Maffalda mudou de casa! Redirecionando...

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terça-feira, 24 de junho de 2008

A rainha dos robôs

Ela pode sentir nos ossos a chuva chegando. Ela sabe que algo não está
bem mesmo antes de ouvir o trovão. O relâmpago ela mesma faz, a caneta
preta, num dos tantos cadernos. Desenha, escreve, recorta, sorri. Fuma
mais um pouco e escuta a madrugada. Devota ser quem é ao homem que vai
chegar daqui a pouco, entrar pela porta, dizer coisas profundas por
ofício e nonsense por diversão. Parou de beber na semana passada, de
novo. Toma um café. Olha o chapéu azul e grava umas fitas, escreve
qualquer coisa em caracteres cirílicos, deixa a foto provocante
rolando na internet e espera o sol que já envém.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Onde não diremos nada, nada aconteceu

Disse e vou dizer de novo: eu te amo. Essa frase repetida tantas
vezes em momentos enrolados, safados ou ternos, ainda sai da minha
boca em só pensar no seu gesto e cheiro. Já não me lembro como era o
passado em que não te amava, em que não tinha a sua compreensão e
atenção completas. Tampouco posso imaginar o futuro distante - mas
inevitável - em que não direi mais eu te amo, porque o resquício de
amor não será o suficiente para encorajar as palavras. Por isso me
incorporo no escuro, para dizer a você que te quero, te entendo, te
sou, te tenho completamente no presente. E amo.

terça-feira, 17 de junho de 2008

É que eu tô...

Faz nove meses que fecundei a barriga de um avião com meus pertences e presença. Agora é hora de parir a mim mesma, dando-me à luz brasileira. Feito os partos não-metafóricos, houve trauma, sustos e um pouco de dor, mais um tanto de respira e empurra.

Difícil a gente se tornar o que já deveria ser.