Repare bem: quem é mala não se contenta em ser um pouquinho mala.
Por exemplo, esse cara que eu nem sei o que faz e que freqüenta a nossa sala de computadores. Acho que ele é ou foi jogador de futebol americano, e uma vez ele estava defendendo o jogo como não sendo violento, e sim um jogo que exige inteligência e estratégia por parte dos jogadores. Ok. Vá lá.
Mas aí tem os episódios repetidos de coisas estranhas. Ele entra na sala e cumprimenta a menina indiana e depois vem cochichar comigo (a 2 metros dela): é, ela não me cumprimenta, porque está com um indiano... Eu digo quem é a minha orientadora e ele diz: ah, sim é a esposa do Dr. Fulano e a filha do Dr. Beltrano (com um ar de espanto e segredo). Detalhe: a primeira parte é verdade, mas o tal Dr. Beltrano não tem nem idade pra ser pai da minha orientadora, deixando de lado o fato de que o sobrenome é pronunciado da mesma forma, mas soletrado diferente.
Depois essa: um dia ele entra aqui e pergunta se eu estou muito ocupada. Eu digo que não, por quê? Ah, você pode digitar essa tabela do excel pra mim? Nooooo!
Não era mais fácil dizer que eu tenho cara de boluda de uma vez por todas??
Outro dia entra no meu laboratório esbaforido pra eu abrir a sala de computadores pra ele. Ele nem tem o curso de segurança pra estar no laboratório.
E ainda por cima fala no celular como se fosse um walkie-talkie, porque essas coisas dão câncer, sabe? E nóis é que temos que escutar o sujeito gritando com a mulher...
Ninguém merece.
Desabafo: mode off.
segunda-feira, 7 de julho de 2003
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