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segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Sejamos nós os nós.

Post requentado do Simplim, em homenagem ao Campus Party da semana passada. Se quiser comentar, por favor faça-o no post original, de 25/06/08.

Este é um texto sobre comunidade, ou melhor, o senso de comunidade. Ele deveria começar com um parágrafo sobre como só as pessoas do interior/de antigamente/os nossos avós sabiam o que era a boa vizinhança, e espinafrando as invenções modernas/a pressa/as grandes cidades porque reforçam a noção de individualidade e ninguém mais tem tempo para nada.

Mas isso é só parcialmente verdade. As redes sociais (no sentido sociológico-acadêmico-offline-enquanto-conceito) andam baqueadas, mas as pessoas ainda pertencem a grupos. Os amigos do futebol, da academia, do trabalho, os coleguinhas os filhos, os vizinhos de prédio, a galera do twitter e os ex-colegas de faculdade formam comunidades que, mesmo informais, têm laços mais ou menos firmes. E repare que em todas elas tem sempre os agitadores, os “nós”, aquela pessoa que conhece e apresenta todo mundo e vive inventando atividades para a galera.

Longe de mim querer inventar regras e estatutos para o que se chamava amizade. A idéia é só reconhecer as comunidades da quais você faz parte e dar aquele empurrãozinho para que as coisas funcionem melhor para todos. Porque a sociedade precisa de redes para sustentá-la, porque ter amigos é econômico e saudável, e porque a gente quer ser mais feliz.

E amigo é bom porque é uma coisa que vem em todo tipo de embalagem e com mil e uma utilidades. Dá para fazer um monte de coisas. Organizar um almoço na casa de alguém, sair para beber, ir morar com dois ou três amigos e rachar o aluguel, indicar amigos para trabalhos bacanas, ajudar a educar e mimar os filhos dos outros, arrumar um grupo de brincadeiras para os próprios filhos, discutir/questionar/conversar coisas mais profundas que a novela, falar/fofocar/criticar coisas tão rasas quanto a Caras, ouvir confidências, segurar a barra nas horas difíceis, fazer exercício, dividir despesas com alguma compra grande ou fazer companhia no supermercado, viajar, fundar um clube de trocas, fazer trabalho voluntário, assistir a filmes bons, dar carona, fazer um clube do livro informal onde todos indicam leituras a todos… as variações são muitas, dá para fazer muitas coisas mais com amigos. Mas algumas dessas sugestões eu deixo para outros blogs…

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Thank you falettinme be mice elf

Escrever não enche barriga, dizia eu para mim mesma com o estômago roncando. Mas aí lembrei do espaço vazio que era pra ser a minha cabeça, quer dizer, era pra eu anotar o que vai pela mente e fica parecendo o quê? - no mínimo que pensei pouco e vivi muito, só parte verdade.

Eu já não falo mais de bebês, não é, amor?, ela disse enquanto fazia sons irreprodutíveis para a criança em seu colo, e o marido teve vergonha de responder pra não perder a amiga.

Uso sempre algo vermelho no reveillon para ter quem esquente meus pés, e eu literal à vera escolhi vermelho nos sapatos. Agora qual a simpatia para todas as viradas de ano serem tão incríveis? 2009 promete.

Você é classe D, não tem carro nem tevê nem casa própria. E se for questão de escolha, posso ser classe média iluminada? Rica de espírito?

Lá é tão deserto que você vê um espelho e fica puto, tenho inventado lugares tranqüilos com uma freqüência absurda, e obviamente nesses lugares não chegou a famigerada reforma ortográfica, graçadeus.

Infinito foi esse minutinho que passou agora, e essas coisas não ficaram registradas porque são de foro íntimo, embora os telhados testemunhem gritos pelados toda hora. Gritos pelados é uma expressão do espanhol, veja bem, não será coincidência que o amor traga de volta pedaços reciclados para quererte, abollarte y comerte a besos...