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segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

My very own Ya-Ya Sister and my very own Rupert Everett.

A minha Ya-Ya Sister, também conhecida como "eu, há uns anos atrás", foi embora daqui ontem e eu já estou morrendo de saudades. Eu a conheci há uns quatro anos, quando ela entrou no meu laboratório se oferecendo como assistente. Se ela fosse inteligente como o currículo dizia, ia ser muito bom. Ela era isso e mais, virou amiga e logo estávamos conversando sobre coisas aleatórias ou nem tanto em meio a vidrinhos e tubos de ensaio. O trabalho terminou e continuamos amigas, mas não nos víamos tanto. Saímos umas poucas vezes em DC (nunca pra dançar) e a cumplicidade do lab se transferia para a mesa de bar facilmente. Ela sempre gostou da cultura brasileira, embora falasse só espanhol (e inglês e farsi), então quando eu disse que vinha ela se arvorou logo a comprar uma passagem, antes mesmo que eu chegasse aqui. A visita dela foi melhor do que todos os planos, e olha que ela fez milhares de planos. Apesar de eu estar trabalhando e não poder sair com ela durante o dia, a minha 'maninha' se deu super bem com a minha família e com os meus amigos (até demais: ela adorou minha irmã e eu descobri que o inglês de alguns amigos é bem melhor do que eu desconfiava). Entramos num ritmo que parecia um sleepover adolescente, dividíamos o mesmo computador ao mesmo tempo e fofocávamos até tarde antes de dormir. Saímos agora no fim da visita e voltamos tarde 3 noites seguidas - em uma dessas vezes surpreendemos meus pais já acordados e de saida. Lógico que agora estamos as duas (e quem mais conseguiu entrar no ritmo) ultra cansadas e cheias de trabalho para fazer, mas valeu a pena. Essa é uma amizade que nunca mais será a mesma.

Uma dessas saidas do fim de semana foi com um amigo que estudou comigo na sexta série. Justamente na época em que minha mãe começou a me deixar ter o cabelo comprido, aí pelos 12, 13 anos, eu tinha o cabelo enorme e às vezes prendia num rabo de cavalo bem apertado pra ficar bonitinho (sim, eu era cdf). Esse menino, que era um magricela beeem espevitado, vinha e puxava meu cabelo no alto da cabeça, bagunçando todo o penteado. Pensando nisso eu jurava que ele devia gostar de mim, só podia, nessa idade. Corta pra uns anos depois, o tal do orkútio faz a gente se encontrar de novo. As fotos do moço tooooodo musculoso já me deixaram curiosa para saber quem ele era e o que estava fazendo. As menções sobre a Madonna me deixaram, digamos, me rasgaaaando de curiosidade mais ainda. Ano passado encontrei com ele por acaso, na rua, sempre aquela história de "vamos sair, etc". Agora finalmente saímos, e fomos dançar. Primeiro: olhava para aquele homem alto e gato e ficava embasbacada, imagina o filme da Peggy Sue se ela vem de lá pra cá, sabe? Demorou um tempão pra eu sair do torpor - essa amizade nuunca mais será a mesma. E segundo: ele tem um senso de humor incrível e um veneno muito apurado, que combina com o meu. Voltei com um papel de guardanapo que anotei em cima do bar com a caneta emprestada do garçom: se a p&**$ do click não acontece, pelo menos a p&**$ da legenda não faz falta nenhuma. Duas piadas internas em uma. Estou doida para sair mais vezes com o meu Rupert Everett... Ah, se ele gostava de mim? Quando eu insinuei isso ele soltou um "eu devia estar muito confuso naquela época".

5 comentários:

Anônimo disse...

shame on you...

Maffalda disse...

Vai ter ciúme da irmã cajazeira também?

Fiery Aura disse...

Maybe, if we stomp our feet enough, our parents will let us stay together again soon!
I have to go to work today after my amazing trip away from reality. I'm sure I will think of you as soon as I see a test-tube and have to hold back tears-- but can't we go get our nails done instead?

Maffalda disse...

I keep thinking I have to start Operation "Mama Kun->Baby Kun" :) .

Anônimo disse...

E eu perdi essa festa :(...

Estou torcendo para o Everett acordar e ver quanto tempo ele perdeu!