Maffalda mudou de casa! Redirecionando...

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sexta-feira, 31 de janeiro de 2003

rio de janeiro, colado da Zel.

conheci o rio aos 18 anos, quando ainda não conhecia outros lugares nesse mundo. cheguei sem nenhuma prevenção, e descobri que já conhecia a cidade nos meus sonhos. já passara pelo porto, tive uma sensação forte de deja vu, senti-me em casa. fiquei na tijuca em dezembro, um calor infernal. comecei ali minha vida adulta, no calor e nos cinemas da estação botafogo. vi delicatessen, conheci a cidade dos gatos, comi no cervantes, vi pela primeira vez o pão de açúcar e meus olhos ainda hoje se enchem d'água ao lembrar da sensação de espanto e deslumbramento. e o pão de açúcar o menos óbvio possível à minha frente / o pão de açúcar com suas arestas insuspeitadas. jamais vou esquecer a sensação de maravilha daqueles dias.

estou sempre atenta para ser eternamente estrangeira no rio de janeiro, pra que todas as visitas sejam sublimes, pra que nunca me acostume com o esplendor do pão de açúcar, com a beleza da areia branca e do mar verde-azul, pra que olhe sempre para o corcovado como se fosse a primeira vez. na verdade, é sempre a primeira vez pra mim, meus olhos se enchem d'água e eu disfarço -- menos por vergonha e mais para viver esse momento de contemplação de beleza forma pessoal e quase religiosa.


E essa mulher não põe um link permanente pra isso.

Taquepareô, que frio que faz nesta terra! Eu não detesto só o frio assim enquanto sensação térmica deprimente, mas também o tal de tira-casaco-põe-casaco-põe-luva-perde-chapéu, o céu escuro, a chuvinha, a cara branca do povo, os olhos secos lacrimejando o tempo todo e vermelhos, os choques, e a limitação geral que tudo isso traz.
Ah, pros choques, dos quais Nemo Nox também reclama (descobri há pouco tempo que ele é meu vizinho), a solução é mais ou menos simples: andar com as chaves à mão. É que a descarga elétrica é mais sentida quanto menor a área de pele que ela atinge. Assim, quando eu me aproximo de uma maçaneta ou outra superfície metálica qualquer, aperto a chave com o dedão bem espalhado e deixo que ela receba o choque. Sai até faísca! Claro que eu pareço doida, sempre encostando com a chave em tudo, mas dos males o menor. E, muito importante: sempre dar as mãozinhas antes de beijar, porque choque nos lábios ninguém merece!

Ainda bem que não sou só eu que sou vampira, o Cris Dias também sai em campo implorando por sangue. Não custa lembrar, é a boa ação mais fácil que existe! Aqui nos States eu não consegui doar, é uma pena. Sangue brasuca não tá muito bem cotado, não.

Hospital do Fundão suspende cirurgias por falta de doações de sangue
Cristiane de Cássia - O Globo

RIO - Três cirurgias já foram suspensas hoje no Hospital do Fundão por falta de doações de sangue. Caso o número de doadores não aumente na segunda-feira, mais cirurgias poderão ser adiadas. Ontem o banco de sangue do hospital bateu o recorde negativo de coleta em seus 25 anos de atividade, com apenas 13 doações, quando o mínimo necessário deve ficar entre 60 e 80 doadores.

Devido à baixa de doadores, na manhã de hoje sete pacientes que precisavam de sangue com fator Rh negativo estavam na dependência do aparecimento de pessoas para doar. Além de atender aos 500 leitos do hospital, o banco de sangue do Fundão abastece o Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira, unidade de saúde da UFRJ que dispõe de 80 leitos.

Para doar sangue não é preciso estar em jejum. É apenas necessário ter entre 18 e 65 anos, levar documento de identidade e estar se sentindo bem de saúde. As coletas no Fundão são feitas de segunda-feira a sexta-feira, entre 7h e 13h30m.

Ói que bunitim!

Lavinia???

quinta-feira, 30 de janeiro de 2003


É mole???

Estou aqui na minha aula de "Numerical Modeling for Water Resources & Environmental Engineering", num laboratório de computação. O mais legal é a tradução simultanea em American Sign Language (ASL), a língua de sinais daqui (não, não é universal)! Muito jóia...

quarta-feira, 29 de janeiro de 2003

Eu, que sou tão legal e modesta, odeio gente que se acha melhor que todo mundo, mais esperto e mais inteligente.
Minha mãe costuma dizer que eu não tenho paciência com gente burra. É mentira. Eu não tenho é com gente que não ouve o que você fala e pergunta de novo dois segundos depois (por distração ou autocentrismo puro) e não tem vontade de aprender. E tenho dito.

E hoje faz três anos que o Júlio e a Giovana se casaram. O Gastón falou assim: "vamos lá pra ver como é esse negócio de casamento". Pra minha sorte, o deles foi ótimo...

Porque o Lamas é o melhor bar do Rio, parte IV: Por causa do Vieira, que está lá há uns 30 anos e conhece meu pai e meus tios há 40.

Esqueci de contar coisas, sim.
O que eu comi.
Pois então: picanha com farofa de banana na Majórica, bife à francesa e lingüicinha no Lamas, esfiha no árabe do Largo do Machado, pão de queijo de padaria, muito pão francês, bife de chorizo num restaurante em Búzios, comida a quilo com sushi bom, comida tailandesa pouca e cara, umas empanadas meio fajutas, a comida da Bel, mexidinho, um montão de frutas, e bebi muito café e guaraná diet.

Pensar o amor é diagnoticar sua ausência.
(Léo Jaime)

A esta altura do campeonato todo mundo sabe que Léo Jaime tem blog. Eu soube disso nesse mês que parei de escrever no meu. Mas é uma notícia e tanto pra quem quase furou o Sessão da Tarde quando era criança e até hoje de vez em quando se pega pensando "Eu tenho o gesto exato, sei como devo andar...". E mais tarde leu os textos da Capricho - tem um que tenho até hoje, lindo lindo.
Fora isso, "tudo o que eu quero... ÉÉÉ! Tudo o que eu quero agora..."...

Ah, e em Búzios liguei a tv e ouvi o Léo Jaime comentando jogo de futebol. Estranho, porque eu não lembrava da voz dele falando, só cantando.

Esqueci de contar que aqui tá um frio do caramba, desses que a gente vê na tv que superaram toda a última década. E de contar que eu estou atrasadíssima com os emails.

Voltando...

Nesse um mês eu fui a uma festa de Natal não tão boa mas com pessoas legais (a Verônica e o Enrique), trabalhei o quanto deu, recebi uma notificação de que talvez minha troca de visto não saísse a tempo de receber o reembolso pela semestralidade da universidade, fui a uma festa de ano-novo e conheci pessoas ótimas (o Paul e a Gisele), decidi ir ao Brasil, comprei passagem pra uma semana depois da minha decisão, fui, troquei de visto, vi meus pais, vi um monte de amigos dos meus pais (o tio Nica, o tio Geraldo e família), vi minha madrinha, vi o Dudu (é o Dudu! é o Dudu! - depois de N anos, N tendendo a muito), conheci a Biba, gracinha, parece com a Miriam mas menos do que na foto, esbarrei com o Cláudio Reston num show de bossa nova muito bom, olha a rima, e ele me veio com "claro que eu me lembro de você, você era a namorada do...", vi a Eliana minha professora de português do 1o. ano (1993), vi a Pat, com o Vitor, vi a Lav, ou o que sobrou da Lav com 18 kg menos, linda, estamos em fase love total, fomos pra Búzios juntas, até saímos pra dançar, paqueramos na praia, claro, eu dizendo "óóó! eu sou casada, solteira é ela!", descontrolei total com o preço das coisas no Brasil, trouxe 50 kg de bagagem, voltei exausta, minha orientadora e meu orientador sacaram meu bronzeado, vou ter que trabalhar em dobro, vou fazer três matérias que dão um trabalho insano, não sei se vou escrever muito no blog, pensei em largar o blog, mas agora me deu por escrever, talvez eu fique que nem o Hiro que escreve de arranquinho, além disso minha irmã prometeu fazer um esforço pra entender essa tal de internet, quem sabe ela começa a ler isto aqui e achar uns links, e não é que eu descobri que meu primo lindo Flávio Doido lê a Maffalda, quase morri de susto, oi, Flávio! beijo pra Kit e pro Bibi, será que estou esquecendo de contar alguma coisa? Acho que não.