Ó, a bruxinha aí do lado deseja a todos um feliz dia.
sexta-feira, 31 de outubro de 2003
quarta-feira, 29 de outubro de 2003
Ah, é. Demorou mas lembrei. Sempre me acontece isso, penso em um post e ele me escapa, ainda mais nesses últimos dias em que não tenho escrito nada. De qualquer maneira...
Meu pai é quem vêem obviamente em mim, na minha eterna mania de fazer "Lairzadas", na minha cabeça meio dura, na minha mania de levar canivete e lavar os pés antes de dormir. (E a prudência, meu Deus, a prudência!) Mas só esta semana pensei em duas coisas muito bacanas que minha mãe me ensinou.
Uma foi cortar couve. E eu nunca tinha me dado conta porque nunca tinha precisado cortar couve. Mas na feijoada de sábado, na casa da Fabi, o Amarildo me chamou num canto e falou: "Heloisa, dá um jeito ali que aquele trem que a Fabi tá cortando tá muito grande.". Eu fui com todo o jeitinho e pedi pra ajudar, e ele disse "É, Fabi, eu falei pra ela que essa couve que cê tá cortando não tá prestando não!". Aí eu tentei cortar fininho. Nem foi na mão que nem minha mãe faz, enrolando as folhas e cortando na horizontal, foi na tábua mesmo. Mas eu ensinei pruma americana o tamanho que tinha que ser e depois todo mundo elogiou. A Fabi refogou a couve comentando "olha só, eu tô reconhecendo quais fui eu que cortei!" e uma menina asiática deu os parabéns pela couve, disse que estava linda cortada fininho, e que isso não é fácil não, que ela sabe. Ela trabalhou no zoológico e tinha que cortar verdura prum pássaro, bem fininha, só assim que ele comia. A minha madrinha fala que a couve da minha mãe parece cabelo. A Ally, a americana que mora com a Fabi, disse que da próxima vez tenta do jeito certo, segurando a faca na horizontal.
A outra foi o respeito pelos livros. Eu sou insuportável com os meus livros. Pode até estragar um pouquinho de carregar na mochila, afinal "burro carregado de livro é doutor", mas fazer isso que fazem aqui, nunca! Meu cabelo se põe em pé cada vez que vejo alguém grifando um livro com caneta ou com aquelas canetas coloridas. "Mesmo que o livro seja seu, ele sempre pode ser usado por outra pessoa depois." Claro, o fato de eu ter usado livros da minha irmã em uma época em que eles estavam apenas começando a eliminar o formato com-espaço-pras-respostas também ajudou. Semana passada minha orientadora perguntou se fui eu quem marcou um livro que ela tinha tirado da biblioteca e me emprestado (marcado a lápis, forte, quase tudo, sem esperança de resolução via borracha), e eu tive o orgulho de dizer na lata: "não, isso eu não faço, porque minha mãe me ensinou".
Putz. Terminei de escrever o post e lembrei que a Bíblia da minha mãe parece uma mistura de carnaval da Sapucaí com propaganda de cruzeiro em Miami. Mas Bíblia não conta, né?
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terça-feira, 28 de outubro de 2003
Hoje seria aniversário da minha avó que agora ia ter nome de cantora: Maria Rita.
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Buenísimo, lo encontré hace un tiempo pero siempre es bueno tenerlo a mano: Diccionario Argentino-Español.
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O cara que é considerado um dos maiores gênios de toda a humanidade escolheu para esposa uma mulher que era sua igual em conhecimento. O que isso diz?
(Que ela tenha levado um pé dele depois é só um detalhe, deixa pra lá. Mas pra dar o divórcio pra ele ela exigiu todo o dinheiro que ele viesse a receber caso ganhasse o Nobel. Que tal?)
O mesmo cara não deu a mínima pra tabus e casou depois com uma prima. Sim, de primeiro grau.
Hmmm...
O documentário não é sobre a prima (Elsa) e sim sobre a primeira esposa (Mileva). Excelente, da PBS, claro. O único porém são as reconstituições no melhor estilo "Caso Verdade", mas a gente releva.
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Dia 15 de novembro (sábado) vão passar os três Indiana Jones seguidos aqui no cinema da universidade. Eu quero ir, mas o Gordo já disse que não vai. Alguém se habilita???
Eu já sei quem vai se habilitar...
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Meu amigo Mohamad voltou, depois de 4 meses e meio preso na Síria, preso não, mas sem visto pra cá. Ele viajou 24 horas de avião e quando chegou ficou preso na imigração por 5 horas.
Mas o cara é tão gente boa que não esquenta com nada!!!
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quinta-feira, 23 de outubro de 2003
A Luciana Misura tem razão e o mundo é pequeno mesmo.
Pois o cara que era roommate do meu então namorado (agora marido!) em Campinas tinha uma namorada que era de Recife, assim como ele. A gente tinha ficado sabendo que eles se casaram. Agora aparece um comment no blog com o nome dela (até aí tudo bem, até a Bündchen tem o nome dela, vai que a übermodel resolveu ler blogs) mas eu lembrava também do sobrenome. Vou lá na página, tem foto do casório e tudo. Eles agora moram aqui nos EUA. Ela pelo jeito veio parar na Maffalda através do blog dessa amiga que eu tenho que eu nem conheço pessoalmente mas que me foi apresentada pelo cara com quem eu estudei no colégio e cujo avô era amigo do meu avô. Agora o cara também é paciente da minha irmã, o que quer dizer que as coisas que eu não conto pra ele pelo msn a minha mãe ouve de mim e conta pra minha irmã e ele fica sabendo pela secretária do consultório.
Até agora não entendi se esse casal de amigos entendeu que Maffalda é Heloisa e vice-versa, vai saber.
O mundo é um lenço, isso sim.
Engraçado constatar que o feitiço virou contra o feiticeiro. Geralmente a que sai fuçando tudo e descobre coisas incríveis sobre pessoas improváveis sou eu. O pior é fazer cara de paisagem quando a pessoa que você googlou te conta uma suposta novidade sobre sua vida...
Gigi, ler blogs não é pecado não. Divirta-se.
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Falando em carro, eu não sabia que a Volks seria a primeira a lançar um carro bicombustível. O lançamento do Fox foi em Curitiba.
Já que comecei com a propaganda, vou até o fim: compra um consórcio, vai!
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Tudo o que você sempre quis saber sobre o Prius. O cara tem um diário contando TUDO sobre o carro, desde 2000. Ah, o site oficial é aqui.
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Tomar chá de pirlimpimpim sozinha já é uma coisa, mas dar chá de pirlimpimpim pra uma criança inocente é covardia!
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quarta-feira, 22 de outubro de 2003
Só pra não perder o costume: coluna sobre Buenos Aires da Janaína Figueiredo, no Globo. Publicada em 16 de outubro de 2003.
VIDA NOTURNA
O melhor do tango no Piazzolla
No próximo dia 21, será inaugurado, em Buenos Aires, o Piazzolla Tango, centro de artes e espetáculos, em homenagem a um dos grandes mitos da música argentina, Astor Piazzolla. A casa, localizada num dos prédios mais antigos do centro da capital argentina (a Galeria Guemes), será um templo dedicado ao tango e a um de seus mais importantes intérpretes. Escola de dança, museu, café, livraria e uma loja de vinhos, tudo numa atmosfera dominada pelo ritmo mais tradicional do país. São três mil metros quadrados dedicados inteiramente ao tango, a sua história e seus músicos. No museu os visitantes poderão ver objetos que pertenceram a Piazzolla, fotos do músico, partituras e roupas. No teatro, inspirado no Moulin Rouge de Paris, serão apresentados espetáculos de tango. A decoração do salão é lindíssima: mesas de madeira, vitrais e um pequeno palco, que remete à época áurea do teatro argentino. O mestre do bandoneón nasceu em 11 de março de 1921 e morreu em 4 de julho de 1992, vítima de uma trombose cerebral. Seus 71 anos foram mais do que suficientes para marcar a história do tango. O Piazzolla Tango fica na Calle Florida 165. Tel.: 0810-333-TANGO. Site: <www.piazzollatango.com>
ARTESANATO
Feira hippie em Palermo Viejo
Se aos domingos o centro turístico por excelência de Buenos Aires é a feira de antigüidades de San Telmo, aos sábados existe uma alternativa diferente, e igualmente interessante: a feira hippie da Praça Serrano, localizada no coração do bairro de Palermo Viejo. Qualquer semelhança com a feira de Ipanema é apenas produto da imaginação (será?). Brincos, colares, anéis, velas coloridas, bolsas de pano, enfim, artesanato nacional. O mais legal é que em bares e restaurantes localizados em frente à praça, todos os fins de semana são organizadas feiras hippies, onde o turista pode encontrar roupas modernas a preços mais do que acessíveis. Camisetas por 15 pesos, bolsas por 20 e calças por 35 pesos. Vale a pena dar uma conferida.
OFERTA
Sapatos a preço de banana
Como seu nome indica, a Pague Menos é uma loja de sapatos que oferece promoções de dar água na boca. Botas femininas entre 60 e 90 pesos e sapatos masculinos entre 50 e cem pesos. É o lugar ideal para quem gosta de procurar boas ofertas e perder alguns minutos em busca de preços mais baixos.
A Pague Menos fica na Gascón 689 (perto do shopping Abasto). Tel.: 4861-3778.
GASTRONOMIA
Romário brilha entre os restaurantes portenhos
Apesar da eterna rixa entre argentinos e brasileiros, sobretudo quando o assunto é futebol, uma das pizzarias mais famosas de Buenos Aires leva o nome do atacante brasileiro Romário. E não é apenas um único restaurante, mas uma rede com casas espalhadas pela capital argentina. A Romário é um dos principais pontos de encontro da cidade. Ambiente divertido, pizza deliciosa e preços pouco salgados. Um jantar para quatro pessoas custa, em média, 45 pesos. Uma das sucursais mais freqüentadas fica na Juncal 2.124, no Bairro Norte. Tel.: 4827-0506.
Já para quem prefere pratos asiáticos, o restaurante Sudestada é a melhor opção na capital argentina. A cozinha é comandada pelo vietnamita Ngueyen Ahn Thang, uma das grandes atrações do lugar. É ver — e provar — para gostar. Endereço: Fitz Roy, esquina com Guatemala (Palermo). Telefone para reservas: 4776-3777.
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sexta-feira, 17 de outubro de 2003
Ando preguiçosa blogmente mas queria dizer - se não perceberam ainda - que o poema manuscrito aí de baixo é da Helô do blog BananaEtc, só a caligrafia é que é minha, muito pior que a dela, diga-se de passagem.
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sábado, 11 de outubro de 2003
Se eu contar que sonhei que estava almoçando com as Mothern ninguém acredita, acredita?
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quarta-feira, 8 de outubro de 2003
Descaradamente copiado da Helô.
Eis aqui minha caligrafia
Muito pior do que já foi um dia
Resultado de só digitar
Endureceu o indicador
O dedo médio, o polegar
Que venham os grafólogos!
Os analistas, os psicólogos
Tirem-me desse tormento
Revelem o meu temperamento
Observem as torções
O tamanho, as inclinações
Façam suas interpretações
Tirem suas conclusões
Digam até a minha idade
Revelem os traços
As características
Da minha discreta personalidade
Nada tenho a esconder
O que temer, o que perder
Minha letra, minha alma
Minha alma, minha palma.
Escrito por Helô. 7/10/03
après Helô (http://bananaetc.blogger.com.br)
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E também é um pincel de literatura molhado nas tintas da minha adolescência, o escrito que traduz demais e quase não posso ler por medo de me achar também. Parece com tarde de sábado lendo no sofá e perfume caro com blusa grossa e blue jeans.
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terça-feira, 7 de outubro de 2003
Lindo, lindo...
Você pode brincar de boneca de papel (lembram?) com Huck Finn e muitos outros personagens...
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segunda-feira, 6 de outubro de 2003
O que os homens pensam?
"As a culture, we've made profound mistakes in the last few decades by assuming that men were unnecessary. Many people have even gone so far as to negate or dismiss what is at the core of a man"
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Sabia, também, que o primeiro passo que desse colocaria em movimento sua máquina de viver e ele teria, mesmo como um autômato, de sair, andar, fazer coisas, distanciar-se dela cada vez mais, cada vez mais.
O que a gente faz quando uma pessoa mais que conhecida, amiga mesmo, está passando por um redemoinho emocional, tomando um caixote da vida? Eu choro, na falta de coisa mais útil a fazer.
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sábado, 4 de outubro de 2003
sexta-feira, 3 de outubro de 2003
Como irritar seu marido (de brincadeirinha):
Diga uma besteira absurda com um ar muito sério, de quem acredita mesmo naquilo. Por exemplo, que quando você dá descarga no avião tudo é ejetado pra fora. Ele vai ficar apavorado de você acreditar naquilo e tentar lhe demover da idéia (por exemplo dizendo que dejetos congelados podem se transformar em perigosos projéteis). Continue até não conseguir segurar o riso.
Como irritar seu marido (a sério):
Faça isso no meio de uma discussão, dizendo alguma coisa do tipo "sim, eu acho que você deveria beijar o chão que eu piso porque eu sou muito boa pra você e minha comida é ótima." Se ele perceber que você está brincando pode ser que ele ria e a discussão seja esquecida no meio. Se ele acreditar, prepare-se para uma fuga rápida.
(Não tente isso com esposas porque elas não vão tentar te convencer de nada, vão só achar que você é muito bobo, e provavelmente não vão ter espírito esportivo no segundo caso.)
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Tomei 2 copos de café, dos grandes, americanos. Uns 500-600ml, ao todo. Tô quicando!
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Assistam ao filme da mocinha que minha mãe achou parecida comigo! Eu recomendo!!!
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É, mas melhor que o Gastón, que os hispanofalantes daqui acham que é brasileiro e quando vai à Argentina os balconistas das lojas perguntam: onde você aprendeu castelhano?? Fala tão direitinho...
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Um turco perguntou se eu era belga ou francesa.
Um indiano perguntou se eu era turca.
Diferentes americanos perguntaram se eu era alemã, russa, iraniana.
Um israelense perguntou se eu era israelense.
Um americano filho de brasileira disse ah, é, você fala mesmo igual à minha mãe.
Só um iraniano - apaixonado por futebol - adivinhou de cara que eu sou brasileira.
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quinta-feira, 2 de outubro de 2003
Mudei o nome de duas imagens que estavam trazendo muitos googleiros para cá. Uma delas porque tem copyright, é uma foto de autoria da maravilhosa Loris Machado. Não é justo que ela seja vista assim, à toa, numa busca qualquer, por vai saber quem. A outra imagem trazia incontáveis pessoas de língua espanhola, mas cansei da atenção. Não quero ser só mais onze rostinhos bonitos...
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Falando em No Mínimo. Vai parecer bobo, vai parecer que eu estou carregando bandeirinha (pra variar), mas é raro ver um artigo relacionado à Argentina que não faz nenhum, nem unzinho, comentário pejorativo sobre os nossos vizinhos. Carla Rodrigues de parabéns. (Meg não erra, né não, Megzinha?) Agora eu quero ver os filmes!!!
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Poucos países no mundo têm uma história de braços abertos para imigrantes quanto os Estados Unidos. Estrangeiros construíram o país durante todo o século 20, com seus talentos artísticos e científicos, com sua riqueza e vastidão cultural. Mas, tolerante por um lado, sempre olhou também com desconfiança o que veio de fora, sempre o separou. Depois de duas, três gerações, continuam ítalo-americanos, irlandeses-americanos, afro-americanos, hispânicos. Quem não é Wasp, descendente direto dos ingleses puritanos, continua estrangeiro por mais de século.
Exato, exato. Pedro Dória, claro, no artigo sobre Elia Kazan.
Ele recentemente assumiu (ou eu por ele, dá na mesma neste mundo virtual) a paternidade do meu blog, junto com Cris Dias. Pois é, meu blog tem dois pais! Esse mundo muderno...
(O que eu não faço pra me encaixar na vasta genealogia de Chico Dória... tsc...)
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