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segunda-feira, 24 de setembro de 2007

De última hora

Whenever I meet someone from blogland in real life, it's like having a childhood imaginary friend appear in person.
(Gretchen Rubin)

Sexta então saí com um amigo imaginário e um amigo de infância pra tomar cerveja e descobri que, aparentemente, eu sou a última pessoa ruborizável do Rio de Janeiro. Dizem.

Ficha cadastral

- Há quanto tempo neste endereço?
- (Uma semana? Trinta anos?) Não sei, moça, põe qualquer coisa aí.

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Cansada

Estou profundamente cansada, um cansaço mental e espiritual mais do que físico. Sinto-me como uma pessoa que ficou de cama de repente e é chamada para correr a maratona.

E uma senhora negra sentou ao meu lado hoje, não sei o que é nessas matronas de ancas largas e pele escura que me comove tanto, ela agarrou a minha mão e rezou baixinho. Eu só fazia chorar. Que vergonha.

O livro da irmandade das Ya-Yas não está ajudando muito.

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Desassossego

     357.  

     Regra é da vida que podemos, e devemos, aprender com toda a gente. Há coisas da seriedade da vida que podemos aprender com charlatães e bandidos, há filosofias que nos ministram os estúpidos, há lições de firmeza e de lei que vêm no acaso e nos que são do acaso. Tudo está em tudo.  

     Em certos momentos muito claros da meditação, como aqueles em que, pelo princípio da tarde, vagueio observante pelas ruas, cada pessoa me traz uma notícia, cada casa me dá uma novidade, cada cartaz tem um aviso para mim.  

     Meu passeio calado é uma conversa contínua, e todos nós, homens, casas, pedras, cartazes e céu, somos uma grande multidão amiga,  acotovelando-se de palavras na grande procissão do Destino.

Bernardo Soares

Mas hein?

Ando tão à flor da pele
que qualquer beijo de novela me faz chorar
ando tão à flor da pele
que teu olhar flor na janela me faz morrer
ando tão à flor da pele
que meu desejo se confunde com a vontade de não ser
ando tão à flor da pele
que a minha pele tem o fogo do juízo final
um barco sem porto sem rumo sem vela cavalo sem sela
um bicho solto um cão sem dono um menino um bandido
às vezes me preservo noutras suicido
(para o final)
às vezes me preservo noutras suicido
* (oh sim eu estou tão cansado mas não pra dizer
que não acredito mais em você
...eu não preciso de muito dinheiro graças a deus
...mas vou tomar aquele velho navio
aquele velho navio)
um barco sem porto sem rumo sem vela cavalo sem se-la
um bicho solto um cão sem dono um menino um bandido
às vezes me preservo noutras suicido

sábado, 1 de setembro de 2007

Canal

Se a viagem é parto, o avião é o quê?