Maffalda mudou de casa! Redirecionando...

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sexta-feira, 31 de dezembro de 2004

2005


AMOR DINHEIRO PAZ ALEGRIA PAIXÃO ÊXITO VITÓRIA TRABALHO SORTE DIVERSÃO SONHOS TRANQÜILIDADE ENERGIA SAÚDE BEM-ESTAR SOSSEGO SUCESSO FRATERNIDADE ANIMAÇÃO FELICIDADE HARMONIA PROSPERIDADE CARINHO SATISFAÇÃO BOM HUMOR REALIZAÇÃO SIMPATIA PRAZER IGUALDADE EMOÇÃO

em qualquer ordem
shuffle
misture bem
use sem moderação.

domingo, 26 de dezembro de 2004

Mania

nada melhor do que não fazer nada
meu sorriso no sorriso dela
nada melhor
nada melhor do que não fazer nada
nada nada nada
o samba da minha terra deixa a gente mole
laia ladaia
chove chuva
chove sem parar
nada nada
sem parar
chove chove chove chuva
chove sem parar
o nome dela é gal
não fazer nada
nada nada
rolar com você
rolar com você

sexta-feira, 24 de dezembro de 2004

Ho! Ho! Ho!...

...como diria a Meg!

Feliz Natal para todos!

quinta-feira, 23 de dezembro de 2004

Há tempos

achei que este ditado era bom: "keep away from trouble and sing to it".

Até num dia cinza há uma certa beleza.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2004

Ela me deu uma medalha de basquete que eu colei com um chiclete...



Ontem: sair no frio para ver o jogo. E como a minha irmã reclama! Espero que não me comparem com ela, porque eu reclamo do frio o tempo todo!

sábado, 18 de dezembro de 2004

I made it to 28!

It was a long way, wasn't it?, me perguntou um amigo. Mandei tomar banho. Valeu a pena o longo caminho.
Teve festa, teve bolo, teve brigadeiro, teve caipirinha. A Fran era a outra aniversariante. Música até 3:30 da manhã, 65 pessoas num apartamento de dois quartos, a cozinha lotada, a minha irmã trabalhando e pirando com o inglês.
I made it to 28, and I'm happy.

E eu mudei o horário do post só para ter um post no dia 18 de dezembro. Mas foi escrito depois, porque como já é sabido e aceito eu não tenho bola de cristal.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2004

Tentei fazer molho branco e descobri como se faz cola de farinha.

In English, for a change.

The secret fellowship of bloggers revealed one more of its members to me: David. His blog is two years old and full of interesting accounts of his opinion on everything and, I mean, he actually writes! Unlike some people (cough!) who keep copying poems and when they write they just put two lines of cryptic garbage... But then, again, I never cooked an Asian-themed Hanukkah dinner...

Speaking about Hanukkah, yesterday it was the last day. I lit candles the last four days, for the first time ever, and had to cope with Juju making fun of me and thinking I'm converting any time now. I tried to explain it has nothing to do with my actual circumstances (hmm... yeah, I'll leave it at that), but I was always interested in other cultures, and was able to learn a lot about Judaism because of my cousin Belezinha. This year I was reading about Hanukkah (yet again) and was amazed at one of the prayers, the one you're just supposed to say the first time you light the candles:

"Praised are You, Lord our God, King of the universe, Who has kept us in life, sustained us, and enabled us to reach this season."

I can't even begin to explain how well that fits into my life right now.

I am taking any path that leads to a better me. I'll satisfy my curiosity whether by lighting candles or by reading about the orixás. I'll pray to Guadalupe (Dec. 12!), I'll take note of my dreams, I'll keep living the way I'm living, I'll find the way. And "nilipata rafiki".

(Oh, by the way: my Christmas tree looks so cute!)

Incrivelmente lindo


Já ouvi esse álbum várias vezes, mas hoje ele está soando incrivelmente lindo, apropriado, maravilhoso.

terça-feira, 14 de dezembro de 2004

Dádiva

No dia em que meu peito sente que alguém merece uma canção, é essa a canção que eu quero cantar.

Gracias a la vida

Gracias a la vida que me ha dado tanto.
Me ha dado el sonido y el abecedario,
con él las palabras que pienso y declaro:
madre, amigo, hermano, y luz alumbrando
la ruta del alma del que estoy amando.

Relaxada mas alerta

Ou ainda: a mente quieta, a espinha ereta, e um coração tranqüilo.

"Memória é uma velha louca que guarda trapos coloridos e joga comida fora"
Austin O'Malley.

(Achado do Wolfie, devidamente exibido no blog da Stella his starlight)

Futuras grandes invenções (I)

Exame de sangue para paixonite aguda.

sábado, 11 de dezembro de 2004

Se eu passo pelo caminho, ele também passa por mim.
Mutação, fluidez.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2004

Vamos celebrar

Que o experimento tá dando certo, que o mundo e eu somos um, que eu estou feliz, que o frio não tá exagerado, que eu tenho uma câmera digital, que eu tenho um anel de veneno, que eu tenho uma roommate carioca que me empresta coisas, que eu descobri um bom motivo para ser mais organizada, que a minha irmã tá chegando, que a minha festa de aniversário já é um sucesso uma semana antes, que o meu Natal também vai ser bárbaro, que o meu cabelo tá super comprido, que eu tô com fome mas não tô chatinha, que vim de carona pra casa e não tive que andar de salto, que eu consigo falar o que penso e já vou desaprender a apanhar calada, que eu tenho uma mãe que reza por mim de hora em hora, que eu tenho um pai que morre de saudade das minhas ligações, que eu vou ao Brasil algum dia, que eu existo.
Motivos bastantes e suficientes.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2004

...gente que só coloca no blog textos e letras de música. Demonstra pouca criatividade, não? Mas ao mesmo tempo, é um alívio saber que todas as coisas já foram escritas, de uma forma ou de outra. Minha angústia já foi de outro e pode ser domada pela métrica.
Ando pela rua como a calça literária da crônica, cheia de frases soltas, notas musicais, beija-flores invadindo, sonhos onde pouso a página de sentir, a sorte de um amor tranqüilo, bocas de luar, a lua trêmula sobre as águas. As imagens se misturam tanto que já são ruído branco.
Carrego comigo a saudade, carrego gente, carrego preocupações, e carrego a angústia mesma de carregar tantas coisas, um peso no ombro...
De vez em quando do barulho sai algo, um reflexo de sentimento tão perfeito como se o arco tivesse tocado apenas o violino numa nota sublime, ou sai um texto, para passar o tempo, para não dizer que eu sou dessa gente que só coloca no blog...

Para a Estrela.

De repente Lóri não suportou mais e telefonou para Ulisses:

-- Que é que eu faço, é de noite e eu estou viva. Estar viva está me matando aos poucos, e eu estou toda alerta no escuro.

Houve uma pausa, ela chegou a pensar que Ulisses não ouvira. Então ele disse com voz calma e apaziguante:

-- Agüente.

Quando desligou o telefone, a noite estava úmida e a escuridão suave, e viver era ter um véu cobrindo os cabelos. Então com ternura aceitou estar no mistério de ser viva.

Clarice Lispector in Uma aprendizagem ou O livro dos prazeres, 19a. ed., Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1993. pp. 133-134.

Para mim.

O NASCIMENTO DO PRAZER (trecho)

O prazer nascendo dói tanto no peito que se prefere sentir a habituada dor ao insólito prazer. A alegria verdadeira não tem explicação possível, não tem a possibilidade de ser compreendida - e se parece com o início de uma perdição irrecuperável. Esse fundir-se total é insuportavelmente bom - como se a morte fosse o nosso bem maior e final, só que não é a morte, é a vida incomensurável que chega a se parecer com a grandeza da morte. Deve-se deixar inundar pela alegria aos poucos - pois é a vida nascendo. E quem não tiver força, que antes cubra cada nervo com uma película protetora, com uma película de morte para poder tolerar a vida. Essa película pode consistir em qualquer ato formal protetor, em qualquer silêncio ou em várias palavras sem sentido. Pois o prazer não é de se brincar com ele. Ele é nós.

Clarice Lispector

PS: Pode ser que esse texto não seja dela. Alguém sabe?

segunda-feira, 6 de dezembro de 2004

Alice através do espelho

'I wish _I_ could manage to be glad!' the Queen said. 'Only I
never can remember the rule. You must be very happy, living in
this wood, and being glad whenever you like!'

'Only it is so VERY lonely here!' Alice said in a melancholy
voice; and at the thought of her loneliness two large tears came
rolling down her cheeks.

'Oh, don't go on like that!' cried the poor Queen, wringing her
hands in despair. 'Consider what a great girl you are. Consider
what a long way you've come to-day. Consider what o'clock it is.
Consider anything, only don't cry!'

Alice could not help laughing at this, even in the midst of her tears.
'Can YOU keep from crying by considering things?' she asked.

'That's the way it's done,' the Queen said with great decision:
'nobody can do two things at once, you know. Let's consider your age
to begin with--how old are you?'

'I'm seven and a half exactly.'

'You needn't say "exactually,"' the Queen remarked: 'I can
believe it without that. Now I'll give YOU something to believe.
I'm just one hundred and one, five months and a day.'

'I can't believe THAT!' said Alice.

'Can't you?' the Queen said in a pitying tone. 'Try again:
draw a long breath, and shut your eyes.'

Alice laughed. 'There's no use trying,' she said: 'one CAN'T
believe impossible things.'

'I daresay you haven't had much practice,' said the Queen.
'When I was your age, I always did it for half-an-hour a day.
Why, sometimes I've believed as many as six impossible things
before breakfast.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2004

Sobre gatos

"A cat is there when you call her - if she doesn't have anything better to do." - Bill Adler

"No one can own a cat, but they will bless you with their company, if they choose." - Frank Engram ..1952

"The difference between cats and dogs is that dogs come when called and cats take a message and get back to you."
- anonymous

"Women and cats will do as they please and men and dogs should relax and get used to the idea." - Robert A. Heinlein

Diário

Disseram para eu escrever um diário.
É o que estou fazendo. Críptico? É. Mas reflete.
Quem sabe agora um secreto, com detalhes? Com sentimento, mesmo, com confissões, com lágrimas para eu ler depois e me achar ridícula, muito ridícula. Quem sabe um com recibos colados, com fotos e flores, um com letra feia de quem está presa à cama de tanto desgosto. Com desenhos, com carinhas sorridentes, com figuras de palitos.
Vou escrever um diário. Quem sabe resolve.

Hopscotch

(Chapter 7 - Julio Cortazar)

I touch your mouth, I touch the edge of your mouth with my finger, I am drawing it as if it were something my hand was sketching, as if for the first time your mouth opened a little, and all I have to do is close my eyes to erase it and start all over again, every time I can make the mouth I want appear, the mouth which my hand chooses and sketches on your face, and which by some chance that I do not seek to understand coincides exactly with your mouth smiles beneath the one my hand is sketching on you.
You look at me, from close up you look at me, closer and closer and then we play cyclops, we look closer and closer at one another and our eyes get larger, they come closer, they merge into one and the two cyclopses look at each other, blending as they breathe, our mouths touch and struggle in gentle warmth, biting each other with their lips, barely holding their tongues on their teeth, playing in corners where a heavy air comes and goes with a heavy perfume and a silence. Then my hands go to sink into your hair, to cherish slowly the depth of your hair while we kiss as if our mouths were filled with flowers or with fish, with lively movement and dark fragrance. And if we bite each other the pain is sweet, and if we smother each other in a brief and terrible sucking in together of our breaths, that momentary death is beautiful. And there is but one saliva and one flavor of ripe fruit, and I feel you tremble against me like a moon on the water.