Eu sei que eu não sou a melhor pessoa do mundo, nem a mais legal, mas é fato: eu costumo gostar das pessoas. De vez em quando sou ranheta, mas em geral eu não tenho muitas implicâncias.
É por isso que eu me sinto estranha quando não gosto de alguém. Fico sempre achando que é loucura minha, principalmente em relações profissionais.
PS: Este post veio incompleto, por bobeira minha. O que eu ia contar mesmo, cheia de gosto, é que eu me sinto muuuuito bem quando alguém vem me dizer cobras e lagartos sobre a pessoa de quem não gosto. É bom pra eu me dar conta de que não estou de implicância, a pessoa é dura de roer mesmo!!
sexta-feira, 30 de janeiro de 2004
Eu tô com a Zizi Possi bem dramática na minha cabeça cantando chorosa o Lupicínio Rodrigues...
Nunca,
nem que o mundo caia sobre mim
nem se Deus mandar nem mesmo assim
as pazes contigo eu farei
Mas como diz a Mõe, não se diz dessa água não beberei...
Que eu sou ruim, sou. Ou boa, vai saber. Desisti em insistir nas amizades que dão muito trabalho. E tenho dito.
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terça-feira, 27 de janeiro de 2004
Não é surdo-mudo, é surdo, porque um surdo pode falar ainda que não escute.
Não é aeromoça, é comissária de bordo, especialmente treinada para garantir a segurança dos passageiros e da tripulação.
Não é stewardess, é flight attendant.
Não é homossexualismo, é homossexualidade, porque "ismo" quase sempre se usa pra doenças e isso não tem nada de doença.
Não é hermafrodita, é intersexual, porque hermafrodita dá a idéia de uma pessoa que tem duas genitálias distintas e completas, o que não é quase nunca verdade.
Não é o médico nem a doula que "delivers babies", quem "delivers a baby" é a mãe. Médicos e doulas "catch babies".
Não é guia lá no museu, é educador, porque museu não é turismo.
Não é doar um cão ou um gato, é dar para adoção, porque são seres vivos.
Não é judiar, porque a gente não tem nada contra os judeus.
Não é mulata, porque negros não têm cor de mula.
Não atire o pau no gato-to porque o gato-to é nosso amigo-go.
Não é espanhol, é castelhano, porque essa língua é da Castelha e não de toda a Espanha, que também tem o basco e o catalão.
Estes são apenas alguns dos termos politicamente corretos que eu tenho aprendido. Alguns eu faço questão de usar e chamar a atenção das pessoas (como o "surdo", por exemplo, que até já é incorreto...) mas outros por aí eu acho um exagero completo, como mulata ser palavrão.
Mas vai ficando cada vez mais difícil falar sem cometer escorregões...
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De novo, Buenos Aires, Janaína Figueiredo:
Publicado em 15 de janeiro de 2004
TEATRO
O sucessodas paródias
Enrique Pinti é um dos melhores atores cômicos da Argentina. Suas peças são sempre um sucesso. A especialidade de Pinti é a realidade argentina. Todos os anos o ator monta uma peça nova, sempre inspirada no jeito de ser dos argentinos e nos acontecimentos mais importantes dos últimos tempos. Seus monólogos são únicos, divertidíssimos. Atualmente, ele está em cartaz com a peça “Candombe nacional 2004”, no Teatro Maipo (Rua Esmeralda 443. Tels.: 4322-8238/4882). Quarta, quinta e domingo às 21h. Sexta e sábado às 22h. O ingresso custa apenas 15 pesos.
SAPATOS
Aos belos pés femininos
A Maria Gabriela é uma das lojas de sapatos femininos mais tradicionais de Buenos Aires. Modelos clássicos, e preços mais do que atraentes. Ideal para comprar sapatos básicos, para usar todos os dias. Os preços oscilam entre 20 pesos e 80 pesos, dependendo da qualidade. Endereços: Avenida Santa Fé 2041 e 3038. Tels.: 4823-9944 e 4824-5362.
GASTRONOMIA
A Argentina à mesa
A carne argentina é uma das melhores do mundo. Isso ninguém discute. Mas a culinária argentina não é sinônimo apenas de carne. Existem pratos típicos de províncias do norte, do centro e do sul o país que podem ser saboreados no restaurante El Federal, localizado em Palermo Hollywood. Segundo a dona e principal chef do restaurante, Paula Comparatore, a idéia de abrir um restaurante de comidas tradicionais argentinas surgiu pensando basicamente nos estrangeiros. “Quando o turista visita a Argentina geralmente conhece apenas os clássicos restaurantes de carne. E nós temos muito mais do que isso para oferecer”, adianta Paula. O menu do El Federal realmente é bem representativo da culinária argentina: empanadas tucumanas (da província de Tucumán); queijos e diferentes tipos de presuntos patagônicos (a chamada tábua de delícias regionais); coelho com purê de azeitonas; e truta coberta com folhas de mostarda, entre outras delícias. As sobremesas são um espetáculo à parte: “Espuma patagônica” (espuma de chocolate branco com sorvete); doces típicos do noroeste argentino; e cereais andinos. Para os amantes do doce de leite, “El gran argentino”: pudim de doce de leite, crepe de doce de leite com sorvete e mousse de doce de leite. Os preços são bastante acessíveis. Um jantar para duas pessoas custa entre 50 e 80 pesos. Os pratos são abundantes e podem ser divididos. Muita comida, bom gosto e serviço da melhor qualidade. Um pequeno paraíso portenho escondido entre as árvores de Palermo. Endereço: Honduras 5254. Telefone para reservas: 4832-6500.
PASSEIO
De barco pelo Rio da Prata
A agência de turismo Businessleisure organiza passeios de barco, uma ótima alternativa para quem visitar Buenos Aires durante o verão. Existem três tipos de excursão. O Sunset Sailing Trip, para ver o pôr-do-sol nas águas do Rio da Prata; o Afternoon Sailing Trip, que dura aproximadamente cinco horas, das 14h às 19h; e o Moonlight Sailing Trip, organizado apenas durante as noites de lua cheia. Os preços variam entre 40 e 50 pesos por pessoa, com direito a bebidas e sanduíches durante a viagem. Telefones para mais informações e reservas: 4581-6765 e (154) 927-5297 (celular). E-mail:
DECORAÇÃO
Sofisticação ao montar a casa
As lojas de decoração estão se modernizando cada vez mais em Buenos Aires. A Galler, por exemplo, é uma das mais freqüentadas pelos portenhos. Localizada no charmoso bairro de Palermo Viejo, a loja vende de tudo: móveis, quadros, toda sorte de objetos decorativos, copos, pratos, talheres e panelas, além de uma enorme variedade de utensílios de cozinha. Endereço: Soler 4829. Telefone: 4774-3478.
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segunda-feira, 26 de janeiro de 2004
Os filhos
Kahlil Gibran
Seus filhos não são seus filhos.
Mas sim filhos e filhas do anseio da Vida por si mesma.
Eles vêm por meio de vocês, mas não provém de vocês.
E embora estejam com vocês, não lhes pertencem.
Vocês podem lhes dar seu amor, mas não seus pensamentos,
Pois eles têm pensamentos próprios.
Podem abrigar seus corpos, mas não suas almas,
Pois as almas deles residem na morada do amanhã, que vocês não podem visitar nem mesmo em sonhos.
Vocês podem se esforçar por ser como eles, mas não busquem moldá-los à sua própria imagem.
Pois a vida não retrocede, nem se demora no ontem.
Vocês são os arcos dos quais seus filhos são lançados como flechas vivas.
O Arqueiro divisa o alvo na trilha do infinito, e retesa o arco por Seu poder para que Suas flechas possam seguir rápidas e voar longe.
Que vocês cedam de bom grado à mão do Arqueiro;
Pois da mesma forma que Ele ama a flecha que voa, ama também o arco que fica.
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On Children
Performed by Sweet Honey and the Rock
Lyrics by Kahlil Gibran
Music by Ysaye M. Barnwell
Your children are not your children
They are the sons and daughters of life’s longing for itself
They come through you but they are not from you and though they are with you
They belong not to you
You can give them your love but not your thoughts
They have their own thoughts
You can house their bodies but not their souls
For their souls dwell in a place of tomorrow
Which you cannot visit not even in your dreams
You can strive to be like them
But you cannot make them just like you
Strive to be like them
But you cannot make them just like you
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quinta-feira, 22 de janeiro de 2004
Olha o livro que eu comprei. Comprei em espanhol, porque pensei que não o encontraria em português...
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Ih, assim já tá demais! Sonhar com blog?
Pena que foi só sonho, e as ilustrações do Weno não voltaram.
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Falando em gente que não vi: tive um desencontro com a famosa Djones, tanto não liguei pra Meg que ela até acha que eu estive em Sum Paulo, levei um livro pra Anna que ficou no fundo do armário.
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Os dias de férias foram tão desblogados que fico até com vergonha. Péssimo pra mim: depois, quando e se eu resover reler este blog, terminarei com lembranças vívidas da minha vidinha de cão e uma pálida memória das minhas maravilhosas férias.
Maravilhosas mesmo. Fiquei no Rio do dia 2 até o dia 8, quando fui pra Argentina. No Rio vi meus primos no almoço de formatura da Dilma, mas perdi a formatura pra arrancar dente. Na noite em que fizemos a extração (em 5 minutos, diga-se de passagem) a Tia Rosa veio visitar e eu falei até dizer chega, com a tromba anestesiada. Quando a anestesia passou quase morri de dor. Mas claro, minha dentista se exime da culpa. E a minha fada dos dentes trouxe o presente habitual pelo siso, oba!
Na Argentina, vôo atrasado para chegar, carona do Diego, Nacho chorando de surpresa ao ver o tio Tato, muita comida boa da sogra, muito doce de leite, muito cafezinho... Fomos a Pilar, vimos a Evan grávida de 5 meses comendo torradas com doce de leite pra o neném pular. Tio Eduardo e Erme, tia Alicia também foram. Florencia onda hare krishna fazendo ioga na beira da piscina. Fotos, fotos, fotos. Consulado italiano. Ganhar presentes - dois mates lindos, um de cuia mesmo, com um sol esculpido, outro de metal com a águia da tatuagem da Flo martelada no fundo.
De volta ao Rio - tempo acabando, tristeza - churrasco com a família do meu pai, muita muita gente, quase morrer de susto ao ver os primos e primas tão grandes, queimar o nariz todo de caipira que eu sou. Esqueci de comprar um monte de coisas que queria, não deu pra ver todo mundo que eu queria (shuif!), ela não pôde ir ao churrasco. O tempo todo da viagem e antes fiquei monitorando as notícias dos passeios de meus amigos em Paris, agradecendo ao cosmo por ter deixado eles se encontrarem e levarem um pedacinho de mim pra lá.
A conversa típica do domingo à noite foi na segunda, terça me despedi de todo mundo e da Bel. Subi no avião, desci aqui. O que eu faço agora?
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domingo, 4 de janeiro de 2004
Cheguei cá. Muita viagem, muito sono atrasado, muito nervosismo restante das pontas soltas do trabalho. Tento esquecer, deixar o acaso tomar conta da minha vida. Esse negócio de ser proativo, afinal, é neologismo dispensável.
Dia 2, 2 da tarde, meus pais e minha irmã foram nos buscar no aeroporto. Almoço da Bel (feijoada!), a Lav desmanchou minha mala em dois segundos. Gastón descansou, fui fazer o circuito básico cabelo-unhas-depilação (também chamado Betacircuit). Já não sou mais Iemanjá, nem tatu, nem Conga.
Comprei um tanto de coisas. Fomos à feira hippie hoje. Tenho 8 cds brasileiros na mala. Amanhã tem que ir ao consulado, tem um jantar com uns amigos aqui em casa, terça almoço com parentes, arrancar os dentes (divertiiiiido!), quarta de molho, quinta ir pra Argentina. Mais depois.
E nada de praia por enquanto, o tempo não ajuda.
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quinta-feira, 1 de janeiro de 2004
FÉ CEGA, FACA AMOLADA
(Milton Nascimento- Ronaldo Bastos)
Agora não pergunto mais aonde vai a estrada
Agora não espero mais aquela madrugada
Vai ser, vai ser, vai ter de ser, vai ser
Faca amolada
O brilho cego de paixão e fé,
Faca amolada
Deixar a sua luz brilhar e ser muito tranqüilo
Deixar o seu amor crescer e ser muito tranqüilo
Brilhar, brilhar, acontecer, brilhar
Faca amolada
Irmão, irmã, irmã, irmão de fé
Faca amolada
Plantar o trigo e refazer o pão de cada dia
Beber o vinho e renascer a luz de todo dia
A fé, a fé, paixão e fé, a fé,
Faca amolada
Deixar a sua luz brilhar no pão de todo dia
Deixar o seu amor crescer na luz de todo dia
Vai ser, vai ser, vai ter de ser, vai ser
Muito tranqüilo
O brilho cego de paixão e fé
Faca amolada.
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