantos. El ser misterioso tiene una edad que es adivinada por sus referencias culturales. El ser misterioso puede saber lo que uno piensa, pero siempre deja la duda. El ser misterioso tiene admiradoras, pero no envía fotos ni autógrafos. El ser misterioso es celoso de su privacidad. El ser misterioso tampoco escribe emails, y cuando lo hace no escribe más de tres palabras. El ser misterioso no tiene novias y no acepta ser presentado a nadie, pero tampoco tiene novio. El ser misterioso siempre se hace el tonto al recibir pequeños piropos. El ser misterioso ignora miradas y notitas. El ser misterioso confunde. Huyamos del ser misterioso.

Se eu já postei esta música desculpem, eu errei. O dia de postá-la era hoje.

Call Waiting
lyrics & music: Marie Daulne

I just want to tell you
I’m with and behind you
do what you have to do
I’ll still be there

it’s like 2 trees
neighbours for a thousand years
it’s like body and soul
you and me
it’s meant to be
can’t you see

it’s like an island in the middle of the sea
it’s like a soft wind
caressing my warm skin
you and me mixing together

you and me and me and you

O dia sem fim (ou: algunas acontecimentos de ontem)

- Um amigo ficou sabendo que a bolsa dele não vai ser renovada. Ele só soube disso porque precisava de uma carta pra renovar o visto. Se não fosse por esse pequeno detalhe e o fato de ele estar indo pro Brasil em uma semana, ele só ia saber disso na véspera de perder o emprego.
- Alguém que eu amo demais da conta me ligou muito triste. Eu, claro, chorei de cá também.
- Teve um churrasco na casa do cara que está perdendo o emprego. Quando chegamos lá, ele tinha derrubado um saco de carvão inteiro em cima do sofá da sala.
- O livro que eu deixei no escaninho de uma outra brasileira aqui na universidade desapareceu, escafedeu-se.
- Um outro amigo nosso foi ao churrasco levando um colega de trabalho dele. Lá pro meio da festa o cara disse que nós tínhamos que ter vergonha de fazer graça com a cara do nosso amigo e foi embora, deixando todo mundo com o olho arregalado.
- O dono da casa teve um momento deprê e chorou um pouquinho na varanda.
- O Gastón estava cansado e queria ir embora. Quando eu finalmente concordei, ele descobriu que tinha deixado as chaves dentro do carro.
- E eu não trouxe as minhas chaves de casa pra pegar as chaves reserva.
- Mas eu deixei uma janela de casa aberta e ele conseguiu entrar. Quando ele voltou (de carona, claro), abriu o carro e descobriu que a bateria tinha acabado.

A bateria finalmente foi recarregada e voltamos pra casa.

sábado, 8 de maio de 2004

O Blogger está falando que vai mudar de cara. Já estou nervosa.

terça-feira, 4 de maio de 2004

A minha história não termina aqui. Ela é um pedaço de hélice, sob certos ângulos tem-se a impressão de que apenas começa, mas não: vem de tempos imemoriais. Mesmo o pedaço que testemunhei às vezes parece tão longo que até me canso. E a hélice se estende a perder de vista, pois quem pensa em um fim não sabe do que fala.
O único problema é que ter consciência de que a hélice gira sozinha não me ajuda muito. Primeiro, porque se ela vai girar mesmo surge a preguiça - eu? - de tomar caneta e papel e desenhá-la. E, depois, ainda que tenha a minha ajuda, controle eu não tenho sobre para onde serpenteará a danada.
É por isso que o meu primeiro impulso é encolher-me e ficar assim, quietinha, e, esperar o mundo passar lá fora, tomando a precaução de espiar pela beirada do cobertor vez por outra.

I have heard what the talkers were talking.... the talk of the
beginning and the end,
But I do not talk of the beginning or the end.


(Whitman, Song of Myself, trecho)