Maffalda mudou de casa! Redirecionando...

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terça-feira, 30 de dezembro de 2003

NGUZO SABA
(The Seven Principles of Kwanzaa)
--------------------------------------------------------------------------------
Umoja (Unity)
To strive for and maintain unity in the family, community, nation and race.
Kujichagulia (Self-Determination)
To define ourselves, name ourselves, create for ourselves and speak for ourselves.
Ujima (Collective Work and Responsibility)
To build and maintain our community together and make our brother's and sister's problems our problems and to solve them together.
Ujamaa (Cooperative Economics)
To build and maintain our own stores, shops and other businesses and to profit from them together.
Nia (Purpose)
To make our collective vocation the building and developing of our community in order to restore our people to their traditional greatness.
Kuumba (Creativity)
To do always as much as we can, in the way we can, in order to leave our community more beautiful and beneficial than we inherited it.
Imani (Faith)
To believe with all our heart in our people, our parents, our teachers, our leaders and the righteousness and victory of our struggle.
­ Maulana Karenga

segunda-feira, 29 de dezembro de 2003

AB+.
Não é meu tipo de sangue. Foram minhas notas durante o semestre, nas duas matérias que fiz. Yay!!

Momento pesadelo: passei os últimos 4 dias em casa achando que o prédio da Engenharia estava todo trancado. Não estava. Eu tentei uma vez, não consegui, assumi que era impossível. Hoje cancelei uma reunião com os meus chefes alegando esse motivo, agora fica parecendo que eu estou de desculpinha. Espero que a minha chefe não goste de fígado.
Parece que cada pequena escolha ou decisão que eu faço em relação ao meu trabalho só piora a minha situação. Eu vou precisar respirar fundo pra ter coragem de voltar pra cá depois de 3 semanas na maravilhosa e inesquecível América do Sul.
Continua a contagem: faltam 3 dias.

Ai, que medo.

domingo, 28 de dezembro de 2003

Estudaram o cérebro de Einstein. A diferença está nas sinapses. Os neurônios tinham mais ligações uns com os outros, e talvez por essa razão o sistema funcionasse tão melhor.
É por isso que hoje eu estou orgulhosa de mim mesma. O mundo não precisa só de mais gente fina, elegante e sincera, mas de uma rede. Eu fiz mais uma sinapse.
A ninfa-estrela-iansã, passeando em Paris, a danada, tomou café com Alex, que é de lá mas também é brasileiro, e mora aqui em Maryland.
Fiquei feliz.
Agora tenho que esperar para vê-los em Teresópolis e aqui...

- Peraí que seu braço encalhou aqui embaixo das minhas costas.
- Como assim, encalhou???
- Que que tem?
- Quem encalha é baleia!!!
- Ah, barco também encalha...
- É verdade, barco também.
- E irmãs!
- Irmãs?
- É, elas não estão encalhadas?
- É mesmo. Irmã também.

sábado, 27 de dezembro de 2003

Quando clicar ali o link do Zap Mama não deixe de conferir os outros artistas da Luaka Bop, selo de David Byrne. Tem Los Amigos Invisibles, da Venezuela, que outro dia vi na tv e gostei. Tem Tom Zé. E tem uns tais de Mutantes...
Escute Ritinha cantar que anda meio desligada e minta que nunca se sentiu assim.

Ela: Helô, já ouviu Zap Mama?
Eu: Não...
Ela: Tem que ouvir. Mudou minha vida, cara.

Ainda não mudou a minha, mas estou ouvindo.

Furahi
Comment Ça Va?
(Comment ça va?
citizen from our world
comment ça va?)

Call Waiting
(I just want to tell you
I’m with and behind you
do what you have to do
I’ll still be there)

Nostalgie Amoureuse
(Hey there! Before you walk away
Show me the smile that says
I’m not alone
You see what you want in me
This crazy life is my home.)

sexta-feira, 26 de dezembro de 2003

Ih, agora que eu tô olhando pra foto aí de baixo estou me lembrando de um amigo meu cujo pai é chef, e eu quase morri de vergonha quando descobri: estava me gabando das minhas panquecas. Pois bem, se você sabe cozinhar muito bem e acha o presunto aí de baixo feio de dar dó, me perdôe. Eu estou muito orgulhosa e estava muito bão!

quinta-feira, 25 de dezembro de 2003

16? Eu disse 16 pessoas? Risca aí e põe 18. Gastón, eu, Amarildo e seu amigo Igor, Pablo, Oscar y Andrea, Enrique, Ludmila e Tullio, Fabiana e seus amigos Graça e Nico, Angelo e sua mãe Marina, Phil com seus amigos Ricardo e Wayne. Pode contar, estão todos aí.
Eu fiz o presunto e ficou igualzinho ao da minha mãe. Quatro quilos e meio de presunto com mel e mostarda, os pêssegos em calda em volta. Também tinha nozes, pistache, damasco e amêndoas pra beliscar. Os convidados trouxeram arroz, salada de batata, empanadas, frango de padaria, sorvete. O Gastón fez cheesecake. Pra beber, suco de laranja, vinhos, caipirinha. Também tomamos café e mate no final. Os pratos e talheres eram de verdade, os copos também, só usamos um ou outro descartável. A sala estava arrumada e tinha lugar pra todo mundo sentar (mérito do Gastón).
Minha barriga estava razoável no começo, absurda no final da festa.
Foi nosso segundo Natal recebendo gente (o primeiro foi um fondue que fizemos com o Caetano e a Patricinha em 2000). Gostei, quem sabe repetimos a dose...
Valeram a pena as ligações pro Brasil de meia em meia hora pra perguntar cada detalhe pra minha mãe. E obrigada pelo apoio, principalmente a quem disse que eu sou ninja!!!

O presunto, antes de trocar de travessa. Fotos tiradas com o Palm.

terça-feira, 23 de dezembro de 2003

It takes courage to grow up and become who you really are. ~e.e. cummings

Be who you are and say what you feel, because those who mind don't matter and those who matter don't mind. ~Dr. Seuss

To be nobody but yourself in a world which is doing its best, night and day, to make you everybody else means to fight the hardest battle which any human being can fight; and never stop fighting. ~e.e. cummings, 1955

Nada de imitar seja lá quem for. (...) Temos de ser nós mesmos (...) Ser núcleo de cometa, não cauda. Puxar fila, não seguir.
(Monteiro Lobato, Carta a Godofredo Rangel, São Paulo, 15/11/1904)

Das frases que me irritam:

Por que você não me ligou?
Por que você não me escreveu?
Eu pensei que você fosse fazer isso...
Ah, tá, obrigado pelo convite, pode ser que eu dê uma passadinha...

Esta página faz qualquer página em inglês ser traduzida para diferentes dialetos...

Tudo bem que eu acho ótimo tudo o que se refere a reaproveitamento de lixo, mas tem coisas que são hilárias.

Germans turn waste to energy
Germany has only a small amount of its own natural oil reserves, but an enterprising power plant chief believes it has found an alternative source of energy with a bright future in an aging nation: used incontinence pads.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2003

Chega mais perto, moço bonito,
chega mais perto meu raio de sol...

Escuta agora a canção que eu fiz
pra te esquecer, Luiza...

Brilhar, brilhar, acontecer, brilhar
Faca amolada!

Banho é bom! Banho é bom!
Banho é muito bom!
(Agora cabô...)

Ganhei de aniversário um Palm Zire 71 que é a coisa mais linda do mundo!!! Além de tirar fotos - já tirei mil e trocentas, ele também toca música e vídeo. Ontem descobrimos como transferir os arquivos mp3. Acontece que eu não tenho muitos arquivos no meu computador, só um ou outro meio nada a ver. Então as músicas que passei foram estas, na ordem:

Ratinho tomando banho (Hélio Ziskind)
Peace (Sweet Honey in the Rock)
Fé Cega, Faca Amolada (Margareth Menezes)
La Llorona (Chavela Vargas)
Burn it Blue (Caetano Veloso)
Tom Sawyer (Rush)
Something Within Me (Take 6)
Não Identificado (Lulu Santos)
Tema de Amor de Gabriela (Gal Costa)
Luiza (Ana Carolina).

É a lista de músicas mais esquizofrênica que eu já escutei. Colocando em shuffle, então, arrisca ouvir a do ratinho seguida de Tom Sawyer. Uma coisa. Mas quase todas são queridas, então não tem problema...
O único porém é que eu sou famosa por não conseguir ouvir música sem cantar. Inevitavelmente vou ser vista pelas ruas do campus cantando "lavalavalava uma orelha outra orelha"...

O danado do robô agora até corre!

Olha eu com medo da festa!

Minha festinha de Natal para expatriados perdidos está só crescendo, temos até o momento 16 convidados. Eu acho que eu vou ficar louca!
Também, se der certo nunca mais reclamo de não ser boa anfitriã!

sexta-feira, 19 de dezembro de 2003

Eu sei que eu já estou enchendo o saco com a história do francês, mas deixa explicar: é um desses assuntos que saem em uma conversa e eu me prometo que vou pesquisar.
Por que diabos em francês se diz oitenta como "quatro-vinte"? Eu tinha lido algo sobre isso há um tempo, mas não me lembro onde. O máximo que achei agora foi este texto, que não esclarece muito. Estou achando que a explicação que vi antes era algo assim: o homem começou a contar com os dedos (a maioria das pessoas tem 10) e parece que os povos ali daquele pedaço da Europa usavam os do pé também, por isso o sistema numérico deles tinha base 20. Faz sentido??
Se alguém tiver mais informações, manifeste-se, por favor.

PS: Meu chute não explica o "sessenta-dez"...
PPS: Este parece ser um caso para o super-Pedro-Dória...

Ou, como disse o Gastón: 30, mas com 10% de desconto.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2003

É isso aí. 27, com corpinho de 26.

terça-feira, 16 de dezembro de 2003

Uma das minhas promessas de ano novo vai ser aprender francês. A outra vai ser terminar de decidir o que eu vou fazer da minha vida.
Nunca fui de fazer promessas de ano novo, mas parece que estou precisando. A lista vai ser grande.
Ah, anota aí: também vou fazer mais exercício físico!

Falta pouquinho pra eu ir pro Brasil!!!

segunda-feira, 15 de dezembro de 2003

Fim de semana com festas. Uma na sexta, despedida de uma israelense que vai passar 8 meses entre Brasil e Argentina. Mas pra mim nao foi despedida, eu vou encontrar com ela em Buenos Aires. No sabado, despedida de uma amiga espanhola, galega, que eu nao sei quando vou ver de novo... Domingo, a visita de um amigo que por si so' ja' e' uma festa...
E hoje uma prova. Acho que fui bem. Noticias depois...

sábado, 13 de dezembro de 2003

40 anos de namoro!!!
Parabéns, Pai & Mãe!

Clima é tudo.

Tem coisa que a gente passa a vida inteira tentando explicar e não consegue. Clima, por exemplo. No sentido de ambiente. Dito assim parece uma coisa esotérica, mas não é, é quase palpável. A casa da avó tinha um clima só dela, irrepetível. A Moradia tinha outro, idem. Apartamentos velhos no Flamengo ou nas Laranjeiras são fábricas de clima, principalmente em tardes de verão. Árvore do lado de fora, barulho na rua: tudo contribui. Se da janela se vê o Corcovado, melhor ainda.
Depois tem as gentes. E tem festas e festas. Tem aquela em que todo mundo tá te esperando. Tem as em que você chega como convidado do convidado, era pra ter 12 pessoas e tem 40. Não é festa estranha com gente esquisita, mas se fosse tudo bem. É festa com liga. O ambiente, o toque, a música, familiaridade.
Pode ser que eu não tenha dormido e que esteja difícil escrever assim, digamos, por motivos externos (motivos externos querendo que eu vá dormir, diga-se a verdade). Mas essa lua e esse conhaque me deixam com uma baita saudade de um par de climas. Que eu não consigo explicar.

A gente não quer só dinheiro
a gente quer dinheiro e felicidade
A gente não quer só dinheiro
A gente quer inteiro
e não pela metade.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2003

Mais Janaína Figueiredo, coluna Buenos Aires, O Globo:

HOSPEDAGEM
Luxo e vista panorâmica
Em Buenos Aires, existem vários hotéis de luxo, mas nem todos oferecem ao turista uma vista privilegiada da cidade. No Park Tower, localizado no bairro de Retiro, coração do centro portenho, os quartos têm vista para o Rio da Prata, um privilégio que vale a pena admirar. O hotel, uma torre moderna construída ao lado do tradicional Sheraton de Buenos Aires, oferece vários tipos de suítes, com diárias que oscilam entre US$ 250 e até US$ 4 mil. A suíte Deluxe (entre US$ 250 e US$ 270) é uma boa pedida para quem estiver procurando conforto, luxo e uma vista panorâmica da cidade. Camas king size, uma pequena sala no quarto, banheiros muito bem equipados (com banheira e chuveiro separados), armários com portas espelhadas e aparelho de som com CD. O Park Tower é uma boa opção para quem gosta de aproveitar os serviços adicionais oferecidos por um hotel: duas piscinas (uma coberta), sauna e uma gigantesca sala de ginástica. O hotel conta ainda com um belíssimo restaurante, com vista para a Praça San Martín, o Crystal Garden, onde é servido o café da manhã. À noite, o restaurante abre suas portas para todos os amantes da gastronomia internacional. Portenhos e turistas costumam freqüentar o Crystal Garden, considerado um dos restaurantes mais luxuosos da cidade. Um jantar para duas pessoas custa em torno de 50 pesos. A localização do Park Tower não poderia ser melhor: o hotel fica perto dos shoppings Patio Bullrich e Galerias Pacífico, da tradicional Rua Florida e do mítico Obelisco, principal monumento da capital. Avenida Leandro N. Alem 1.193. Reservas: 4318-9100.

GASTRONOMIA
Nova cozinha mediterrânea
Além de oferecer ao turista uma das melhores carnes do mundo, Buenos Aires também tem excelentes restaurantes de comida italiana, com destaque para o La Parolaccia. Algumas especialidades da casa: risotto à la milanese , gnocchi ripieno i funghi porcini , pratos da nova cozinha mediterrânea e limoncello da região de Amalfi e Capri. Endereços: Alicia Moreau De Justo Alicia 1.052 (Porto Madero); Av. Libertador 5.836 (Belgrano); e Riobamba 1.046 (Bairro Norte).

EXPOSIÇÃO
As novas tendências
No final de novembro, foi inaugurada a mostra “Analogias e confrontações, outros diálogos na arte da Argentina”, uma bela oportunidade para quem estiver interessado em conhecer um pouco das novas tendências artísticas que estão surgindo no país. A exposição, patrocinada pelo Centro Cultural Recoleta e pela fundação ArteBa, fica em cartaz até 4 de janeiro. Endereço: Junín 1.930.

COMPRAS
Sapatos modernos
A Sofi Martiré é uma sapataria extremamente fashion . Modelos diferentes, coloridos e superdivertidos. A loja também vende bolsas e casacos de couro, tudo muito moderno. O preço dos sapatos varia entre 45 e 100 pesos. Endereço: Cabello 3.650, 1 andar (Bairro Norte). De segunda-feira a sexta-feira, das 12h às 20h. Nos sábados, a loja funciona das 10h às 14h e das 16h às 20h.

PROMOÇÃO DE NATAL: A chilena Falabella está com ótimas ofertas para este Natal. Brinquedos, roupas femininas e masculinas, perfumes e aparelhos eletrônicos a preços mais do que atraentes. Vale a pena ir até lá para dar uma espiada nas promoções de fim de ano. Camisetas femininas por 15 pesos; biquínis por 20 pesos; sandálias por 35 pesos; camisetas masculinas por 25 pesos; e bermudas por 50 pesos. Endereço: Shopping Unicenter. Rua Paraná 3.745, Martinez.

Uma googlada na palavra cachimônia e saiu esse texto que é a cara dela.
Não que o texto seja a cara dela, veja bem, mas é que eu queria que ela visse as palavras tinhanha e assinzinho. É capaz de se encarinhar.

Um amigo brasileiro teve o desplante, a pachorra, a cachimônia de olhar bem na minha cara e dizer que eu sou um canhão.
Agora tá explicado:
Un canon: an extremely attractive girl. Seduction is sometimes like war, you have to use your sense of strategy, etc. No wonder, some of the vocabulary includes words like un canon, une bombe, un missile... depending on the level of difficulty of the conquest.
Nice save, honey!

Tentem adivinhar como funciona isto. É de enlouquecer!

A apresentação foi ótima, quando sair em disco eu dou autógrafo!!!

terça-feira, 9 de dezembro de 2003

Hoje foi a apresentação do Coral!!!

segunda-feira, 8 de dezembro de 2003

Recado via blog, já que estou com preguiça de escrever um emeio decente. Djones, leia isto aqui. É muito longo, mas vale a pena, todos os expatriados deveriam ler pelo menos para verem que não estão sozinhos no mundo! E boa viagem pro Brasil!

Faltam... MUITOS dias. Não quero mais ficar aqui. Heeeelp!

Eu sou tão democrática que continuo lendo blogs de gente que abomino só pra poder falar mal com ciência. Às vezes concordo, muitas vezes discordo, mas não largo a birra. Hmpf.

domingo, 7 de dezembro de 2003

O melhor termômetro pra saber se você tem uma boa turma de amigos: uma boa fofoca. Ou várias.

Diário da Dodói

Quinta: sentir muito frio na aula. Ter dor de garganta. Estar caindo pelas tabelas às 4 da tarde. Ir pra casa. Tomar um banho demorado ouvindo Rush. Deitar no sofá e assistir Love in the Afternoon - sabe que minha mãe parecia a Audrey Hepburn? Tirar forças sabe-se lá de onde e fazer sopa. Deitar no sofá de novo. Fazer o marido comprar um termômetro. Se descobrir com 39 graus de febre. Ver a neve cair lá fora. Tossir a noite inteira.
Sexta: ligar pra prima médica. Decidir não ir ao médico. Tentar baixar a febre sem sucesso. Desmarcar tudo o que tinha que fazer. Assistir Cinema Paradiso. Morrer de achar o Marco Leonardi lindo. Ter que fazer tudo com ajuda. Continuar com febre.
Sábado: finalmente ir ao médico, com neve e tudo. Descobrir que não é uma gripe, e sim uma infecção. 40 graus de febre. Antibiótico na cachola. Não ter forças nem pra assistir filme. Não conseguir comer mais de duas colheres de nada. Só conseguir controlar a febre à noite. Suar até a roupa ficar completamente molhada. Tomar banho com ajuda, e lavar o cabelo.
Domingo: achar estranho ter forças para andar. Ter dor em músculos que nem sabia que existiam e inalongáveis. Comer um prato de cereais no café da manhã. Tomar o antibiótico. Destomar o antibiótico. Almoçar. Sentir-se melhor. Sair pra lavar roupa e encontrar os vizinhos justo quando eu estou com o cesto cheio de roupa suja na mão. Assistir Cinema Paradiso: The New Version, aquela versão que tem 51 minutos a mais de Marco Leonardi. Entrar em pânico porque não trabalhei nada.

É, acho que sarei...

sexta-feira, 5 de dezembro de 2003

- They're very odd people, you know. When they're young, they have their teeth straightened, their tonsils taken out and gallons of vitamins pumped into them. Something happens to their insides! They become immunized, mechanized, air-conditioned and hydromatic. I'm not even sure whether he has a heart.
- What is he? A creature from outer space?
- No. He's an American.


(Audrey Hepburn as Ariane Chavasse in Love in the Afternoon.)

Tô numa gripe de matar leão, com 39 graus de febre...

quinta-feira, 4 de dezembro de 2003

Hoje é aniversário do Alex que é franco-brasileiro nunca morou no Brasil mas fala português direitinho só que o inglês tem sotaque francês. Ele cortou o cabelo mas continua meio comprido. Ele está fazendo 26 anos. Eu sou mais velha que quase todo mundo esses dias...

Tá, a composição aí acima parece de primário, mas sério: quando eu cheguei aqui Deus e meio mundo me perguntou se eu conhecia o cara. Passou um ano até nós o conhecermos finalmente!

Isso que dá ser famoso...

quarta-feira, 3 de dezembro de 2003

E fiquem de olho na nuvenzinha do tempo aí na barra ao lado, porque de agora pra frente é só ribanceira abaixo, pra baixo de zero.

terça-feira, 2 de dezembro de 2003

Excuse ME!!!

E porque eu cheguei na aula de coral achando muita graça de mim mesma e me sentei do lado de uma moça que só faz rir, me aconteceu mais isso...
Maryland é um dos estados com maior população negra nos EUA (ok, eu não pesquisei isso, eu ouvi dizer). E por causa dos movimentos de direitos civis dos anos 60 e todas essas coisas, a identidade negra é muito forte: se fala diferente, se veste diferente, toda uma cultura. Tem gente que até reclama porque os negros aqui são muito "in your face". Não dá pra explicar direito, só vindo pra ver. Tem determinadas expressões que são muito típicas, como o hmm-rmmm de boca fechada que pode significar desde "de nada","eu concordo, é isso aí","sei!" (sarcástico) até "de jeito nenhum!".
A aula que estou fazendo é de tradições afro-americanas de aprendizado oral em canções de coral. Sabe aquela coisa bem igreja batista de filme? Pois é.
Aconteceu que a regente estava tentando repassar a parte das sopranos em uma música, e elas se confundiram e começaram a cantar a parte das contraltos. "Ah, vocês querem a melodia, né?". A moça que estava na minha frente falou algo como "hmmm-rmmmm, a melodia é nossa!". E eu girei meu dedinho no ar e disse "excuse ME!". As mulheres que estavam ao meu lado (as duas são negras) caíram na risada, e a moça risonha disse: "go, sister!".
Sister. Adorei.
Sis-tah!

Muda de assunto que o assunto chegou.

Você fala de uma pessoa para a outra.
A outra vai lá e buzina tudo no ouvido da uma.
A uma te vê no mesmo dia e diz:
"ó, então você falou com Outra hoje?".
E sua cara vai no chão.

Aconteceu isso comigo hoje.
E eu achei muita graça.
Eu tenho problema.

PS: Este post foi atualizado por umas e outras incoerências...

É tão bonito ver uma tradição de família sendo perpetuada... Obrigada, Lav!!!

Que poesia mané poesia, o que me traduz mesmo são os quadrinhos. Eu acho que já disse isso...

segunda-feira, 1 de dezembro de 2003

Não dá pra não pensar, não dá pra não dizer. Estou ficando velha pra certas coisas.

Faltam 31 dias...

Eu não nasci pra trabalho
eu não nasci pra sofrer...

Então, escuta essa:

Se apaixonar:
pode dar errado oitenta vezes;
se der certo uma,
vale a pena.

Eita como faz tempo que eu não escrevo.

segunda-feira, 24 de novembro de 2003

American woman, stay away from me
American woman, mama let me be
Don't come hangin' around my door
I don't wanna see your face no more
I got more important things to do
Than spend my time growin' old with you
Now woman, stay away,
American woman, listen what I say
American woman, get away from me
American woman, mama let me be
Don't come knockin' around my door
I don't wanna see your shadow no more.


Yep.
Se a mulher americana fosse todo o meu problema...

sexta-feira, 21 de novembro de 2003

Importantíssimo: você conhece a Biblioteca Virtual do Estudante Brasileiro? Eu sei, o nome não é muito inspirador, graças a esse site passei a conhecer as canções de Sandra Peres e Paulo Tatit. Ainda não dei conta de ouvir tudo, mas o disco Canções de Ninar é a coisa mais fofa e agora os meus amigos que resolverem ter filhos não escapam de ouvir essas músicas tão gostosas.
E, de quebra, ouvi de novo a música do Ratinho Tomando Banho. Hei de decorá-la. Pena que não tem a animação também, pra eu aprender a coreografia.

Faltam 41 dias.

Cris e Anna chamam google de Deus. Se não é, é bem parecido.
Veja bem: eu não persigo todos os meus amigos, só os que eu gosto. É que gosto de saber por onde andam, o que estão fazendo, se estão bem. Esta semana procurei o nome de uma professora que tive entre 92 e 94, a Maluzinha. Eu morro de saudade dela, sempre penso como estará, faz uns 5 ou 6 anos que não nos falamos. "Deus" me contou que ela está bem e feliz, morando em Copenhagen, com um filho de 2 anos. Me conta, de que outra maneira eu saberia isso??

quinta-feira, 20 de novembro de 2003

Here comes the sun.
Bem melhor, obrigada.
Embora tenha dormido pouco, fato extremamente raro (graças a Deus!) na minha vida...
Embora eu tenha que trabalhar como louca nas próximas semanas...
Estou contando os dias: faltam 42.

segunda-feira, 17 de novembro de 2003

Eu não sinto mais a urgência de escrever tudo o que me acontece no blog. Nunca foi muito assim, mesmo. Mas agora parece que descarrilhei, há muito que não escrevo.
Difícil é fazer a seleção, a auto-censura. Você só fica sabendo das coisas ruins, vai pensar que eu sou drama queen. Só as boas, vai achar que eu estou mentindo ou que minha vida é maravilhosa.
A vida de ninguém é maravilhosa. Difícil aceitar isso, mas é assim mesmo. "Problema todo mundo tem, minha filha." Pequenos ou grandes, eles estão lá, e dependem mais da percepção que um mesmo (olha a estrutura emprestada do castelhano, de novo!) tem dos próprios obstáculos.
E escuta a parábola perfeita: Alice tinha diminuido tanto de tamanho que tomou um camundongo por um hipopótamo. Isso acontece muito, Mariazinha. Mas não sejamos ingênuos, pois o contrário também acontece. E é um outro escritor inglês que nos fala mais ou menos assim: o camundongo que expulsamos ontem passou a ser hoje um terrível rinoceronte. É isso mesmo. A alma da gente é uma máquina complicada que produz durante a vida uma quantidade imensa de camundongos que parecem hipopótamos e rinocerontes que parecem camundongos. O jeito é rir no caso da primeira confusão e ficar bem disposto para enfrentar o rinoceronte que entrou em nossos domínios disfarçado de camundongo. E como tomar o pequeno por grande e grande por pequeno é sempre meio cômico, nunca devemos perder o bom-humor.
Ah, e tem também o eterno paradoxo do vizinho: a grama dele é mais verde, a galinha mais gorda, e nós vemos a cachaça que ele bebe mas não os tombos que ele toma. E como somos todos vizinhos de todos, fica difícil saber quem tem a razão.
Tudo isso para dizer que quando eu estou chateada, odeio que passem a mão na minha cabeça: "tudo vai ficar bem" ou "podia ser pior". Quero que reconheçam que está tudo uma droga, que vejam as coisas do meu ângulo. É claro que quase nunca acontece, porque a estratégia de resolução de conflitos das pessoas geralmente pára por aí... Hoje usei a tática do "podia ser pior" com alguém que veio reclamar comigo. Não devia. Mas em minha defesa tenho a dizer que minha cachaça é muito invejada, e dos meus tombos ninguém fala. Estou cansada.

sexta-feira, 14 de novembro de 2003

segunda-feira, 10 de novembro de 2003

Às vezes eu penso em fazer um doutorado mas aí eu sacudo a cabeça bem forte. Se até o mestrado gera posts como esse último, já pensou doutora???

Estou na dúvida entre postar letra de música e bater a cabeça na parede. A música, no caso, era aquela que dizia "tenho quase certeza que eu não sou daqui", com o que eu vejo como erro gramatical e tudo. Essa parte sempre me doeu no ouvido. Hoje tudo deu errado, no laboratório, claro. Vai ver que foi porque não almocei, comi só o tal do bagel que não é tão bom assim. Acho que vou ali bater a cabeça na parede rapidinho, pra esquecer da situação em que eu estou e tudo o que eu deveria fazer mas não quero. Meleca. Não quero. Se eu bater o pé no chão (além da cabeça na parede, já sabem) será que adianta?
Vou é dormir.

sábado, 8 de novembro de 2003

Parece mentira, parece um Alice no País das Maravilhas com chapeleiros jóias e gatos amigáveis, mas a verdade é que todo mundo com quem eu falo está procurando seu lugar no mundo, e eu achava que era só eu.

quinta-feira, 6 de novembro de 2003


Contei do Halloween? Eu era Emília, Gastón era Visconde.

quarta-feira, 5 de novembro de 2003

Kwaanza

Umoja- meaning Unity.
Kujichagulia- meaning Self-Determination.
Ujima- meaning Collective Work and Responsibility.
Ujamaa- meaning Cooperative Economics.
Nia- meaning Purpose
Kuumba- meaning Creativity.
Imani- meaning Faith.

Return again,
return again,
Return to the land of your soul.
Return to what you are.
Return to who you are.
Return to where you are
Born and reborn again.

sexta-feira, 31 de outubro de 2003

Ó, a bruxinha aí do lado deseja a todos um feliz dia.

quarta-feira, 29 de outubro de 2003

Ah, é. Demorou mas lembrei. Sempre me acontece isso, penso em um post e ele me escapa, ainda mais nesses últimos dias em que não tenho escrito nada. De qualquer maneira...

Meu pai é quem vêem obviamente em mim, na minha eterna mania de fazer "Lairzadas", na minha cabeça meio dura, na minha mania de levar canivete e lavar os pés antes de dormir. (E a prudência, meu Deus, a prudência!) Mas só esta semana pensei em duas coisas muito bacanas que minha mãe me ensinou.

Uma foi cortar couve. E eu nunca tinha me dado conta porque nunca tinha precisado cortar couve. Mas na feijoada de sábado, na casa da Fabi, o Amarildo me chamou num canto e falou: "Heloisa, dá um jeito ali que aquele trem que a Fabi tá cortando tá muito grande.". Eu fui com todo o jeitinho e pedi pra ajudar, e ele disse "É, Fabi, eu falei pra ela que essa couve que cê tá cortando não tá prestando não!". Aí eu tentei cortar fininho. Nem foi na mão que nem minha mãe faz, enrolando as folhas e cortando na horizontal, foi na tábua mesmo. Mas eu ensinei pruma americana o tamanho que tinha que ser e depois todo mundo elogiou. A Fabi refogou a couve comentando "olha só, eu tô reconhecendo quais fui eu que cortei!" e uma menina asiática deu os parabéns pela couve, disse que estava linda cortada fininho, e que isso não é fácil não, que ela sabe. Ela trabalhou no zoológico e tinha que cortar verdura prum pássaro, bem fininha, só assim que ele comia. A minha madrinha fala que a couve da minha mãe parece cabelo. A Ally, a americana que mora com a Fabi, disse que da próxima vez tenta do jeito certo, segurando a faca na horizontal.

A outra foi o respeito pelos livros. Eu sou insuportável com os meus livros. Pode até estragar um pouquinho de carregar na mochila, afinal "burro carregado de livro é doutor", mas fazer isso que fazem aqui, nunca! Meu cabelo se põe em pé cada vez que vejo alguém grifando um livro com caneta ou com aquelas canetas coloridas. "Mesmo que o livro seja seu, ele sempre pode ser usado por outra pessoa depois." Claro, o fato de eu ter usado livros da minha irmã em uma época em que eles estavam apenas começando a eliminar o formato com-espaço-pras-respostas também ajudou. Semana passada minha orientadora perguntou se fui eu quem marcou um livro que ela tinha tirado da biblioteca e me emprestado (marcado a lápis, forte, quase tudo, sem esperança de resolução via borracha), e eu tive o orgulho de dizer na lata: "não, isso eu não faço, porque minha mãe me ensinou".

Putz. Terminei de escrever o post e lembrei que a Bíblia da minha mãe parece uma mistura de carnaval da Sapucaí com propaganda de cruzeiro em Miami. Mas Bíblia não conta, né?

terça-feira, 28 de outubro de 2003

Hoje seria aniversário da minha avó que agora ia ter nome de cantora: Maria Rita.

Buenísimo, lo encontré hace un tiempo pero siempre es bueno tenerlo a mano: Diccionario Argentino-Español.

O cara que é considerado um dos maiores gênios de toda a humanidade escolheu para esposa uma mulher que era sua igual em conhecimento. O que isso diz?
(Que ela tenha levado um pé dele depois é só um detalhe, deixa pra lá. Mas pra dar o divórcio pra ele ela exigiu todo o dinheiro que ele viesse a receber caso ganhasse o Nobel. Que tal?)
O mesmo cara não deu a mínima pra tabus e casou depois com uma prima. Sim, de primeiro grau.
Hmmm...

O documentário não é sobre a prima (Elsa) e sim sobre a primeira esposa (Mileva). Excelente, da PBS, claro. O único porém são as reconstituições no melhor estilo "Caso Verdade", mas a gente releva.

Dia 15 de novembro (sábado) vão passar os três Indiana Jones seguidos aqui no cinema da universidade. Eu quero ir, mas o Gordo já disse que não vai. Alguém se habilita???

Eu já sei quem vai se habilitar...

Meu amigo Mohamad voltou, depois de 4 meses e meio preso na Síria, preso não, mas sem visto pra cá. Ele viajou 24 horas de avião e quando chegou ficou preso na imigração por 5 horas.
Mas o cara é tão gente boa que não esquenta com nada!!!

quinta-feira, 23 de outubro de 2003

A Luciana Misura tem razão e o mundo é pequeno mesmo.
Pois o cara que era roommate do meu então namorado (agora marido!) em Campinas tinha uma namorada que era de Recife, assim como ele. A gente tinha ficado sabendo que eles se casaram. Agora aparece um comment no blog com o nome dela (até aí tudo bem, até a Bündchen tem o nome dela, vai que a übermodel resolveu ler blogs) mas eu lembrava também do sobrenome. Vou lá na página, tem foto do casório e tudo. Eles agora moram aqui nos EUA. Ela pelo jeito veio parar na Maffalda através do blog dessa amiga que eu tenho que eu nem conheço pessoalmente mas que me foi apresentada pelo cara com quem eu estudei no colégio e cujo avô era amigo do meu avô. Agora o cara também é paciente da minha irmã, o que quer dizer que as coisas que eu não conto pra ele pelo msn a minha mãe ouve de mim e conta pra minha irmã e ele fica sabendo pela secretária do consultório.

Até agora não entendi se esse casal de amigos entendeu que Maffalda é Heloisa e vice-versa, vai saber.
O mundo é um lenço, isso sim.

Engraçado constatar que o feitiço virou contra o feiticeiro. Geralmente a que sai fuçando tudo e descobre coisas incríveis sobre pessoas improváveis sou eu. O pior é fazer cara de paisagem quando a pessoa que você googlou te conta uma suposta novidade sobre sua vida...

Gigi, ler blogs não é pecado não. Divirta-se.

Falando em carro, eu não sabia que a Volks seria a primeira a lançar um carro bicombustível. O lançamento do Fox foi em Curitiba.
Já que comecei com a propaganda, vou até o fim: compra um consórcio, vai!

Tudo o que você sempre quis saber sobre o Prius. O cara tem um diário contando TUDO sobre o carro, desde 2000. Ah, o site oficial é aqui.

Dona Lúcia dizia: sejam autênticos!
Agora eu entendi...

Tomar chá de pirlimpimpim sozinha já é uma coisa, mas dar chá de pirlimpimpim pra uma criança inocente é covardia!

quarta-feira, 22 de outubro de 2003

Só pra não perder o costume: coluna sobre Buenos Aires da Janaína Figueiredo, no Globo. Publicada em 16 de outubro de 2003.

         VIDA NOTURNA
         O melhor do tango no Piazzolla
         No próximo dia 21, será inaugurado, em Buenos Aires, o Piazzolla Tango, centro de artes e espetáculos, em homenagem a um dos grandes mitos da música argentina, Astor Piazzolla. A casa, localizada num dos prédios mais antigos do centro da capital argentina (a Galeria Guemes), será um templo dedicado ao tango e a um de seus mais importantes intérpretes. Escola de dança, museu, café, livraria e uma loja de vinhos, tudo numa atmosfera dominada pelo ritmo mais tradicional do país. São três mil metros quadrados dedicados inteiramente ao tango, a sua história e seus músicos. No museu os visitantes poderão ver objetos que pertenceram a Piazzolla, fotos do músico, partituras e roupas. No teatro, inspirado no Moulin Rouge de Paris, serão apresentados espetáculos de tango. A decoração do salão é lindíssima: mesas de madeira, vitrais e um pequeno palco, que remete à época áurea do teatro argentino. O mestre do bandoneón nasceu em 11 de março de 1921 e morreu em 4 de julho de 1992, vítima de uma trombose cerebral. Seus 71 anos foram mais do que suficientes para marcar a história do tango. O Piazzolla Tango fica na Calle Florida 165. Tel.: 0810-333-TANGO. Site: <www.piazzollatango.com>
         ARTESANATO
         Feira hippie em Palermo Viejo
         Se aos domingos o centro turístico por excelência de Buenos Aires é a feira de antigüidades de San Telmo, aos sábados existe uma alternativa diferente, e igualmente interessante: a feira hippie da Praça Serrano, localizada no coração do bairro de Palermo Viejo. Qualquer semelhança com a feira de Ipanema é apenas produto da imaginação (será?). Brincos, colares, anéis, velas coloridas, bolsas de pano, enfim, artesanato nacional. O mais legal é que em bares e restaurantes localizados em frente à praça, todos os fins de semana são organizadas feiras hippies, onde o turista pode encontrar roupas modernas a preços mais do que acessíveis. Camisetas por 15 pesos, bolsas por 20 e calças por 35 pesos. Vale a pena dar uma conferida.
         OFERTA
         Sapatos a preço de banana
         Como seu nome indica, a Pague Menos é uma loja de sapatos que oferece promoções de dar água na boca. Botas femininas entre 60 e 90 pesos e sapatos masculinos entre 50 e cem pesos. É o lugar ideal para quem gosta de procurar boas ofertas e perder alguns minutos em busca de preços mais baixos.
A Pague Menos fica na Gascón 689 (perto do shopping Abasto). Tel.: 4861-3778.
         GASTRONOMIA
         Romário brilha entre os restaurantes portenhos
         Apesar da eterna rixa entre argentinos e brasileiros, sobretudo quando o assunto é futebol, uma das pizzarias mais famosas de Buenos Aires leva o nome do atacante brasileiro Romário. E não é apenas um único restaurante, mas uma rede com casas espalhadas pela capital argentina. A Romário é um dos principais pontos de encontro da cidade. Ambiente divertido, pizza deliciosa e preços pouco salgados. Um jantar para quatro pessoas custa, em média, 45 pesos. Uma das sucursais mais freqüentadas fica na Juncal 2.124, no Bairro Norte. Tel.: 4827-0506.
         Já para quem prefere pratos asiáticos, o restaurante Sudestada é a melhor opção na capital argentina. A cozinha é comandada pelo vietnamita Ngueyen Ahn Thang, uma das grandes atrações do lugar. É ver — e provar — para gostar. Endereço: Fitz Roy, esquina com Guatemala (Palermo). Telefone para reservas: 4776-3777.

sexta-feira, 17 de outubro de 2003

Ando preguiçosa blogmente mas queria dizer - se não perceberam ainda - que o poema manuscrito aí de baixo é da Helô do blog BananaEtc, só a caligrafia é que é minha, muito pior que a dela, diga-se de passagem.

sábado, 11 de outubro de 2003

Se eu contar que sonhei que estava almoçando com as Mothern ninguém acredita, acredita?

quarta-feira, 8 de outubro de 2003

Descaradamente copiado da Helô.


Eis aqui minha caligrafia
Muito pior do que já foi um dia
Resultado de só digitar
Endureceu o indicador
O dedo médio, o polegar

Que venham os grafólogos!
Os analistas, os psicólogos
Tirem-me desse tormento
Revelem o meu temperamento

Observem as torções
O tamanho, as inclinações
Façam suas interpretações
Tirem suas conclusões

Digam até a minha idade
Revelem os traços
As características
Da minha discreta personalidade

Nada tenho a esconder
O que temer, o que perder
Minha letra, minha alma
Minha alma, minha palma.


Escrito por Helô. 7/10/03

après Helô (http://bananaetc.blogger.com.br)

E também é um pincel de literatura molhado nas tintas da minha adolescência, o escrito que traduz demais e quase não posso ler por medo de me achar também. Parece com tarde de sábado lendo no sofá e perfume caro com blusa grossa e blue jeans.

Ter amigos é bom, mas ter amigAs para falar bobagem é o que há!

terça-feira, 7 de outubro de 2003


Lindo, lindo...
Você pode brincar de boneca de papel (lembram?) com Huck Finn e muitos outros personagens...

segunda-feira, 6 de outubro de 2003

O que os homens pensam?

"As a culture, we've made profound mistakes in the last few decades by assuming that men were unnecessary. Many people have even gone so far as to negate or dismiss what is at the core of a man"

Sabia, também, que o primeiro passo que desse colocaria em movimento sua máquina de viver e ele teria, mesmo como um autômato, de sair, andar, fazer coisas, distanciar-se dela cada vez mais, cada vez mais.

O que a gente faz quando uma pessoa mais que conhecida, amiga mesmo, está passando por um redemoinho emocional, tomando um caixote da vida? Eu choro, na falta de coisa mais útil a fazer.

sábado, 4 de outubro de 2003


Já viu? Pois veja. Vi ontem. Ela é linda.

sexta-feira, 3 de outubro de 2003

Como irritar seu marido (de brincadeirinha):
Diga uma besteira absurda com um ar muito sério, de quem acredita mesmo naquilo. Por exemplo, que quando você dá descarga no avião tudo é ejetado pra fora. Ele vai ficar apavorado de você acreditar naquilo e tentar lhe demover da idéia (por exemplo dizendo que dejetos congelados podem se transformar em perigosos projéteis). Continue até não conseguir segurar o riso.
Como irritar seu marido (a sério):
Faça isso no meio de uma discussão, dizendo alguma coisa do tipo "sim, eu acho que você deveria beijar o chão que eu piso porque eu sou muito boa pra você e minha comida é ótima." Se ele perceber que você está brincando pode ser que ele ria e a discussão seja esquecida no meio. Se ele acreditar, prepare-se para uma fuga rápida.

(Não tente isso com esposas porque elas não vão tentar te convencer de nada, vão só achar que você é muito bobo, e provavelmente não vão ter espírito esportivo no segundo caso.)

Tomei 2 copos de café, dos grandes, americanos. Uns 500-600ml, ao todo. Tô quicando!


Assistam ao filme da mocinha que minha mãe achou parecida comigo! Eu recomendo!!!

É, mas melhor que o Gastón, que os hispanofalantes daqui acham que é brasileiro e quando vai à Argentina os balconistas das lojas perguntam: onde você aprendeu castelhano?? Fala tão direitinho...

Um turco perguntou se eu era belga ou francesa.
Um indiano perguntou se eu era turca.
Diferentes americanos perguntaram se eu era alemã, russa, iraniana.
Um israelense perguntou se eu era israelense.
Um americano filho de brasileira disse ah, é, você fala mesmo igual à minha mãe.
Só um iraniano - apaixonado por futebol - adivinhou de cara que eu sou brasileira.

quinta-feira, 2 de outubro de 2003

Mudei o nome de duas imagens que estavam trazendo muitos googleiros para cá. Uma delas porque tem copyright, é uma foto de autoria da maravilhosa Loris Machado. Não é justo que ela seja vista assim, à toa, numa busca qualquer, por vai saber quem. A outra imagem trazia incontáveis pessoas de língua espanhola, mas cansei da atenção. Não quero ser só mais onze rostinhos bonitos...

Falando em No Mínimo. Vai parecer bobo, vai parecer que eu estou carregando bandeirinha (pra variar), mas é raro ver um artigo relacionado à Argentina que não faz nenhum, nem unzinho, comentário pejorativo sobre os nossos vizinhos. Carla Rodrigues de parabéns. (Meg não erra, né não, Megzinha?) Agora eu quero ver os filmes!!!

Poucos países no mundo têm uma história de braços abertos para imigrantes quanto os Estados Unidos. Estrangeiros construíram o país durante todo o século 20, com seus talentos artísticos e científicos, com sua riqueza e vastidão cultural. Mas, tolerante por um lado, sempre olhou também com desconfiança o que veio de fora, sempre o separou. Depois de duas, três gerações, continuam ítalo-americanos, irlandeses-americanos, afro-americanos, hispânicos. Quem não é Wasp, descendente direto dos ingleses puritanos, continua estrangeiro por mais de século.
Exato, exato. Pedro Dória, claro, no artigo sobre Elia Kazan.
Ele recentemente assumiu (ou eu por ele, dá na mesma neste mundo virtual) a paternidade do meu blog, junto com Cris Dias. Pois é, meu blog tem dois pais! Esse mundo muderno...

(O que eu não faço pra me encaixar na vasta genealogia de Chico Dória... tsc...)

quarta-feira, 1 de outubro de 2003

terça-feira, 30 de setembro de 2003

Fui ali, volto já. Tenho que contar da moça da Nasa, do texto sobre a novela, daquela frase perfeita do Pedro Dória, de um daqueles poemetos do Eduardo Galeano, das novas adições ao caderno amarelo, e postar uma foto do meu livro que eu encapei com todo o carinho. Em breve.

quinta-feira, 25 de setembro de 2003

Mas os meus cabelos...

I found Nemo!

Tendo a lua (Herbert Vianna)

Eu hoje joguei tanta coisa fora
Eu vi o meu passado passar por mim
Cartas e fotografias, gente que foi embora
A casa fica bem melhor assim

O céu de Ícaro tem mais poesia que o de Galileu
E lendo os teus bilhetes eu penso no que fiz
Querendo ver o mais distante sem saber voar
Desprezando as asas que você me deu

Tendo a Lua aquela gravidade
Aonde o homem flutua
Merecia a visita não de militares
Mas de bailarinos e de você e eu

Eu hoje joguei tanta coisa fora
E lendo os teus bilhetes eu penso no que eu fiz
Cartas e fotografias, gente que foi embora
A casa fica bem melhor assim

Tendo a Lua...

Rest, sweet nymphs

1. Rest, sweet nymphs, let golden sleep
Charm your starbrighter eyes,
Whiles my lute the watch doth keep
With pleasing sympathies.
|: Lulla lullaby, lullaby!
Sleep sweetly, Sleep sweetly,
Let nothing affright ye;
In calm contentments lie. :|

2. Thus, dear damsels, I do give
Good night, and so am gone.
With your hearts' desires long live,
Still joy and never moan.
|: Lulla lullaby, lullaby!
Hath pleased you And eased you
and slumber sweet seized you.
And now to bed I hie. :|

(Música que não sai da cabeça, que Malu me ensinou faz muito muito tempo.)

Ontem eu até que trabalhei! Não é incrível??

segunda-feira, 22 de setembro de 2003

Parabéns! Te amo, mesmo viejito...

domingo, 21 de setembro de 2003

Voltoooooou! A luz voltoooooou! 1 da tarde...
Agora é criar coragem e abrir a geladeira. Tem coisas crescendo lá que eu nunca vi na vida!!!

(Acho que falei demais... Tá 'cendeno, 'pagano, 'cendeno, 'pagano...)

sábado, 20 de setembro de 2003

Nova dupla sertaneja:
Terremoto e Furacão.

Update da Pepco:

As of 2:30 p.m. today the following outages are reported on the Pepco system:

District of Columbia: 87,000
Montgomery County 155,000
Prince George's County 128,000


Estão dizendo que praticamente todos os usuários terão sua eletricidade restaurada antes de sexta-feira. Como assim???

Mais Janaína Figueiredo:

HOSPEDAGEM
Um hotel pop
Em Buenos Aires, existem dezenas de hotéis, mas nem todos são iguais. Fora do circuito de hotéis do centro da cidade, e da refinada Recoleta, existem algumas alternativas mais modernas, destinadas a turistas que preferem um estilo mais informal. O hotel Boquitas Pintadas, localizado no charmoso bairro de San Telmo, é um claro exemplo desta nova tendência. Foi inaugurado em fevereiro de 2000 por dois alemães, Heike Thelen e Gerd Tepass, que se apaixonaram pela capital argentina. O lugar é definido por seus donos como um hotel pop. "Buscamos misturar princípios estilísticos e estéticos muito definidos. A arte do conforto com a dinâmica dos excessos", contaram Heike e Gerd. O Boquitas Pintadas é muito mais do que um simples hotel fashion. Na mesma casa (uma espécie de casarão, similar aos que podem ser vistos em Santa Teresa) funciona uma galeria de arte, um bar e um restaurante. Nos fundos do hotel, um jardim com piscina, inspirado nas belas praias do Havaí. O nome do hotel é uma homenagem à principal obra do escritor argentino Manuel Puig, primeira novela latino-americana que Heike e Gerd leram. O preço da diária varia entre 135 pesos (quarto de casal) e 280 pesos (suíte de luxo). Detalhe: nada de acordar cedo para tomar café da manhã. No Boquitas Pintadas, o café pode ser servido a qualquer hora, já que os hóspedes, dizem os donos, devem ter a liberdade de dormir até a hora que consideram necessária. Endereço: Estados Unidos 1.393. Reservas: 4381-6064. <www.boquitas-pintadas.com.ar>.
TEATRO
Festival reúne grandes companhias
Esta semana começou o Festival Internacional de Buenos Aires, um mega evento que contará com a participação de companhias teatrais de vários países, inclusive do Brasil. Serão apresentados 15 espetáculos internacionais, com destaque para “Oh, les beaux jours” (Os dias felizes), de Samuel Beckett, “Ni sombra de lo que fuimos”, do grupo espanhol La Zaranda, e obras da prestigiada Berliner Ensemble, companhia alemã fundada por Bertolt Brecht e Helene Weigel, que apresentará “Artaud erinnert sich an Hitler und das Romanische Café” (Artaud lembra Hitler e o Romanische Café). O Brasil será representado, entre outros, pelo espetáculo “O homem dos crocodilos”, ópera de Arrigo Barnabé. Os ingressos, que custam entre 8 e 18 pesos, serão vendidos em diferentes sedes do Complexo Teatral de Buenos Aires: Corriendes 1.530, Córdoba 6.056, Pedro de Mendoza 1.821 e Avenida. Sarmiento 2.715.
CONFEITARIA
Um lugar com muita história
Na esquina das ruas Rivadavia e Medrano, no bairro de Almagro, está localizada a confeitaria Las Violetas, uma das mais antigas e tradicionais de Buenos Aires. Fundada na primavera de 1884, a confeitaria sempre foi um ponto de encontro escolhido por artistas, políticos e intelectuais. Por lá passaram figuras como Carlos Gardel, a poetisa Alfonsina Storni e o escritor e jornalista Roberto Arlt. Um pedaço de História argentina.
RESTAURANTE
Esta é a casa da moda
Todos os anos surge algum restaurante novo em Buenos Aires, que passa a ser o favorito de portenhos e turistas, durante algum tempo. Nos últimos meses, o mais freqüentado foi o restaurante Sucre, localizado no bairro de Belgrano. O lugar é muito agradável. Decoração de extremo bom gosto e excelente atendimento. Um jantar custa, em média, 30 pesos por pessoa. Endereço: Sucre 676. Telefone para reservas (fundamental): 4782-9082.

COMPRAS: A marca de sapatos Ricky Sarkany é o mais novo xodó das argentinas. Modelos únicos, exclusivos e, principalmente, muito fashions. Além das celebridades locais, figuras como Naomi Campbell, Claudia Schiffer, Salma Hayek e a brasileira Sônia Braga já adotaram a grife argentina. A Ricky Sarkany está nos principais shoppings de Buenos Aires (Patio Bullrich e Paseo Alcorta), mas o ideal é dar um pulo no outlet (calle Cramer 3.664, bairro de Saavedra).

Escrever rápido antes que Dory esqueça:

Morar fora do seu país é ótimo para aprender uma outra língua, mas também é um aprendizado de silêncio. De entender quando você não vai ser entendido, quando o lugar, a pessoa, o momento são errados. De saber que aquela frase tão esperta que você ensaiou tanto na sua cabeça vai ser seguida de um "excuse me?" ou "now, what's that?" e um clima arruinado. De sacar que a história, ou pior ainda, o ditado de que você gosta tanto vai perder muito ou tudo na tradução.

A gente viaja tão longe, pra aprender a ser mineiro...

Se alguém tentou me ligar, não conseguiu. Fui a uma festa da universidade chamada All Niter (vi Nemo de novo, de grátis!) e a secretária eletrônica não atende porque a luz não voltou ainda...

sexta-feira, 19 de setembro de 2003

A estátua do Jim Henson no campus vai ser instalada dia 24. Ele é o ex-aluno mais ilustre da Universidade de Maryland.

Aquela conchinha tão linda que eu - aos quatro anos - catei na praia não acordou na minha mão. Teve minha mãe que explicar que sonho é assim!

Há um tempo todo mundo linkou um tal site que dava o resumo dos filmes em uma, no máximo duas frases. Tem umas discussões na vida da gente que tinham que ser assim. Situações que se prolongam por dias, semanas, meses, e poderiam ser resumidas em diálogos mínimos.
- Eu preciso da sua ajuda.
- Mas você está me prejudicando.
- Deixa de ser egoísta. Eu preciso da sua ajuda.
- Mas você está se prejudicando.
- A minha vida é uma droga. Você não me entende. Deixa pra lá. Eu não preciso mesmo de você.

Pepco Damage Assessment Shows Unprecedented Devastation;
Restoration Time Is Estimated as at least a Week

Sept. 19, 4:00 p.m. Update


Pepco is in the process of conducting a full-scale damage assessment throughout its service territory using personnel patrolling feeder lines on foot, in vehicles and in helicopters, and local government reports. The initial survey indicates that a massive effort in each portion of the service area – the largest ever undertaken by Pepco -- is required to restore service to the more than 500,000 customers who lost power in the wind and rain brought by Hurricane Isabel.

As of 1 P.M. today about 531,000 Pepco customers were without power, well more than 2/3 of Pepco’s customer base of 720,000 and by far the highest number to lose power in Pepco’s history.

Preliminarily we had reports of the following damage: more than 1,000 wires down; 380 feeder lines locked out; five substations down; and more than 3,000 transformers out. These numbers will probably increase, possibly substantially. Due to the extensive and unprecedented damage, it could be a week or more before everyone’s service is restored. The damage in our area is consistent with reports from other utilities in the mid-Atlantic region where more than 7 million people are without power in areas of North Carolina, Virginia, the District and Maryland.

As of 4:00 p.m., the following outages are reported on the Pepco system:

District of Columbia: 105,000
Montgomery County: 227,000
Prince George's County: 165,000
Total: 497,000 customers

Crews began work at 2 a.m. and Pepco now has more than 700 crews in rotating 12-hour shifts. Pepco personnel are conducting a damage assessment to determine how long the restoration process will take. We expect this information will be available later today

Pra você que está do outro lado do mundo andando de cabeça pra baixo:
o servidor wam não estava funcionando ontem e eu achei que você não estava lendo seus emails,
além disso liguei pro seu hotel e disseram que você tinha ido embora!
Bocoió!
Tô sem luz e sem água quente, te vejo no aeroporto (fedidinha e com um pé de cada sapato)!

quinta-feira, 18 de setembro de 2003

Vou desconectar tudo agora e esperar a tempestade passar...

Estarei condenada a chorar como uma bezerra cada vez que ouço A Novidade???

quarta-feira, 17 de setembro de 2003

Sim, Anna, tem um furacão chegando...
Esse furacão é o mesmo que esteve nas Bahamas há pouco tempo, e seu olho vai bater na costa de North Carolina amanhã ao redor do meio-dia. Hoje já está começando a tempestade (a "borda" do furacão). Aqui em Washington DC e Maryland a tempestade está prevista para começar na quinta à tarde ou à noite, não sei direito. Lá na costa as pessoas estão comprando madeira pra vedar as janelas e a porta da garagem - uma vez que o vento entra, arranca tudo. Aqui parece que vai chover canivete, e meu orientador já disse pra todo mundo fazer backup dos arquivos de dados dos experimentos e colocar os cadernos de laboratório nas gavetas.

You should also make sure that all of your data are kept safe. Lab
notebooks, graphs, diskettes, papers, etc. should all be kept in drawers or
cabinets. Data on computer should be backed up. Your data are very
important to you and result from months (years), many many years ([fulana]?) of
work and would be very difficult to replace. Be aware that windows could
break, rooms could flood, and how this would impact you and your work if
this should happen. (We saw this happen when the tornado hit at USDA 2
years ago. Lab windows were broken and some papers and books that were
sitting on bench tops were never found.)


Eu tenho lanternas em casa, só não tenho rádio a pilha. Qualquer coisa me escondo no banheiro!

terça-feira, 16 de setembro de 2003

Olha aí o que vem chegando...

O Benigni se safou com Buon giorno principesa! porque todo mundo sabia que o filme acabava em tragédia, sim ou sim.
O Léo Jaime veio com essa de Alô mocinha! e era até simpático, o cara escrevia mesmo na Capricho e as leitoras eram, afinal de contas, mocinhas.
Joey e seu inacreditável how you doin'? sobrevivem na série de tv, com claques ao fundo.
Mas cuidado! Se você está paquerando alguém, mesmo, veja bem, mesmo que ela tenha gostado muuuuuuuuito da primeira vez que você a chamou de mocinha, de princesa, de gatinha, de doce de coco, de Narizinho: não tente fazer uma marca registrada. Dá certo em filme de segunda guerra, dá certo pro roqueiro na Capricho, mas você, meu caro, você não banca. Vai virar o chato de galochas que diz sempre a mesma coisa. E se escrever, então, vai virar motivo de chacota. Vai embrulhar o estômago da Narizinho. Se toque, meu amigo! Um pouco de criatividade...

[Pronto. Exorcizei. Não reclamo mais.]

Cena número 1: duas pessoas numa mesma sala de aula, cumprimentando-se ocasionalmente à entrada ou saída. (Montagem de cenas para sugerir passagem de tempo igual a um semestre (outono) ou 4 meses aproximadamente.)
Cena número 2: Primavera. O rapaz usa uma camiseta com uma bandeira, a moça passa e diz: bonita camisa. Ele diz eu estive lá, e ela pergunta em que bairro, o que ele fez, etc. Ele responde, e diz que tem fotos.
Cena número 3: O próximo outono. Eles se vêem no corredor, dizem oi.
Cena número 4: Eles se encontram na saída de uma aula, ela diz que ainda quer ver as fotos (erro), dá o email (erro total). Ela acha que usar aliança é o suficiente para as pessoas não serem maliciosas. Tolinha.
Email número 1: Ei! É o Fulano. Achei minhas fotos do Rio se você quiser passar por aqui e vê-las esta noite. (um número de telefone)
Passagem de tempo: Uma semana, ela rindo e impressionada como ninguém mais olha a aliança estes dias, pô! Uma amiga diz que isso que dá casar jovem. Pensando como escrever um email e dizer sutilmente pro cara se tocar que não rola.
Email número 2: (7 dias depois) Ei! Eu tentei mandar um email [aqui um fragmento de palavra sintaticamente incompreensível, o que indica que ele editou o email. Oh, não!] semana passada e eu acho que anotei seu email errado. De qualquer maneira, eu achei minhas fotos do Rio se você quiser passar aqui e vê-las. Me liga (número de telefone). Fulano.
Cena número 5: Ela agarrando a deixa no ar e escrevendo rápido de volta.
Email número 3: (dela pra ele) Oi, Fulano, desculpe! Eu recebi seu email mas a semana passada foi louca porque meu marido estava para viajar. Você não pode trazer as fotos para a gente ver elas no campus? Até mais! Beltrana. [note o recurso esperto: "a gente" pode ser "eu e você" ou "meu maravilhoso marido, eu e você"]
Aguardem cenas do próximo capítulo. Se houver. Deve até ter feito tóim esse fora na testa dele, mas isso é pra aprender o que as mulheres já sabem há séculos: pé atrás com qualquer coisa que se pareça com uma aliança.

Até mais ou menos os 20 anos, eu pensava que quando eu tivesse uma filha iria dar o nome de Isabel. Um amigo meu, aquele do blog-se ferozmente, me disse: Ih, Helô, faz isso não! Quando perguntei o motivo, ele explicou logo: Nunca reparou que Isabel sempre tem mau gênio? Pelo sim, pelo não, melhor evitar, né? O nome, digo...
Pois é, agora tem um furacão vindo na nossa direção. O nome? Esse mesmo: Isabel.

Sábado ficamos o dia inteiro enrolando para arrumar as malas do Gastón. Ele ia sair na madrugada de domingo, às 3:40, pra pegar o avião das 7. Claro que depois de tanta preguiça, a luz acabou (de novo) e o telefone pifou (de novo) e nós acabamos arrumando tudo com lanternas, no escuro. Fui uma boa espoUsa e acordei às 3 da manhã!
Agora quero saber como ele está...
Meu pai perguntou se ele tinha treinado.
- Pra quê, pai?
- Pra andar de cabeça pra baixo lá!

segunda-feira, 15 de setembro de 2003

Testudo é o nome do mascote da universidade. Tem um teste pra ver quem vai ser o mascote nos jogos, vestir a fantasia de tartaruga. Muito engraçado:

"When you say you can't go to the game, and your friends are like, 'Why?' You'd be like 'Um, I have to wash my pants,' or something," Markowitz said. "It's like being superman."

sexta-feira, 12 de setembro de 2003

Caminhando e cantando...

Link tirado lá do Hiro. Engraçado ver a mocinha balançando os quadris, os ombros que se tensionam de preocupação, o caminhar duro do homem apressado. Simpático.

Para você, que diz que mata um leão por dia, mas é a própria leoa dramática...

Pérola Negra
(Luiz Melodia)

Tente passar pelo que estou passando
Tente apagar este teu novo engano
Tente me amar pois estou te amando
Baby te amo nem sei se te amo

Tente usar a roupa que estou usando
Tente esquecer em que ano estamos
Arranje algum sangue escreva num pano
Pérola negra te amo, te amo

Rasgue a camisa enxugue meu pranto
Como prova de amor mostre teu novo canto
Escreva no quadro em palavras gigantes
Pérola negra te amo, te amo

Tente aprender tudo mais sobre o sexo
Peça meu livro querendo te empresto
Se inteire da coisa sem haver engano
Baby te amo, nem sei se te amo
Pérola negra te amo, te amo
Meu amor...

quarta-feira, 10 de setembro de 2003

Quer ouvir O tempo não pára em argentino? Bersuit Vergarabat. Pode confiar.

Dois sonhos engraçadíssimos!!!

Memória do nariz

Ele me disse: "se o seu nariz cair você deixa de existir". Eu pensei que me estava chamando de nariguda, mas não: era referência a um comentário meu. Troquei de hidratante para o rosto, agora fui usar o velho e desacostumei com o cheiro, cada vez que o sinto me lembro do inverno, quando eu o usava direto. Já tinha dito coisas parecidas, sobre o cheiro dos biscoitos de gengibre, por exemplo.

Ele acha que só eu que sou assim, e garanto que não: todo mundo, menos ele.

E vocês?

segunda-feira, 8 de setembro de 2003

Não agüentei ficar até amanhã sem comments.

Mais um diálogo romântico.
No carro.
Ele diz a ela, ao ver mocinhas correndo pelas calçadas exercitando-se neste final de verão:

- Quando você vai começar a correr?
- Quando alguém me perseguir.
- E se eu te perseguir?
- Aí eu não corro.

sexta-feira, 5 de setembro de 2003

Dinossauros, uni-vos!

Recebi este testezinho de uma amiga da Unicamp. Sendo uma bixete 95 e tendo estudado lá até o fim de 2001, fiz 20 pontos. Alguém pode me explicar agora por favor o que é Smurfão??

DINO IDENTIFICATOR TABAJARA

Este teste foi desenvolvido para que qualquer um descubra se é ou não um dinossauro no seio da Universidade Estadual de Campinas. Cada situação vivenciada vale um ponto; anote o total de pontos para que no no final você descubra o seu nível de dinossauriedade.

1) Não haviam alambrados ao redor da Unicamp
2) Você bandejava no Restaurante I, ao lado da Reitoria
3) Você tomava café da manhã no CABS Grill
4) O CABS Grill existia
5) O PB não existia quando você entrou na Unicamp
6) Não havia malex na BC; tinha um funcionário (Belê - in memoriam) que guardava as mochilas e dava uma senha para retirá-las depois
7) A matrícula semestral não era feita pela internet.
8) A cerveja Cintra custava R$ 1,00 no Bar do Frango
9) Você bebia no Bar do Frango
10) A passagem de ônibus em Campinas custava R$ 1,00 e você comprava o vale-transporte com 10 unidades por R$ 8,50
11) Não existia o Pão de Acúcar de Barão Geraldo
12) O atual Campinas Hall se chamava Lampião, que se chamava Cabral que se chamava Pachá
13) A Ponte Preta estava na segunda divisão
14) A Unicamp não disputava a Engenharíadas, simplesmente porque ela não existia
15) Você sabe o que é pré-requisito parcial
16) Não existiam a Arquitetura e a Mecatrônica
17) Não existia o Smurfão da Civil
18) Existiam 2 papelarias no Ciclo Básico
19) Existia uma farmácia na BC (e uma "videolocadora" também)
20) Vendia-se Malt-90 no Bar da Química
21) Você correu a Maratoma entre 4 e 7 vezes
22) Uma das melhores baladas da Unicamp era a Novalgina
23) As ruas de Barão Geraldo eram numeradas, não tinham nome de gente
24) A matrícula dos bixos era no ginásio
25) O Camões era o cachorro mais famoso da Unicamp

Resultados
0 - 5 pontos: você não passa de um reles bixo
6 - 10 pontos: você já trocou de república 3 vezes
11 - 15 pontos: a molecada já te chama de tio(a)
16 - 20 pontos: o seu filho vai prestar o vestibular da Unicamp
21 - 25 pontos: O Zeferino Vaz tomava cerveja com você no Bar da Coxinha

Feliz Aniversário,
Mõe!!!



Essa moça aí é a minha Mõe, que tá fazendo uma idade redondinha que nem parece!!!
Daqui a pouco ela vem me visitar, êba!

quinta-feira, 4 de setembro de 2003

quarta-feira, 3 de setembro de 2003

Looooord! Give us power!



Essa mulher é o que há e mais um pouco. E a voz?
Quem sabe eu aprendo...

terça-feira, 2 de setembro de 2003

Matemática.

4 temporadas de Sex and the City. 12 episódios na primeira, 3 x 18 nas outras, total: 66 episódios.
Cada episódio, 22 minutos. Mas na tv a cabo passa com propagandas, fazendo um total de 30 minutos.
Isso quer dizer que são 8 minutos de propaganda por episódio, totalizando 66 x 8 minutos de propaganda, que são 66 x 8 / 60 = 8.8 horas de propaganda. Que nós não vimos porque assistimos tudo em DVD. Vale a pena ou não vale?

segunda-feira, 1 de setembro de 2003

Calvin blogueiro.
Calvin blogando

Promessa de email.

Blog-se ferozmente e aguarde que neste fim-de-semana vai. Mas vai demorar umas 2 horas escrevendo, e parar no meio desta roda-viva aqui em horário de expediente e dias normais é impossível...

O email veio (olha a rima! estou poética!) e parecia mais de três horas.

Kevin Arnold e Winnie Cooper continuaram amigos depois da série? Espero que sim.

Blog-se ferozmente...

Alguns colegas de Campinas, da Física, tinham um projeto muito bacana. Não de pós-graduação: de vida. Um grupo de amigos, dez, quinze pessoas, se juntou para comprar um terreno em uma cidade próxima. A idéia era construir algumas casas, morarem todos pertinho, uns criando os filhos dos outros, uma horta, uma comunidade. Claaaro, tem gente que diz que são loucos, que isso é sonho. Mas dos sonhos pra viver, achei um dos melhores. Tem tudo pra dar errado, mas se der certo, ao menos por um tempo...
Quando vim embora, eles já tinham limpado o terreno, construído uma cabana para guardar o material de construção, projetado o lugar de cada coisa.
Eu sonho de cá minha vila, com comadres e compadres em todos os lados, e alguns quartos de hóspedes. A minha não existirá, mas torço pela deles. Como andará?

quinta-feira, 28 de agosto de 2003

Meus amigos são qualquer coisa...

Vários tocam em banda, um faz intervenções urbanas que viram curta-metragens, outra dá aulas de francês em Nova Iorque, outra trabalha em exposições amplamente noticiadas, outra tem histórias loucas de postos de saúde, outra participa de competições de judô, outro atravessa os States de carro pra ir pra Berkeley. Eles também se desdobram: fazem websites, dão uma de babá, têm blogs, trabalham como jornalista pra cursar psicologia, são voluntários em museus, dão aula de informática, mergulham, namoram, fazem ginástica, vendem coisas, casam-se, mudam-se, fazem performance, têm filhos, viajam, compram toneladas de cds.
Não necessariamente nessa ordem.

Minha cabeça tá ficando pouca pra tanta novidade.

Brooklyn

A garota durona aqui esteve no Brooklyn. Conferência. Só 45 pessoas, a organização foi um desastre. Não, deixa eu começar do começo.
Viagem de Amtrak, uma moça linda do meu lado, vestida toda tipo feira hippie-BH. Eu pensando: essa aí é da Califórnia. De onde você é? Ela: de muito, muito longe, da América do Sul! Era argentina, e a irmã e o cunhado moram aqui em Baltimore, tomara que nos procurem.
Chego lá, encontro uma amiga de Sion, andamos pra caramba mas eu não vi nada, estávamos tão distraídas na fofoca. Ela pagou jantar pra mim às 5 e só nos despedimos às 9, acho que ela estava morrendo de fome, só me dei conta depois. E até treinou minha apresentação comigo!
Dia seguinte, a conferência. Gostaram da minha apresentação, yes!
No outro dia, terminou cedo, vim pra casa. Meus pés estavam me matando, dei uma de valente, só levei salto alto. Usei o tempo todo a calça que a Beta me ajudou a escolher (obrigada, amiga!).

Por causa das recentes tempestades, minha casa está só com meia fase de luz desde terça à noite. Isso significa que tudo em casa está ligado em extensões que vão dos lugares mais esquisitos aos mais esdrúxulos, fora a extensão que está conectada de uma das nossas tomadas à geladeira dos vizinhos, que não têm luz nenhuma. E banho quente nem falar, fomos à casa dos nossos amigos pra lavar as partes. Ninguém merece.

sábado, 23 de agosto de 2003

Foi! Foi pra conta!!!

(era propaganda de netbanking do Itaú, né? Era?)

Diálogo de há tempos, com uma amiga muito querida... Ela me diz:

- Ah, sabe quem eu encontrei outro dia*? O Rafael, lembra?
- Ah, ééé... O Rafael! O que virou dele?
- Olha, virou um pedaço de mau caminho!!!

* Tratando-se da pessoa em questão, "outro dia" pode ter sido ontem ou há um ano.

Será que a mãe dele já descobriu o buraco que o pedal da bateria fez no carpete embaixo da cama?

sexta-feira, 22 de agosto de 2003

Dá só uma olhadinha na concorrente do Arnold!
Notícia tirada do Clarín e confirmada pelo Washington Post.

Hoje eu queria me enrolar em palavras, fazer um crochê das frases boas.
Mas não vai dar. Hoje, o embuste sou eu.

Eu sou a guardiã do castelo.

Tchururu! ;)

quarta-feira, 20 de agosto de 2003

Na minha pasta "bulk mail" do Yahoo, oito vírus. Oito!


Shredder.
Papel inteiro de um lado, tirinhas de papel do outro.
Ótimo para: cheques cancelados, recibos de banco, declarações de imposto de renda vencidas, cartas de amor de ex-namorados, correio não solicitado, ou para satisfazer impulsos destrutivos.
Melhor do que rasgar.
Forward vai pra frente, Backward vai pra trás e desengasga os papéis que ficarem entalados, Auto On só funciona quando você coloca papel. Cuidado. É viciante.
Bzzzzzzzz!

Acho que acabei de publicar o post mais comprido da vida deste blog. Se não tiver saco, não leia. Eu recomendo principalmente à minha mãe, que não leia. Depois você vai ficar com remordimento, mãe, que eu te conheço, vai ficar dizendo "ai, minha filha, tem que perdoar...". Tem nada que perdoar não, mãe, minha experiência de vida assim enquanto-adolescente-revoltada não teria sido a mesma sem esse episódio.

Falando em reminiscências... Fui me lembrar de uma coisa que pareceu um pesadelo. Minha irmã diz que eu só lembro de coisa ruim, é mentira, eu lembro de tudo. Não queria ser assim não!

Foi num dia quente de janeiro, quente e pegajoso. Eu tinha passado a tarde no Jardim Botânico, com minha blusinha de crochê (meio grossa demais pro calor que tava fazendo), bermuda jeans e uma dessas sandálias de couro da Pele Rara que, a essa altura, tinha todo um ecossistema trazido dos jardins por onde eu tinha passeado. Estava passando na TV New York, New York, eu já não estava dando muita bola porque peguei o filme na metade e a Liza Minelli já estava toda chorosa sei lá por quê.
(Eu avisei, eu lembro de tudo.)
Toca o telefone, meu pai atende. Ele desliga, diz que minha prima sofreu um acidente de carro, feio. Ele é assim, nunca diz que alguém morreu, sempre manda a pessoa pra cima do telhado primeiro. Toca o telefone de novo, ele confirma para a gente o que aconteceu. 23 anos. Minha mãe começa a fazer as malas. Eles vão ao enterro, em Minas, e eu não vou. Eu vou para a casa do meu primo, a um quarteirão de casa. Meu primo é casado, eu vou ficar com a mulher dele (um amor de pessoa) e o irmão dele, meu outro primo. Meu primo Outro é doze anos mais velho do que eu, já tinha morado no Rio e nós éramos super amigos, saíamos sempre juntos. Agora ele estava de visita, mesmo porque tinha namorada no Rio, e estava ficando na casa do irmão e da cunhada. Mas o primeiro primo (isso tá ficando complicado, mas não vejo por que colocar nomes nessa droga de história), o casado, também estava indo no enterro.
Na casa onde eu ia ficar estavam hospedados também um casal de amigos dos meus primos (amigos nossos também), do Espírito Santo. Fiz minha mochila: um pijama, uma calcinha, uma camiseta daquelas que a gente só usa pra andar um quarteirão mesmo. Fui com a roupa que estava. Cheguei lá, a casa estava um freje: as mulheres (a esposa do meu primo e a visita) passando batom pra lá e pra cá, arrumando-se, os homens vestindo-se também. O apê tinha um quarto só, parecia que era um monte de gente. Eu vi o movimento, pensei: ê, beleza, vão sair pra jantar, no problem, eu fico aqui, faço um ovo frito e assisto mais televisão. Óbvio. O que mais eu ia pensar?
Pois pensaram por mim. Cinco minutos antes da hora de sair, vêm com a novidade: Heloisa, a gente vai jantar na casa da Fulana, você vem com a gente! Hein? Como assim???? Fulana era a namorada do meu primo. E eu me sentindo um liiiiixo, matéria decomposta das palmeiras imperiais. Tomo um banho, visto a mesma blusa (éca), a mesma bermuda, e vamos lá. Chega lá está a Fulana arrumada "nas úrtima", como dizem em Sorocaba, com um vestido branco de frente única, curto, uns saltos altíssimos, maquiagem daquelas que você vê que foi feita com toda a boa vontade do mundo, e perfume. A desculpa do jantar é mostrar o novo apartamento. Eu gostava dela à beça. Reconsiderei quando soube o que ia ser servido: bobó de camarão. Ah, não vai dar, Fulana, eu sou alérgica. Toca a providenciar comida pra mim. A única coisa que ela tinha em casa: salsichas viena, as pequenininhas, sabe? Com o arroz. Tenho que ensinar aquela mulher a fazer arroz. Eu estava me sentindo o último dos seres vivos.
Hora de ir pra casa: meu primo (se vocês repararam só sobrou um primo no Rio, tem que ser este) vai levar o pessoal em casa: eu, a cunhada dele, o casal de amigos. Quando estamos na garagem, a Fulana diz na janela do carro: querido, você esqueceu sua carteira lá em cima! E ele: ah, tudo bem, depois eu pego. Eu pensando pô, que legal, que desprendimento das coisas materiais!
O carro parou em frente ao prédio, todo mundo saltou, meu primo continuou ao volante. Não esperem por mim!, disse. Eu quase morri. Eu não sei se estava com mais raiva por ciuminho do meu primo ou pelo machismo vigente na família. Fosse uma prima, seria o fim da picada, seria o escândalo, seria a vergonha. Ele, não: não esperem por mim, a coisa mais natural do mundo. Subimos, pijama, dormir na cama de casal com a minha prima (mulher do meu primo, pô, facilita, né?). Nem sei onde o outro casal passou a noite, acho que foi na casa de outros amigos. Foi uma noite horrível. Não lembro se fazia calor ou se fazia aquele frio-com-barulho de ar-condicionado, bem alimentada eu sei que não estava, dormia mas não conseguia desligar. Sonhava com minha prima, o acidente de carro, ouvia a voz dela. Acordava, ia beber água, via a cama do meu primo arrumada, vazia, ficava furiosa, tentava dormir de novo.
Dia seguinte, acordo, não me lembro onde almoçamos, terá sido no Caneco 70? Sei que a tarde toda passamos lá, eles tomando chopp, eu refrigerante. Meu primo e Fulana reapareceram magicamente. Vários chopps, as histórias foram ficando cada vez mais engraçadas, eu ri muito. No meio da bebedeira, todo mundo repetia: ei, não vai contar nada pro seu pai, hein? Agora é meio tarde, já faz tempo e essas histórias eu esqueci.
Finalmente, já tinha anoitecido, me levaram de volta pra casa. Meus pais tinham chegado, cansadíssimos. Ajudaram nos preparativos lá em Minas, dormiram no carro só por uma hora. Foram dormir direto. Deviam ser o quê? Oito da noite?
Pra piorar tudo caía aquela chuvinha fina que não vai nem vem. Bateu uma depressão louca. Ligo para a amiga número um, ninguém em casa. Amiga número um bê, ninguém em casa. Outra, ninguém em casa. Ligo pra ele. Um amigo. Bonitinho, da minha turma, eu sabia o telefone de cor, ele era gente boa.
- Alô? Oi, tudo bem? Aqui é a Helô, eu tô deprimida...
Começo a contar toda a história acima, mas com raiva e chorando. No final me desculpo: foi mal! Obrigada por me escutar!!! Chorando ainda.
- Heloisa? Vai tomar banho, Heloisa! Amigo é pra isso, pô!
Ele não deve se lembrar. Mas eu lembro.
Alguém aí tem o email dele???

terça-feira, 19 de agosto de 2003

Um pouquinho de sorte, por favor. Pode ser ou tá difícil?

Can-sei!

Ótimo! Minha lista de amigos do "colegial" (eu insisto com essa palavra, adoro, mais bonita que "segundo grau", "científico" e "ensino médio") está rendendo que só. Achei uma colega que mora em NY, para onde estou indo - tcharam! - domingo. Vamos nos ver! E um dos meus amigos (Marcelo) tem um blog, que é coluna no site do Clube do Alto Lapa. Parece maneiríssimo, quando meus orientadores largarem do meu pé, chulé, vou lá conferir.


Sabe o elefante??? Pois é...

Mais um artigo com os livros infantis recomendados para cada idade. Está em inglês, mas diz o que cada criança pode apreciar.

domingo, 17 de agosto de 2003

Um blogskin com o espectro do hidrogênio. Interessante.

Finalmente aconteceu. Tinha que acontecer algum dia. Estou sem paciência de trabalhar e de blogar, ao mesmo tempo. Incrível.

Mas não largo o vício de navegar por aí. Tem letra do Legião Urbana no Dudu, coincidindo com coisas que tenho pensado.

Entrei numa lista do pessoal do colégio, 93 e 94, segundo e terceiro "colegial" (eu dizia "colegial" e já era demodé naquela época). Lembrando de coisas e coisas. E pessoas. Um menino da lista (de quem não só eu lembrava, mas tinha o telefone no meu palm ainda) me disse que eu dei "bom dia" pra ele todos os dias que estudamos juntos. Fiquei tão feliz de ser lembrada assim, foi uma das coisas mais doces que ouvi nos últimos tempos. Outro menino me perguntou "você não era aquela que namorava o...", segunda vez que isso me acontece, será que acontece com ele também??? Engraçado que na minha turma nesse colégio todo mundo tocava algum instrumento, pelo menos todos os meninos. Das meninas, tinha uma que cantava muito bonitinho, e tinha eu que tentava, até hoje tenho vergonha só de pensar. Essa que cantava era uma menina muuuuito lindinha, tamanho miniatura, que tinha um agasalho com botões enormes, quando o usava parecia uma boneca. Tem gente faltando na lista, a rigor deveria ser só pra quem estudou lá até a oitava série, eu só entrei depois - estou na lista meio de cara-de-pau. Vai saber! Pode ser que eu abra precedente. Onde estará aquela foto do colégio? Não sei se a tenho aqui ou se está na casa da minha mõe. O pessoal pergunta se meu sobrenome era esse mesmo, o que estou fazendo, essas coisas. Seria legal vê-los no Rio. Não posso perguntar se vai ter festa dos 10 anos de 3o. ano pra não ofender as sensibilidades do povo que só estudou até a 8a. série, mas também, que que tem, esse povo também deve ter terminado ao mesmo tempo que a gente, festa é festa!!!

Devolvemos a scooter porque tem que subir degraus pra chegar em casa, o trambolho pesa 28 kg, eu não conseguiria levantá-lo.

Depois tem os sonhos, tenho sonhado tanto, sempre sonho com pessoas, nunca com bichos. Sonhei com as pessoas do colégio, com minha priminha Ravit (essa foi ótima, tenho que anotar para não esquecer: ela usou um tempo verbal numa redação que a professora ainda não tinha ensinado, tirou nota baixa. Autobiográfico?? Nãã...), com a turma de amigos da Beta, mil coisas.

Ah, mais episódios lembrados do colégio: o culto de adoração ao arbusto, e a musiquinha do McCalango feita especialmente para uma menina que entrou no meio do ano, vinda do Ceará. Eu não lembro a letra toda, vou perguntar aos meninos, mas era a musiquinha do Big Mac, e terminava assim: "calango frito num pão com jerimum!!!" ("cebola e picles num pão com gergelim"). Ela adorou. Anotou na agenda. Lembra das nossas agendas? Eram pré-blogs.

sábado, 16 de agosto de 2003

A quem interessar possa: meu telefone não fala, não ouve. Sem telefone, não tem internet discada. A televisão também está pifadinha. A luz do banheiro queimou. O pneu do carro passou num prego, mas já consertamos. Tem uma compra que a gente não fez no cartão do banco.
Sal grosso?

sexta-feira, 15 de agosto de 2003

Fica aqui decretado que toda senhora casada tem que ter [pelo menos] uma amiga [e/ou irmã] solteira, só pra ouvir as fofocas. É bom dimais da conta, sô!

Expressões brasileiras e argentinas, todas num balaio só. (Thomaz, cadê você? Ajuda aqui!)

- mais comprido que xingamento de gago (más largo que puteada de tartamudo)
- mais desmantelado que corrida de pato
- mais contente que cachorro com dois rabos (más contento que perro con dos colas)
- mais feliz que pinto no lixo
- mais perdido assustado que cachorro em barco (más perdido asustado que perro en bote)
- mais feio que mudança de pobre
- mais feio que bater em mãe
- mais perdido que cego em tiroteio
- mais feio que bater em mãe em véspera de Natal (esse é feio mesmo!)
- mais enrolado que pirulito em boca de bêbado
- mais por fora que umbigo de vedete
- mais grosso que papel de enrolar prego
- mais velho que o rascunho da bíblia
- mais velho que cagar de cócoras...

Alguém se habilita??

Atualizando: achei este artigo com expressões gaúchas. Algumas são de rolar de rir.

quinta-feira, 14 de agosto de 2003

Recebi um email tããão simpático que já até sarei.

18 pessoas da minha turma do terceiro ano foram privadas de perceber a mulher genial e superior que eu sou e agora devem estar pensando que eu sou uma estúúúpida!!!
Ah, 19, se eu me incluo.

Eu fico querendo dizer muito o que penso, sempre me ferro.

terça-feira, 12 de agosto de 2003

Hoje eu estava pensando: desde a Carmen, uma menina transparente que eu tirei da porta inventada no meu quarto do Rio, que eu não tenho amigas virtuais tão legais!!!

Dieta kosher: feijoada kosher.
Dieta vegetariana: feijoada de tofu.
Dieta às favas: feijoada do Vinícius.


Isso sim é que é útil.


Será que uma coisa assim é útil ou só serve pra dar trabalho???

Model No:DK24250-3
Model No.: DK24250-3

Material of Body: Alloy
Battery Index:12V12AH*2
Power of Motor: 24V250W
Net Weight: 27KG
Recharge Time: 3-4hours
Distance per Charge: 25Km
Maximum Speed: 20Km/hour
Climbing: 6-10
Carrying Capacity: 120KG
Normal Dimension (cm): 117(L)*63(W)*108(H)
Folded Dimension (cm): 114(L)*63(W)*53(H)
Carton Dimension (cm): 117(L)*33.5(W)*54(H)
Container:136pcs/20 280pcs/40 346pcs/40 HQ

Eu estou insuportável.
Nem eu me agüento.

segunda-feira, 11 de agosto de 2003

Lembra do folgado que me pediu pra digitar uma planilha? Pois é. Hoje ele trouxe um amiguinho. A sala de computadores daqui é da Engenharia Ambiental, mas parece que virou festa e todo mundo usa. Mas o que me iNrrita mesmo é o sujeito chegar aqui dentro e a primeira coisa que pergunta:
- Por que está tanto calor aqui dentro?

Que que eu tenho que responder?? Ai, querido, desculpe, quer que eu ligue o ar-condicionado? Quer que eu telefone pro reitor???

sexta-feira, 8 de agosto de 2003

Aquele palhaço (no sentido literal) que me passou uma cantada mora no prédio do outro palhaço (no sentido figurado) que era da minha turma da escola. Coincidência... engraçada!

Minha rimã tá furibunda comigo. Também, quem manda ficar deprê no próprio aniversário? Eu, esquentada, saio matando mesmo.
Lav, escuta a Teca, ou a chefe dela: aniversário é pra comemorar que estamos vivos!

Faça-me o favor! E me perdoa, que até o sumiço da cafeteira a mamãe já me perdoou!

Vou pra casa ver se consigo falar com você.