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quinta-feira, 31 de julho de 2003

Eu estou frustrada. Não é uma frustração grandiosa, merecedora de extensas lamentações e grandes teorias. Mas incomoda um pouquinho.
Estou expatriada, sim, mas ainda não estou louca. Não faço questão nenhuma de me cercar de brasileiros, de comer feijão preto todos os dias, nada disso. Até porque tenho um marido que fala português comigo e posso ligar para minha prima belezinha e pros meus pais quando eu quiser. Como ela disse: eu não estou aqui para fazer amizades com pessoas - só porque são brasileiras - de quem eu não seria amiga em outras circunstâncias. Isso esclarecido, conto que me dispus a formar um grupo de brasileiros. Na minha cabecinha Dory-otimista, esse grupo seria para que os nossos amigos estrangeiros aprendessem português, para que os que estão aqui há mais tempo dessem perspectiva aos que acabam de chegar, e para que nunca mais tivéssemos que fazer cara de pôquer quando alguém diz: "ah, você é brasileira? Conhece o João, da Computação? E a Maria, da Engenharia?". Armei o grupo, com listinha no Yahoo e tudo. Foi chegando gente, quase 30 pessoas inscritas, mas nos encontros quinzenais aparecem 3, 4, no dia de sucesso estrondoso (uma vez só) apareceram 10. Há algumas semanas tem aparecido pouca gente, e ontem eu e Gastón ficamos tomando chá de cadeira. Fora os abusos, claro. E os desentendidos. Por exemplo, parece que não fui bem clara sobre a idéia: a lista do Yahoo manda lembretes no dia do encontro, mas ainda assim tem gente que me manda email perguntando se vai ter, e se eu não respondo não vai. Tem gente que acha que só porque sou eu que organizei o grupo eu sou a "chefe" de alguma coisa, ou, pior, tenho que escolher o sabor da pizza, pedir, pagar, pedir a conta e fazer a divisão. Essas coisas me deixam furibunda. Se há uma coisa que detesto é ser tomada por boba, ou ser tida como certa (no sentido de taken for granted, desculpe, faltou a tradução precisa).
Agora cancelei os próximos encontros, sem fazer o escândalo que queria fazer. Sim, porque a última coisa de que preciso é que pensem que me fazem um favor. Eu achava que estava eu a fazer o favor, mas tonta, sem que ninguém me pedisse. Nunca mais.

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