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sábado, 8 de abril de 2006

Sem fim

Ela acreditava no amor e por isso já não estava esperando. Sempre soube procurar beleza no fugaz e se duvidava, às vezes, se o fugaz não era mais belo só porque não deu tempo. Mas porque não tinha paciência com filosofia tentava mesmo era viver, e vivia enfileirado. E porque o amor era belo mas não raro, resolveu viver sem a moral bourgeois tão em voga nos seus meios. Resolveu é dizer, tentou. Eu não tinha amor por ele, ao depois amor pegou. Sem esperar, veio, tranqüilo como na canção repetida à exaustão, tranqüilo até demais, desamarrado, solto. Com isso aprendeu a manobrar, navegar, gritar, aprendeu a tirar do chão a força do chão e do mar a força do mar, aprendeu a sentir o vento e respirar de acordo, aprendeu que a raiz cresce buscando outra seiva, enraizar na terra é mais difícil e melhor.

Um comentário:

Stella disse...

Ai ai ai ai ai.
Que.

Mando por email.

Beijo, saudade.

Teca